Capítulo 8

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" Quando entregamos nossa vida a Deus, abandonamos alguns hábitos do velho homem, e procuramos não se envolver com o pecado. Esta atitude chama a atenção das pessoas próximas a nós, que logo nos perguntam a razão disso tudo. Paulo nos ensina a estar preparados, para responder com mansidão, sabedoria, afim de não somente exaltar ao Senhor, mas também atrair estes corações que ainda não tiveram um encontro com Jesus. Interessante também, que a palavra "razão" dá o sentido racional para nossa fé, ou seja, uma fé baseada em comportamento, atitude, e não apenas sentimentos. Amém? -Gabriela Rocha. "

— Oi, Ane! -disse Camila andando em direção onde eu estava sentada, em frente a escola num banco esperando Lúcia chegar.

— Oi, Camila! Tudo bom?

— Tudo sim! Lúcia disse que vai chegar na segunda aula, acordou um pouco tarde... -explicou.

— Ah, então vou entrando de uma vez! -falei levantando e pegando a mochila.

— Oi, meninas! -Carlos disse correndo e suado. — Demorei mas cheguei! -sorriu.

— Então vamos, Carlos! -Camila disse o puxando.

— Tchau, Ane! -gritou Carlos sendo arrastado.

Sorri e peguei minha mochila, fui andando lentamente para dentro da escola. Como as primeiras aulas é de física, peguei meus livros dentro do armário e subi até a sala onde o professor estava iniciando a aula.

Passou tão devagar a primeira aula que parecia que passou alguns anos para acabar... Aquelas que não gostam de cálculos!

— Licença! -pediu Lúcia e sentou no seu lugar me dando um 'oi' e pegando seus livros.

Quando descemos para o intervalo, o pessoal estava levando seu lanche para o mesmo lugar de sempre. Então, Lúcia e eu fomos até eles conversando.

Bruno e Carlos no violão e o pessoal cantando. Foi maravilhoso passar mais esse tempo com eles.

— Pessoal! -disse Paulo chamando a nossa atenção pra ele. — Estava pensando em agendarmos um dia e sair para fazer evangelhismo! O que acham?

— Acho uma ótima ideia! -disse Laura.

Cantamos mais algumas músicas e fomos andando até as salas de aula. Despedimos e fomos entrando para próxima aula.

— Bom dia, alunos! Vou passar um trabalho em grupo, já separei as equipes. Prestem atenção! -disse o professor de geografia.

— Ane, Gaby, Lúcia, Otávio e Felipe. Pâmela, Daiane... -olhei para Lúcia e sorrimos, tirando o fato da Gaby se achar e tal, é um bom grupo.

Todas as outras aulas acabaram e ficamos na sala resolvendo alguns assuntos do trabalho.

— Pode ser na minha casa o trabalho, sem problemas! -falei guardando minhas coisas na mochila.

— E porque não pode ser na minha? -Gaby perguntou com as mãos na cintura.

— Gaby, por favor não começa! -Lúcia falou colocando a mochila nas costas.

— Jae, na casa da Ane então sábado duas horas. Falou galera! -disse Otávio saindo e Felipe atrás dele. Gaby pegou suas coisas bufando e encontrando as amigas na escada. Lúcia e eu desceu para falar com o pessoal e fui até onde meu pai me esperava.

— Boa tarde, filha! Você se importa de irmos na empresa pegar alguns papéis que deixei lá por engano? -meu pai disse ligando o carro.

— Não, tudo bem! -falei.

Fomos até a empresa conversando sobre alguns assuntos e chegamos super rápido. Subi fazendo companhia para meu pai e como de costume fui cumprimentar Marta.

— Oi, Ane! -disse Marta sorridente. — Seu pai esquecendo as coisas como sempre?! -riu.

— Verdade, Marta! -rimos

— Ane! -meu pai me chamou. — Vou ter uma reunião de última hora agora em São Paulo, sua mãe está chegando lá e me avisou só agora. Pedi pra Douglas levar você em casa.

— Que? Mas você não vai nem almoçar comigo? -perguntei.

— Não vai dar, filha. É muito importante. -falou me abraçando e descendo de elevador.

— Vamos? -Douglas disse abrindo a porta da sala e caminhando até onde estava. Assenti e fomos até seu carro, mas antes, peguei minha mochila que meu pai tinha deixado com o porteiro e fomos em silêncio o caminho inteiro. Demoramos a chegar por conta do trânsito terrível como sempre. Mas quando cheguei, agradeci e entrei morrendo de fome e cumprimentando Jo.

Depois que almocei, fui tomar um banho gelado e colocar uma roupa fresca. Fiz algumas tarefas de casa e fiquei vendo televisão. Decidi ligar para Lúcia a convidando para vir na minha casa, já que nunca veio. Ela aceitou. Carlos foi trabalhar com a mãe e então não dava para vir.

A campainha tocou uma hora depois e Jo atendeu enquanto eu estava na cozinha acabando de ajuda-lá a fazer brigadeiro.

— Oi, amiga! -disse Lúcia me abraçando. — Sua casa é linda!

— Obrigada, nem é pra tanto! -sorrimos. — Vamos, vou te mostrar tudo. -falei puxando Lúcia e lhe mostrando tudo.

Fomos até meu quarto onde ela colocou a bolsa e descemos no jardim para comer brigadeiro. Ficamos horas conversando. Realmente, amizade verdadeira é aquela que te leva para mais perto de Deus. Quando abrimos a porta do nosso coração para Deus, Ele nos transforma e usa pessoas maravilhosas como seu instrumento.

— Poxa, já está escurecendo! -Lúcia fala enquanto entravámos para dentro com os potinhos nas mãos.

— Verdade, meu pai com certeza vai chegar só amanhã e nem vai dar pra te levar...

— Sem problemas, vou de ônibus. Vou aproveitar e passar na loja pra ajudar a fechar!

— Tudo bem! -levei Lúcia até o ponto de ônibus e ficamos conversando até seu ônibus chegar.

Fui andando tranquilamente até em casa já que o tempo estava fresco, não aquele calor de sempre.

— Não estou com fome, Jo! -falei e fui para o meu quarto.

Peguei minha Bíblia e comecei a ler. Alguns textos que fui lendo, falaram comigo.

Mateus 5:13-16.

13 -  Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 -  Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 -  nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 -  Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

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