Amigas ( Curta )

Perícia

Chegamos ao local do crime, e a atmosfera era pesada, carregada de tensão e mistério. As luzes do prédio ainda piscavam, e o cheiro do sangue ainda pairava no ar, como um lembrete sombrio do que havia ocorrido na noite anterior. A equipe de investigação, composta por peritos e policiais, se reuniu para discutir os próximos passos. Três mulheres surgiram como as principais suspeitas: Maria da Graça, Maria de Fátima e Maria das Dores. Cada uma delas tinha motivos que poderiam levá-las a cometer um ato tão brutal.

Dirigimo-nos ao setor de câmeras da empresa, um espaço escuro e abarrotado de monitores e equipamentos. O coração de todos acelerou quando descobrimos que uma das câmeras não havia se desligado durante a queda de energia. A adrenalina percorreu nossas veias enquanto analisávamos as imagens. Assim que as suspeitas foram chamadas para prestar depoimento, a tensão no ar ficou palpável. Elas se entreolharam, e o medo era evidente em seus rostos.

Com as imagens carregadas, assistimos à gravação que mostrava a cena do crime. A tela revelou Élio Medeiros saindo do elevador, sua figura arrogante e prepotente se destacando na escuridão. De repente, um disparo ecoou, e ele caiu, seguido por uma série de facadas rápidas e precisas. A câmera capturou cada movimento, e a identidade do agressor permaneceu obscura, pois a imagem estava desfocada.

A polícia, determinada a encontrar a verdade, decidiu realizar uma busca na casa de Maria das Dores. Ao chegarem, a cena que encontraram era digna de um filme de terror: Maria estava sentada em uma cadeira, uma arma apontada para sua própria cabeça. Seu olhar era vazio, mas um sorriso psicótico se formava em seus lábios, como se ela estivesse em um estado de transe. O policial encarregado, com a voz firme, tentou acalmá-la.

"Não faça isso, Maria!" Ele disse, a preocupação evidente em seu tom.

"Matei aquele canalha! Adeus, seu bando de merda!" Ela gritou, a loucura evidente em sua expressão.

Antes que alguém pudesse reagir, o som do disparo ecoou pela casa, e o corpo de Maria das Dores caiu, sem vida, no chão. O crime que havia cometido se tornava um eco distante, e a confissão que ela havia feito se transformou em um grito ensurdecedor no silêncio da cena.

Com a confirmação de sua culpa, as outras duas Marias, Maria da Graça e Maria de Fátima, foram inocentadas. A dor e a humilhação que haviam sofrido sob o peso das suspeitas agora se dissipavam, permitindo que elas seguissem suas vidas. Enquanto a equipe de investigação se retirava do local, o peso da tragédia ainda pairava sobre todos nós. O que deveria ser um dia de justiça se transformou em um lembrete sombrio das complexidades da mente humana e das consequências devastadoras do ódio. A verdade, embora revelada, deixaria marcas indeléveis em todos os envolvidos.