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Oieee pessoaaas! Mais um capítulo! Espero que tenham gostado do anterior... Bem, essa música (que é muito maravilinda por sinal) foi citada no capítulo. Escutem, é muito boa! Bem, espero que gostem desse capítulo. Bye!
~¤~" -Kaya! Vem brincar com a gente?
- Joe, sai daqui. Chame os outros.
- Por favor Kaya... Os outros não querem... A gente brinca do que você quiser!
- O Sam não basta não?!
- Só eu e ele não tem graça... Por favor Kaya!
- Brincaremos do que eu quiser certo?
- Certíssimo!
- Okay Joe, eu brinco com vocês. Que tal irmos jogar frisbee perto do lago?
- Mas Kaya, nós não podemos...
- Então sinto muito Joe, não vou com vocês.
- Okay! Para o lago! Vou chamar o Sam!
- Tudo bem. Chame-o que eu vou pegar o frisbee!- garoto babaca...
Peguei o frisbee e fui em direção ao lago, com Joe logo atrás de mim. Não nego uma brincadeira, desde que seja do meu jeito.
- Joe, onde está o mudinho? Quero dizer... O Sam?
- Ele foi ao banheiro, disse que viria logo atrás de mim... Olha ele! Sam!
- Ele escuta?
- Sim. Ele não nasceu mudo, perdeu a voz há algum tempo, daí ele consegue nos entender, só não consegue responder... Hey Sam!- Sam acenou com a cabeça. Esse menino me irrita... não gosto de tê-lo por perto. Talvez esteja na hora de resolver isso.
- Vamos começar a jogar? Só avisando: eu não irei buscar o frisbee quando ele cair longe. Sam, você é rápido certo? Você pode pegar o frisbee quando ele cair longe?- Sam afirmou com a cabeça um tanto quanto frenético, orgulhoso de ser o mais "rápido" dalí, creio eu- Então vamos começar.
Mal toquei no brinquedo, apenas observava. Deixei-os jogar um pouco. As vezes o brinquedo caía longe, e o Sam ia correndo pegá-lo. Eu estava muito entediada... precisava começar a brincar do meu jeito.
- Joe, joga pra mim!- Joe jogou, e eu peguei o frisbee. Atirei-o em direção ao lago. O lago... Adoro esse lago. Sem pensar duas vezes, o Sam pulou lá para pegar o brinquedo.
Agora sim eu estava começando a me divertir.
- Sam! Kaya, ajuda ele! Ele não sabe nadar!
- Nem eu Joe.- eu assistia hipnotizada o que acontecia no lago. Sam tentava nadar, tentava não afundar. Tentava pedir ajuda, mas de sua boca não saía nada. Ele estava apavorado, e eu vidrada com o que via.
- Kaya! Chame alguém para ajudá-lo!- eu o ignorei e continuei a olhar para o lago- Kaya! Quer que ele morra?!- ele estava apavorado... Sim Joe, eu quero que ele morra.
- Não! Joe, eu só não sei o que fazer! Já sei... eu tenho pavor de água Joe, e daqui que eu chegue na casa ele estará morto! Pule no lago e salve-o! Eu sei que você consegue!- a hora do Joe não era agora... Mas não tinha jeito, ele tinha que ir com o Sam.
- Kaya, eu tô com medo, e se...
- Vá Joe! Ele vai morrer!- e ele pulou no lago também. Logo começou a se afogar com seu amigo. Ele conseguia gritar, pedir ajuda, e seus gritos eram música para os meus ouvidos. Eu não expressava nenhuma reação, apenas assistia ao espetáculo.
-Kaya... Socorro!- Sam já havia desistido de lutar e já estava afundando.
- Adeus Joe! Desista garoto... faça como seu amigo.- Joe não estava mais conseguindo ficar com a cabeça fora d'água, mas lutava incansavelmente. Como estava apavorado...
Comecei a cantarolar, enquanto assistia a tentavia falha do Joe de se salvar. De repente, o movimento da água parou. Joe estava afundando.
Dei um mergulho no lago, e nadei até a borda. Prendi a respiração o máximo que pude, e me forcei a respirar debaixo da água. Eu não iria morrer quando eu desmaiasse, estava raso na borda, e assim q eu desmaiasse, minha cabeça iria ficar fora d'água. E apaguei.Quando acordei, estava no quarto. Me levantei e fui em direção à janela. Vi o lago de longe, e uma paz tomou conta de mim.
- Kaya?! Deite-se querida!- ouvi a diretora do orfanato falar. Antes de virar para falar com ela, forcei-me a chorar.
- Dona Mary? O Joe e o Sam?...
- Querida... nós os perdemos. Eu sei que você tentou ajudá-los, mas foi tarde demais...- aumentei o choro... Pobres crianças... Mas que dó que sinto delas...- Querida... deite-se, você precisa descansar. Vou ajudar os outros, estão todos atordoados... qualquer coisa me chame Kaya.
- Tudo bem dona Mary, chamarei.- falei indo em direção a cama. Quando ela saiu do quarto e fechou a porta, um sorriso surgiu em meu rosto. Eu me sentia imensamente feliz."
Após me livrar daquele corpo, fui para o parque. Precisava esvaziar a mente, me preparar para o próximo. Eu estava com meus fones, ouvindo Deep Purple, e começou a tocar "Hey Joe".
Instantaneamente, lembrei da primeira vez que matei alguém. Nunca vou esquecer. Aos doze anos, eu descobri uma nova brincadeira. Com as minhas regras. Uma brincadeira viciante, em que eu sempre vencia. Enquanto escutava a música, eu via crianças brincando próximo ao lago, e o mesmo sorriso daquele dia há 9 anos atrás, surgiu em meu rosto.
Doces lembranças...
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Interfectrix
Mystery / Thriller"Não há nada mais prazeroso que matar alguém, que sentir sangue em suas mãos, que ter o poder da decisão. É um jogo viciante. Uma vez que você joga, não quer mais parar..."