Estava recolhendo algumas frutas e alguns galhos para o inverno,pulando pelas árvores em busca dos melhores gravetos, quando ouvi um piado mais agudo que o normal, era uma fada e pela altura do som estava sofrendo , corri em direção ao barulho. Dois Orcs tinham colocado a fada em um pote de vidro, ela devia ter 7 ou 8 centímetros, se debatia e piava, enquanto eles choravam de tanto rir, isso me irritou bastante, juntos esses malditos eram valentes e sem medo, mas bastava lhes mostrar o terror da morte e sua ferocidade que corriam ou entravam em pânico.
Então decidi dar uma orquestra de morte e terror para aqueles fetos de lama, não matei o Orc que estava segurando o pote, poderia se estilhaçar e aquela fada morreria com um caco de vidro no peito. Envenenei a ponta da minha flecha com uma folha alucinógena chamada Nasturt que causava extremo terror, a entrada triunfal perfeita, não puxei o bastante para perfurar a caixa torácica, apenas para que o veneno entrasse na corrente sanguínea. O efeito era rápido, percebi a diferença no olhar em relação à fada, aquilo que lhe causava dores na barriga por causa das risadas, agora gerava um medo tão grande e irracional como uma fobia. A fadinha era inteligente, notou a súbita mudança de temperamento e a direção da flecha, me olhou e então falou para o Orc:
- Me tire daqui, agora!- ela piou alto- E retire esta flecha do seu peito! -Claar-ro, só n-não me machuque-ele falou gaguejando.
O pedaço de excremento que segurava o pote, não notou nada, nem a mudança de temperamento do amigo e nem a flecha voando por cima de sua cabeça.E tudo era culpa de sua estrondosa e ridícula gargalhada. O recém gago tomou o pote de sua mão, com a desculpa de que queria rir de perto da fada e sorrateiramente afrouxou a tampa e colocou o pote no chão como a Fada ordenou.
Me locomovi, pulando pelas árvores, até achar o ângulo perfeito para perfurar a parte de trás cabeça do Orc risadinha com uma flecha. Acertei, como sempre, pulei na frente do Orc que sobrou, andei devagar até ele, pois sabia que a pior reação que teria seria sair correndo, mas, devo ter exagerado no veneno, pois ele ficou estático me olhando. E então o apunhalei 3 vezes, nenhuma em um ponto vital, ele merecia aquilo, todos s Orcs mereciam aquilo. Finalizei sua vida rasgando a Faringe.
A fada estava ao meu lado, só percebi por causa da luz que sua pele branca emitia. Ela estava calada, possivelmente feliz por estar livre e não ter virado uma lanterna natural e achando estranho não ter nenhuma compaixão pelos dois cadáveres. Olhei para ela e disse:
-Você está bem?- perguntei normalmente. - Sim, muito obrigada.-ela disse voltando a realidade e deixando seus pensamentos para lá.-Você tem um lugar para ficar?eles destruíram minha casa- ela disse tímida arrumando seus cabelos claros. - você pode ficar na minha casa até o inverno passar.-falei -Você poderia me ajudar a bolar um plano para acabar com o resto daqueles malditos?-Perguntei apontando para os corpos mortos no chão.-se quiser vingar sua casa.-disse. -Claro, Vamos?- ela perguntou.-a propósito,qual é o seu nome?- -Guinir, e o seu?-perguntei. -Tinck-ela respondeu.
Assim, ela voando e eu me lançando e me pendurando até chegar "A árvore", minha casa. Assim que chegamos, começamos a elaborar o plano.
FIM