Capítulo 15 (por um segundo achei que ia te perder...)

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quando eu ia da um passo pra trás escuto um tiro e meu corpo batendo no chão e tudo escurecendo

[....]

[...]

Passei por meses sentindo-me presa, presa no meu corpo, eu não conseguia abrir meus olhos, sentia a presença de algumas pessoas mas nunca fui capaz de abrir meus olhos, eu tentava inutilmente seguir a voz das pessoas mas era impossível. Eu estava quase desistindo mas fui mais forte.

Abri meus olhos piscando algumas vezes, tinha uma luz fraca e o barulho dos aparelhos me incomodavam, eram insistentes. Minha boca seca apontavam que eu não ingeria nenhum tipo de liquido a muito tempo.

Senti um calor no meu braço direito, era a presença de alguém. Forcei a minha vista tentando recuperar o pouco de memoria que me restava.  Tentei inutilmente abrir a boca, gemi fechando meus olhos, meu corpo doía. Quanto tempo eu estou aqui nessa cama?

Vi que a pessoa que se encontrava ao meu lado se mexeu e eu tentei falar, a pessoa abriu os olhos e pareceu se assustar, aquilo estava cada vez mais assustador.

XXX-Alice, meu Deus! - Reconheci a voz de quem eu tanto eu gostava. - Eu... eu vou chamar a enfermeira! - Ele deixou a cadeira que se sentava e saiu carregando a alegria em seus olhos.

Uma enfermeira voltou logo em seguida com o Biell.

XXI - Alice que milagre!  Você é um milagre de Deus, acredita? - A Enfermeira me encarava com uma felicidade que eu desconhecia.

-Eu...Eu estou com sede! - Eu digo com dificuldade, molho os lábios com a minha língua e faço uma pausa - Estou com dores no corpo, quanto tempo eu estou deitada nessa cama?

Biell- Você ficou por um ano, Lice! Um ano! - Ele dizia com a voz baixa, tinha um sentimento triste nas palavras dele. Ele me envolveu nos braços dele e eu senti que meu mundo se encontrava nos braços dele.

XXX- Eu vou pegar um copo com agua! - A enfermeira disse se retirando.

Biell- Por um momento eu achei que ia te perder! - Ele sussurrou no meu ouvido, algumas lagrimas caíram dos meus olhos.

A enfermeira logo voltou com a minha agua, bebi com vontade, ela voltou pra pegar mais agua pra mim, bebi mais dois copos até saciar a minha sede. A enfermeira perguntou das dores e me examinou, me medicou e disse que os remédios me dariam sono, aos poucos fui adormecendo. Biell a todo momento me olhava feliz, parecia aliviado.

Acordei me sentindo um pouco melhor, um pouco mesmo, ainda tudo doía e eu sabia porque, eu havia passado um ano da minha vida nessa cama de hospital. O que será que aconteceu nessa minha ausência?

Biell se encontrava deitado com os braços em volta do meu corpo, sua respiração batia na minha pele do pescoço me dando leves sensações.

-Biell! - Chamei.

Biell - Hmm. Bom dia! - Ele diz sonolento. - Desculpa, acabei dormindo aqui! - Ele diz envergonhado. Ele se senta e eu puxo-o de volta.

-Não, pode continuar aqui, eu dormi bem! - Sorrio envergonhada.

Biell- Tudo bem! - Ele volta se deitar, seu braço fica na altura da minha cabeça, seus dedos acariciam meus cabelos. - Estou muito feliz por te ver sorrindo.

-Eu também to feliz por te ter encontrado aqui.

Seus olhos vacilaram e eu abaixei a cabeça me sentindo constrangida, ele segurou meu queixo e eu encontrei seu olhar próximo do meu. Vacilei meu olhar, olhando pra sua boca, estava entreaberta, arfei. Ele estava vindo na minha direção, meu Deus, ele vai me beijar?

Fechei os olhos ao sentir sua boca na minha, os lábios dele eram macios. Minha mão livre parou diretamente em seus cabelos, aprofundando mais meus lábios nos dele. "Isso era errado! " Meu consciente gritava. Mas eu não ligava, estava realizando a minha vontade.

Ouvimos batidas na porta e rapidamente nos separamos. A nossa mãe no mesmo momento entrou com um sorriso enorme no rosto, eu estava sentindo minhas bochechas quente era a minha vergonha.

Mãe- Meu Deus, Alice! Eu quase não acreditei quando o Biell ligou dizendo que você havia acordado. - Ela me abraçou e eu olhei por cima do ombro dela o Biell, ele sorriu de lado, aaah aquele sorriso lindo que eu tanto amava.

-Estou bem, mamãe! Só estou com dores! - Sorri vendo ela se afastar.

Mãe - Oh meu amor, me desculpa! - Sorriu.

Biell- Vou deixar vocês a vontade. Quer comer alguma coisa, Lice? - Meu irmão me questionou.

-Quero! Estou faminta!

Biell- Ela está de volta! - Nós três rimos da gracinha dele. - Vou buscar algo! - Ele saiu nos deixando a sós.

Eu Beijei meu irmão! Como assim meu Deus? Eu não tinha planos pra isso acontecer, tudo estava fugindo dos meus planos.

Mãe- O medico já veio aqui?

-Não, acordei agora!

Mãe- Então vou chama-lo! - Ela levantou e saiu em seguida.

Minutos depois Biell apareceu com uma bandeja com algumas coisas que eu fui descobrindo.

Biell- Pra minha maninha! - Aquela ultima palavra me fez triste, meu irmão. - Agora come porque você precisa ficar forte! - ele passou o dedo indicador no meu queixo e eu sorri forçado. Comi exatamente tudo, estava tudo uma delicia.

XXX- Ora, ora, ora! Se não é a Alice Albuquerque! - Acho que era o medico, eu sorri fechado, possivelmente estava com os dentes sujo. - Está se sentindo bem?

-Estou! Apesar das dores no corpo.

XXX- Logo passa! Vou pedir pra enfermeira fazer alguns exames, precisamos ter certeza que você está saudável! - Ele sorriu e saiu pedindo licença.

Uma outra enfermeira me medicou e mais uma vez disse que os medicamentos iam me fazer dormir, o que não demorou muito.

Não sei bem quando acordei, mas estava em outro quarto, sem aquelas maquinas fazendo barulho. Ainda deitada ouvi vozes.

Mãe- Nay, eu não sei o que eu faço! - Senti a angustia nas palavras da minha mãe.

Ela não sabe mais o que faz? Em que?

Tia- Você tem que contar, lembre-se, ela tem esse direito! - Aquilo fez meu consciente gritar querendo saber do que ela falava.

Mãe- Eu não vou suportar se a Alice me rejeitar se eu contar que ela é adotada!

Aquilo foi como um balde de agua fria, eu adotada?


meu amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora