Capítulo 7

11 5 0
                                    


Acordei e ele ainda estava a dormir ao meu lado. Olhei para o relógio e eram dez da manhã. O Jamie tinha de ir trabalhar! Oh não! Tinha de o acordar. Comecei a abaná-lo.

- Jamie! Acorda!

- O que foi?

- São dez horas da manhã. Estás uma hora atrasado para ires trabalhar!

- Hoje só entro às onze da manhã.

- Desculpa.

- Mas ainda bem que me acordaste.

- Porquê?

- Fica aqui. Eu vou à casa de banho e já volto.

Jesus! Até estou com medo daquilo que possa vir ai. Pouco tempo depois ele veio-me buscar. Quando lá cheguei vi a casa de banho cheia de velas a arder, a banheira cheia de água, com rosas e ao lado um pacote de gel de banho de amora silvestre. Vazio. A nossa primeira vez numa banheira. Corei e olhei para ele.

- Entra! – Assim o fiz. Foi buscar o seu iPod e colocou a "Wildest Dreams" a reproduzir. Como aquela música provocou um clima romântico.

- Banheira e gel de banho de amora! Meu querido a nossa primeira vez. – Disse-lhe eu.

- Não vai haver nada. Este banho é para relaxarmos da noite de ontem.

- Ainda bem. São apenas duas semanas e meia as nossas férias certo?

- Sim! Porquê?

- Vou voltar à faculdade. Vou fazer o mestrado.

- Fazes bem.

- Só espero não encontrar professores tinhosos durante o mestrado.

- Se encontrares manda-os para um sítio que estás neste exato momento a pensar.

- Que forte!

- A que horas queres que te vá buscar no domingo para irmos para o aeroporto?

- A que horas é o voo?

- 19:30h.

- Antes das cinco e meia.

- A água está na perfeição.

- Agora vou entrar para me lavar. Depois preciso de ir trabalhar.

- Que pena! – Murmurei eu.

- Quero-te na passadeira antes do meio – dia. E quero que depois vás fazer Wheigt Loss.

- O senhor é que manda.

Ele lavou-me! E eu lavei-o! Antes de ir para o ginásio fui à faculdade.

...

Estava a sair da faculdade pois já tinha acabado de fazer o pagamento que tinha em falta.

- Esquece mesmo. A Kate é uma cabra! Eu faço-me de amiga dela porque me dá jeito. Tipo leva-me para casa dela e leva-me com ela ao ginásio. Tenho de aproveitar enquanto posso. – Ouvi uma rapariga a dizer isto e logo percebi que era para mim. Aquela voz era-me muito familiar. Decidi ver onde estava a pessoa que estava a ter aquela conversa. Estava uma rapariga a falar ao telemóvel atrás do edifício e apenas a vi de trás. Não lhe consegui ver a cara a cara mas aquela roupa que ela usava era-me mesmo muito familiar. Vestia um casaco cinzento e umas leggings pretas. Toquei-lhe no ombro e não podia acreditar naquilo que estava a ver.

- Kate? – Disse-me ela.

- Não pode ser verdade!

- Kate não é nada disso que estás a pensar.

Nascida Para MorrerWhere stories live. Discover now