Capítulo 3 - "I speak as I want"

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Acordei com vozes no corredor, ao que parecia estavam a discutir. Espreguicei-me abrindo lentamente os olhos, por causa dos raios solares que entravam pela janela. Esfreguei os olhos com as palmas da mão e olhei em volta, avaliando o espaço onde me encontrava. Ao inicio estranhei, mas depois me lembrei da minha longa noite anterior. Peguei no meu telemóvel do meu bolso das calças, já que eu tinha adormecido totalmente vestida.

 Vi que era já meio-dia. Levantei-me e desci as pequenas escadas e entrei dentro da pequena porta que se encontrava mesmo ao lado, era a casa de banho. Entrei e tomei um longo banho quente. Quando terminei saí da banheira e enrolei uma toalha em volta do meu corpo dando pelo meio das minhas coxas.  

 Saí de dentro da casa de banho e fui direita há minha mala. Abria e comecei a vasculhar as minhas roupas, vendo o que me apetecia vestir. Quando me decidi, escolhi uma camisa de ganga sem mangas e uma saia preta com bolinhas minúsculas brancas. Quando me virei para a minha cama. Preguei um pequeno grito.

“ O que fazes aqui? “ – Falei eu seca e colocando as minhas roupas há minha frente.

“ A minha mãe obrigou-me a vir acordar-te!” – Falou rude como sempre.

“ Hum…” – reviro os olhos – “ Como já viste que acordei podes ir embora, para me vestir!” – Digo enquanto aponto para a porta.

“ Eu não vou sair!” – Diz ele enquanto me olha sem nenhuma expressão.

“ Então fica aí e não me chateies. Eu vou vestir-me!” – Digo enquanto me encaminho para a casa de banho.

Quando eu estou prestes a entrar dentro da casa de banho, sinto alguém a segurar-me o braço, sentindo assim um choque, arrepiando-me. Essa pessoa vira-me. Eu olho e vejo um lindo par de olhos cor de avelã a olharem-me sem brilho nenhum.

“ Eu aviso-te. Não falas assim comigo que te dás mal!” – Avisa ele.

“ Eu falo como eu quiser!” – Digo soltando o meu braço.

“ Se continuas com esse teu feitio em me fazer frente vais te dar muito mal!” – Diz rudemente.

“ Uhhh, estou cheia de medo sabes? Agora deixa-me em paz, já não te basta teres, me tirado do meu pai, e agora tenho que te aturar!” – Digo como o mesmo tom que ele e encaminhando-me de novo para a casa de banho, e antes que ele consegue-se me segurar de novo, eu fechei a porta trancando-a.

 Ainda ouvi Justin a resmungar e de vez enquanto a bater há porta e a dizer palavrões. Ao que parece deixei o menino irritado. Olha que paciência!

 Acabei de me vestir, olhei-me ao espelho e comecei a secar o cabelo com um secador que lá se encontrava. Quando acabei de o secar olhei-me ao espelho e forcei um sorriso. Destranquei a porta e andei até há minha mala da novo, peguei numas botas e calcei-as.

“ Tás linda” – fala uma voz feminina atrás de mim. Olhei-a e ela sorri.

“ Ah, és tu!” – Sorri – “ Obrigada!” – Digo enquanto coloco três pulseiras no meu pulso esquerdo.

“ Pensavas que era quem?” – Pergunta ela sentando-se num dos poufs e cruzando os braços.

“ Pensava... Ninguém, esquece!” – Digo abanando as mãos.

“ Pensavas que era o Justin não é? É que quando eu cheguei aqui, estava a sair ele a sair com uma casa de querer bater em alguém!” – Ri ela.

“ Pois, ele ficou assim porque eu dei-lhe uma resposta que não lhe agradou!” – Digo encolhendo os ombros e encostando-me ao sofá. Sorri e olhei-a.

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