2ºCapitulo

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Acordei numa maca de hospital, sem me lembrar de muita coisa.

Eu- O que aconteceu?

Laura- Não te lembras?!

Eu- Não me lembro do quê?

Laura- Hum… Patricia tu… Tu ontem ligaste para o hotel para saber dele e…

Olhei para ela com tristeza, foi como se fizesse luz na minha cabeça. Sim eu lembrava, agora, de tudo. As forças falharam outra vez e os olhos fecharam saindo lágrimas, lagrimas pesadíssimas.

Laura- Não, não, está tudo bem. Eu estou aqui está bem? Tu vais avançar sem ele.

Ela limpou-me as lagrimas mas era inútil, saiam outras de seguida. Terei mesmo de viver tudo de novo, não foi suficiente todo aquele ano que passei sem uma única noticia dele? Acho que não mereço. Não, espera Patricia. Ele disse que vinha, então… Ele ainda vem certo? Estava novamente com o meu olhar esperançoso o que talvez tenha feito a Laura retirar-me as ideias da cabeça.

Laura- Patricia, ele não vai voltar desta vez. – ela disse olhando-me com pena.

Odeio esse seu olhar. Enerva-me profundamente! Ele vai voltar sim.

*2 dias depois*

Todos estes dias têm sido um inferno. Toda a gente tem pena de mim, passam a vida a olhar para mim com os seus olhares tristes e de “coitadinha da menina”. Porquê tanta pena? Ele vai voltar, eles acham que não mas eles dizem isso porque eles não sabem nada, eu sei que ele vai voltar, volta sempre… Na verdade só passaram 2 dias, os dois dias que o médico disse que eu tinha de ficar em repouso, e finalmente chegaram ao fim porque não aguento mais olhares de pena sobre mim.

A minha mãe levou-me à escola e disse para apanhar um autocarro depois das aulas para casa, pois iria fazer o turno da noite e não me podia vir buscar, mas porque eles insistem, o Louis disse que me vinha buscar, ele vem.

O meu dia de aulas foi o pior de todos. Na verdade não falei com ninguém, não consegui prestar atenção a nenhuma aula e simplesmente andava perdida por todos os lados. Eu tinha medo. Medo de quê? Medo de que ele… eu vou dizer baixinho mas eu tenho medo de que ele não venha.

Sai das aulas as correr em direção ao estacionamento onde ele disse que me esperaria. Procurei o seu carro azul mas não o encontrava. Sentei-me naquele banco de pedra velhinho e esperei por ele. Devia estar atrasado. Liguei-lhe mas a chamada foi rejeitada novamente. O meu coração acelerava os batimentos a cada segundo que passava. O meu medo também aumentava a cada segundo. Não me conseguiria habituar a viver sem ele novamente. Mas eu sei que ele virá, mais cedo ou mais tarde ele virá.

Mantive-me sentada naquele banco frio de pedra à sua espera. O telemóvel tocou mas não queria atender então deixei tocar. O telemóvel tocava aquele som irritante durante uns segundos e depois parou mas passados 10 segundos tornou a tocar repetindo-se o processo umas 10 vezes até que desisti de ignorar e atendi já farta daquele toque, sem me preocupar em ver quem me ligava.

Eu- O que é de tão importante?

Xxxx - Onde te meteste? – ela disse exaltada.

Eu- Ahh és tu Laura.

Laura- Quem querias que fosse?

Eu- Sei lá!

Laura- Onde estás Patricia?

Eu- O que te interessa?

Laura- Sou tua irmã, estou preocupada contigo.

Eu- Não precisas. – eu disse fria.

Laura- Preciso pois. Estás num estado muito frágil e é normal que eu me preocupe contigo, eu tenho medo que tu faças alguma loucura ou que… - eu interrompi.

Eu- Agora não tou pa isso desculpa.

Laura- O quê?!

Eu- Logo falamos. Xau.

Laura- Patricia eu estou… - desliguei a chamada. Não tava para os seus sermões.

Já passava das 19h e eu continuava sentada naquele banco. A minha barriga, roncava e pedia por comida, mas eu n queria comer, eu queria-o a ele comigo. Por mais estranho que parece com cada minuto que passava maior era a minha segurança de que ele viria.

Deixei-me estar sentada naquele banco de pedra, o frio atingia as minhas pernas protegidas por umas finas leggins de verão. Já estávamos no inicio de Novembro e embora ainda não esteja muito frio, já não está tempo para usar roupa de verão. Tenho de pedir à mãe que me organize o armário com as coisas de Inverno, não tenho paciência para isso e os dias começam a ficar cada vez mais frios e húmidos. Na verdade nunca fui muito friorenta mas mais vale jogar pelo seguro porque pode vir ai de repente uma onda de ar frio.

Ocupo assim os meus pensamentos para me distrair e por muito estranho que pareça o tempo passa mais depressa assim mas na verdade cada minuto parece um segundo.

Cada segundo que passa parece uma eternidade e ele nunca mais chega. Porque ele não vem?  Encontro-me novamente perdida nos meus pensamentos quando oiço duas vozes masculinas misturarem-se uma com a outra à medida que se aproximam mais dos meus ouvidos. Ignorei.

As suas vozes aproximavam-se mais de mim. Já se encontrava escuro agora.

Rapaz1- Ò miúda! – ele gritou, pensei eu, para mim. Olhei para trás.

Rapaz2- Sim é contigo branca de neve. – ele disse num tom malicioso rindo.

Rapaz1- Então que faz aqui uma menina tão inocente a esta hora?

Eles aproximavam-se cada vez mais de mim. Levantei-me e falei baixo.

Eu- Deixem-me em paz. – ele disse calma e devagar comecei a caminhar em frente.

Rapaz1- Então não fujas!

Rapaz2- Não te vamos comer.

Ele falou novamente num tom malicioso e riram-se ambos. Estava a ficar assustada.

##OMD o que será que os rapazes lhe vão fazer? Maldades? E nós?! Vamos matá-los se lhe fizerem mal né? Claro q sim! Mas posso-vos dizer que não a vão raptar, nem espetar facas, nem bater, nem violar mas.... logo verão xD POr favor comentem o que acham e querem que aconteça e digam-me se estão a gostar ou não e o que devo mudar na minha escrita pff! Obrigada girls :) ##

I don't know actually what is my placeOnde histórias criam vida. Descubra agora