Love With Dangers

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1º Capítulo

Mais uma noite em casa sem fazer nada, apenas passo com o comando da televisão os canais. Espero aqui pelo meu pai… e pelos seus companheiros do gangue. Unf enfim, só espero que o meu pai não seja apanhado pela polícia, já que da última vez quase fora apanhado.
 É incrível que eu tenha dezassete anos e nunca tive um único amigo ou nenhum namorado. Sim porque desde pequena que vivo nesta porcaria de vida com o meu pai! Eu falo muito mal do meu pai, mas eu adoro-o. Porque é a minha única família viva. Sim porque o resto dela, está morta. O meu irmão, o Bradley, e a minha mãe, eles foram mortos uma noite em que o meu pai e eu não estávamos em casa, e foram lá a nossa casa um gangue que queria o nosso dinheiro e bens, e como o meu irmão e a minha mãe não lhes deram, mataram-nos. E desde aí o meu pai meteu-se em tráfico de armas e de drogas também, e aqui estou presa em casa, não posso sair nem ter amigos, porque o meu pai tem sempre receio que o apanhem por mim…

“ Ah pois, hoje fomos os maiores” – fala uma voz grossa na entrada da casa. Era uma voz familiar, era a do meu pai.
“ Pois fomos, aqueles putos pensam que conseguem mais que nós, estão muito enganados” – fala o Paul, o “amigo do meu pai”

Eles estavam a aproximar-se da sala, quando oiço o meu pai a entrar desligo logo a televisão e viro-me para ele.

“ Tão cedo hoje?” – Pergunto eu cruzando os braços.
“ Sim filha, hoje despachamo-nos.” – Diz ele a sorrir.

Eu só suspirei e levantei-me do sofá e subi a escadaria que dava para o meu quarto. Quando entrei senti a diferença de temperatura a descer. Fui até há minha cómoda e liguei o meu computador, ao que parece, o meu único amigo. Liguei-me logo há internet onde poderia estar há vontade. Tive um pouco no computador até ir me deitar.

Acordei com gritos vindo do andar de baixo. Ouvia que era o meu pai, mais uma voz que eu não conhecia. Não era nenhum dos “amigos” do meu pai. Parecia uma voz de um adolescente. Passado quase meia hora já não ouço os gritos, mas ouço o som das botas do meu pai a subir a escadaria e parar mesmo em frente há porta do meu quarto.

“ Alexa, acorda e veste-te por favor” – diz ele numa voz que parecia receosa.
“ Ok, espere dez minutos!” – Declaro eu.

 Ouço de novo as botas do meu pai a fazer barulho, mas desta vez até ao andar de baixo. Eu levanto-me da cama e encaminho-me até ao meu armário, vestindo umas calças de ganga justas e uma camisola de manga comprida roxa e preta, quando termino calço as minhas vans pretas. Quando já estou despachada, pego no meu telemóvel e desço até ao andar de baixo, onde só está o meu pai.

“ Pai, mas porque me quis vestida a estas horas, pode explicar-me?” – Pergunto eu a reclamar.
“ Alexa, bem… espero que me perdoes um dia sim?” – Fala ele mexendo com uma mão atrás do pescoço.
“ Fala logo de uma vez!” – reclamo eu mais uma vez.
“ Eu fiz uma aposta, em que se o meu gangue ganha-se nós ficávamos com o dinheiro todo dos Walkers, o maior grupo de traficantes…” – Diz ele mas eu corto-o.
“ E o que eu tenho a ver com isso?” – Pergunto eu mais um vez.
“ Deixa me continuar Alexa… E se o meu grupo perde-se eles ficariam contigo…” – fala ele deixando-me de boca aberta.
“ Quer dizer que eu sou um prémio de uma aposta tua? Eu não estou acreditar nisto! Em primeiro lugar não tenho mãe nem irmão, e agora fico sem a única família que tenho, que é o meu pai, e que me propôs numa aposta? Eu não acredito nisto!” – Falo eu a gritar e com lágrimas já nos olhos.
“ Filha, desculpa-me, é que nesse dia eu estava pelo efeito do álcool!” – desculpa-se ele.
“ Eu não quero saber… eu sou tua filha, devias ter pensado nisso!”
“ Alexa, desculpa-me mesmo. Eu vou tentar por tudo recuperar-te.” – fala ele deixando sair um grande suspiro.
“ E agora o que vai acontecer comigo?” – Pergunto eu.
“ Vais ter de entrar na carrinha que se encontra ali fora, e ires com ele… Vais ter de viver com o chefe deles e vais ter de fazer tudo o que ele te manda…”

Eu abano a cabeça e esfrego com as costas das minhas mãos os olhos. O meu pai aproxima-se de mim e abraça-me. Este era o último dia em que sentiria um abraço do meu pai. Quando o meu pai se libertou de mim. Ele mandou-me empacotar as minhas coisas. E foi o que eu fui fazer. Quando acabei, o meu pai levou tudo para uma carrinha branca que se encontrava mesmo em frente da nossa casa. Depois de tudo colocado lá, o meu pai deu-me um último abraço até que um rapaz ainda jovem sai da carrinha e vem ter connosco.

“ Mark despacha-te com essa merda, que eu não tenho o tempo todo!” – diz o rapaz. Ele estava vestido com um casado preto com capuz, que estava a cobrir a sua cabeça, e também vestia uns jeans.
“ Tem calma, já não se pode despedir da minha filha?” – pergunta o meu pai.
“ Não, já que agora ela é minha, por isso. Vá miúda, vai já para dentro da carrinha!” – fala o rapaz para mim com arrogância.
“ Oh, abaixa a bolinha, porque comigo isso não é nada!” – falo eu apontando para ele.
“ Arr” – fala ele agarrando com força o meu braço – “ Aqui quem baixa a bolinha és tu oh gaja sim? Mark, educas-te muito mal a tua filhinha.” – fala ele a rir-se sinicamente.
“ Aii, larga-me porra!” – digo eu soltando-me.
“ Justin, cuida bem dela, até eu a recuperar, se lhe fazes algo…” – fala o meu pai.
“ Ahaha, se tu ganhares algo! Vá miúda, já dentro da carrinha” – fala o tal Justin.

 Eu como não queria mais nenhum problema, fiz o que ele disse, mas antes disso despedi-me mais uma vez do meu pai. Eu entrei dentro daquela carrinha fria. Ainda demorou uns bons dez minutos até que o tal Justin viesse para dentro da carrinha. Quando ele entra olha para mim, mas eu desvio o olhar para janela.

“ Agora é que começa a tua nova vida!” – fala ele arrogante e ligando a carrinha. 

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