Prólogo: No Início das Eras

37 7 27
                                    

No início das eras, infindáveis milênios atrás, existia um Deus e nada mais. Este primordial, sem compreender sua solidão no Universo, decidiu criar outras formas viventes, pensando que esta seria a única maneira de suscitar propósito à sua existência.

Portando a mais velha das formas de conhecimento divino ele criou o mundo e inúmeros distintos seres viventes. Ensinou-os como existir e perdurar.

A divindade deu vida a várias raças que foram separadas por clãs e cada clã tinha suas particularidades, inteligência e dons.

O Deus criador estava surpreendentemente cansado por sua imensa concepção e quase sem forças. Desta forma, observando sua criação, gozou de extremo orgulho e, sentindo que não restaria muito mais tempo, decidiu que sua ela precisaria de protetores para quando se fosse.

Com suas últimas forças ele disse adeus, lembrando-os que jamais estariam sozinhos. Em um último ato criou dois novos seres – os guardiões – presenteando-os com toda a divindade remanescente que detinha.

Por fim entrou em um sono eterno.

Toda a criação da divindade entrou em imediato luto. A maioria dos seres, mesmo nesse estado catártico de sofrimento, estava grata pelo amor e cuidado do Deus que lhes dera os protetores. No entanto, algumas criaturas em sua profunda tristeza tornaram-se odiosos e culparam seus protetores pelo abandono de seu criador.

Consumidos pela sede de vingança, poucos indivíduos, os mais corajosos, foram até a dupla de protetores com intenção de mata-los em forma de punição. Antes que alguém percebesse os inocentes foram apunhalados, indo ao chão enquanto sentiam sua vida esvair-se de seus corpos ensanguentados.

O restante dos seres ficou impressionado com o ato bárbaro e assistiram à cena fúnebre quase sem reação. Não havia nada que pudessem fazer. O único que tinha tal poder agora dormiria um sono de milhares de milênios.

Em instantes o casal de protetores parava de respirar. Sua essência havia abandonado seus corpos.

Seus assassinos gritaram e comemoram de orgulho, pois haviam matado os "assassinos" de seu criador.

Todos os seres que assistiram à cena trágica repudiaram os assassinos e sua comemoração com olhares de nojo e desprezo. Em seguida olharam perdidos com surpresa, pois não compreendiam o que se passava diante de seus olhos: os corpos entraram em combustão espontânea e foram consumidos, não sobrando nada além de montes de cinzas.

Já não tinha mais o que ser visto.

Os criminosos voltaram a esboçar um sorriso. Não entendiam o que tinham visto, mas não importava. Havia acabado e eles tinham feito sua justiça.

Todo o povo começava a se dissipar e os malfeitores foram presos, levados, logo em seguida, para a prisão.

Um grito chamou a atenção de todos, seguido de outro e outro, fazendo todos procurarem o motivo da gritaria.

Onde antes se encontrava a pilha de cinzas cadavéricas agora era possível ver duas pessoas em pé totalmente nuas e sujas de cinzas. Ninguém acreditava no que estava vendo: os protetores estavam vivos novamente!

Entre gritos de surpresa e pessoas sem reação, os criminosos começaram a suar frio, temendo por suas vidas.

Os inocentes ressurgidos passaram a olhar para seus assassinos. Ergueram as mãos como se procurassem alcançar algo com seus dedos e com elas ainda esticadas giraram no ar de forma singela. No mesmo instante seus agressores caíram no chão sem vida, com seus pescoços quebrados.

Todos puderam ver que seus guardiões não seriam integrantes do clã mais inferior, pois não eram humanos como aparentaram em primeira impressão. Eles também tinham poderes e agora precisavam saber quais poderes para também conhecer em qual clã seriam inseridos.

O mais importante de tudo é que a justiça havia sido feita. Seus protetores tinham garantido isso com as próprias mãos.

Quando a paz voltou a imperar, os novos integrantes foram levados aos superiores para que estes fossem ouvidos e avaliados. Por dias foram testados e a cada momento descobriam mais coisas sobre eles, mostrando quão especiais e únicos eram.

O Deus primordial havia criado os guardiões perfeitos. Eles detinham todos os poderes de todos os clãs e poderes novos jamais antes vistos – eram uma raça totalmente inédita.

Sendo assim, foi decidido que eles seriam o início de um novo clã.

A partir daquele momento na história do Novo Mundo, os guardiões passaram a ter seu próprio clã – Caos. Eles passaram a ser chamados de Fênix, sendo os seres mais fortes e raros que caminhariam pelo mundo.

As Fênix do Caos jamais morreriam, vivendo para sempre com intuito de proteger todos os seres e o mundo. Eles seriam nossos guardiões até a volta do Deus primordial, vigília esta que perdura até os dias atuais...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 12, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Phoenix RenaissanceOnde histórias criam vida. Descubra agora