Prólogo

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Você não sabe como é estar dentro da minha cabeça. Você acha que sabe! você acha que imagina como é, mas você não imagina, não sabe, não sonha, não tem coragem.

É preciso muita coragem para segurar um pescoço com as suas duas mãos e apertar, apertar, apertar muito, olhar dentro dos olhos arregalados daquele ser humano frágil, ver as lágrimas escorrendo pelas bochechas, sentir a última respiração e então, silêncio, paz, saciedade, dever cumprido, é o que vem depois, por pouco tempo, logo você vai querer mais, é impossível parar, apenas as lembranças já não são suficiente em algum momento, você quer fazer de novo, você precisa, algo dentro de você pede por isso.

Nem sempre eu fui assim, eu era uma criança normal até a morte dos meus pais, quando eu tinha seis anos de idade, depois disso, nunca mais fui a mesma pessoa, esse incidente liberou algo dentro de mim.

Eu participei da morte dos meus pais, mas não de maneira intencional, não queria fazer aquilo. Ela me incentivou, mas de qualquer forma, era só uma brincadeira, mas será que ela não sabia mesmo o que poderia causar? E agora, não importa como, ela vai pagar.

Até que ela me pegue, vou matar outras mulheres, da mesma idade e com o mesmo tipo físico que ela tem, todas com as minhas próprias mãos, na parede é apenas tinta vermelha, não tiro uma gota de sangue das minhas vítimas e não levo nada comigo, não deixo rastros, não sou um psicopata, sou um assassino em série bem organizado, tenho uma vida boa, sou casado e tenho um ótimo emprego, escolho minhas vítimas, todas têm que ser parecidas com ela.

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