don't be so shy

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Quando Jisung contou a sua mãe sobre os sentimentos sobre Jeno ela disse que ele era novo demais para aquilo.

Talvez ele fosse realmente, mas aquilo não o impedia de sentir o coração acelerado quando o amigo o envolvia em um abraço quentinho num dia frio, apenas por que ele havia esquecido seu moletom em casa ou as mãos suando sempre que ele estava por perto.

Ele sabia que não era exatamente discreto – principalmente quando o amigo fazia aquelas piadas bobas sobre ele ser tímido demais pra alguém tão bonito, fazendo com que as bochechas do ruivo sempre ganhassem um tom avermelhado e ele abraçasse um Jeno risonho apenas para esconder seu rosto nele.

Ele já havia pensado em se declarar diversas vezes, mas sempre se sentia inseguro demais para o fazer de fato.

E se Lee não sentisse nada por ele? Se achasse que seu sentimento era coisa de criança e que, assim como sua mãe lhe dissesse que ele era novo demais para aquilo? O que ele faria se Jeno gostasse de outra pessoa? Jaemin e ele estavam sempre juntos, aquilo deveria significar algo, certo?

As perguntas que rondavam sua mente sempre o impediam de falar e ele acabava pedindo algum mangá ou jogo bobo ao invés de se arriscar.

Ele não era nem de longe inseguro. Mesmo que não fosse lá o garoto mais inteligente ou bonito da escola, seu rosto era agradável aos olhos, seu sorriso perfeitamente alinhado combinava com sua boca cheinha e ele sabia reconhecer o próprio potencial.

O problema era que tudo aquilo parecia sumir diante de seu hyung.

Porém vez ou outra ele retomava a coragem para dizer a Jeno que estava, com toda a certeza do mundo, apaixonado por ele.

E aquele era um desses momentos.

Ele tentava se agarrar à aquele sentimento repentino enquanto caminhava em direção a casa dos Lee, ainda com o uniforme escolar e a mochila nas costas, depois de uma longa conversa com Chenle  – o chinês que era um dos amigos de Jeno – depois do fim das aulas que lhe disse que se não tentasse jamais saberia se daria certo ou não.

Saiu do colégio decidido, mas a cada passo que dava sua bravura parecia escapar entre seus dedos como água ou como se o vento frio que soprava forte levasse ela para bem longe.

Quando tocou a campainha ainda sentia um restinho daquele sentimento esquisito em seu coração – como o restinho de pasta de amendoim que ficava no pote. – mas foi só Jeno abrir a porta para que ele se sentisse uma criança boba.

– Desculpe não ter avisado que faltaria. – Lee disse com a voz rouca notando as linhas sérias no rosto do mais novo, acreditando ser de irritação, quando na realidade eram de nervosismo.

– Tudo bem. – murmurou encarando o rosto do mais velho.

Ele era realmente bonito. Mesmo com os cabelos em uma confusão gigantesca e o rosto com algumas marcas que denunciavam que estava ao menos, deitado a pouco.

Os olhos de Jisung percorriam cada centímetro daquele rosto sem se dar conta do que fazia. Até que um sorriso divertido surgiu nos lábios do Lee e com a sobrancelha erguida ele perguntou:

– O que você está fazendo? – e riu quando o rosto do mais novo se tornou vermelho como o moletom que vestia.

Jisung pigarreou, olhando para seus próprios tênis que de um segundo para o outro pareciam extremamente interessantes.

– Nada, na verdade. – disse quase em um sussurro.

O mais novo se surpreendeu quando um dos braços de Jeno o aproximou para um abraço caloroso.

– O que eu te disse sobre ser tão tímido? – perguntou ainda abraçado com Park.

– Desculpe, hyung. – respondeu com o rosto escondido, fazendo o mais velho rir, o soltando em seguida,

– Quer assistir algum filme comigo? – perguntou e o mais baixo aceitou prontamente.

Essa era uma outra coisa que fazia Jisung lembrar do porque gostava do hyung das piadas ruins: ele sempre encontrava um meio de ficar perto de si sem que aquilo fosse estranho ou constrangedor.

Poucos minutos mais tarde ele já se encontrava debaixo das cobertas quentinhas na sala de seu hyung, sua mochila e seu moletom descansando em uma cadeira em um dos cantos do cômodo, da mesma forma que ele próprio descansava suas costas no peito de Jeno no sofá.

Sentia os dedos do garoto desenhando formas aleatórias em seu estômago por cima do uniforme escolar, quase como se seguisse as borboletas que insistiam em passear ali.

As imagens coloridas de Bolt passavam na TV mas tudo que Jisung conseguia ouvir eram as batidas do próprio coração. Se perguntou por um instante se Jeno conseguia ouvir.

– Eu daria comida a gatinha. – comentou Jeno perto demais de seu ouvido quando Mittens ensinava ao cachorro como pedir comida.

Claro que naquela altura Jisung não sabia do que o hyung estava falando, tão concentrado em não ter um ataque de pânico que nem mesmo conseguia lembrar do título do filme.

– Eu também. – murmurou, sem saber o que afirmava.

Jeno riu anasalado e encostou o queixo em seu ombro.

A coragem repentina voltou a queimar em seu peito subitamente quando teve certeza que os dedos de Jeno desenhavam corações em sua barriga.

Se livrou dos braços do mais velho, sentando se de frente para ele e tomando ar.

– Jeno eu... – começou, mas quando a expressão confusa de Jeno tomou um sorriso divertido, as últimas palavras foram por água abaixo.

Como ele conseguia desarmar Jisung com apenas um sorriso?

– Você...? – encorajou, mas tudo que teve como resposta foram as bochechas rosadas do amigo mais novo enquanto ele fechava os olhos com força, como se toda aquela situação fosse sumir se tratasse o outro como um monstro que fica embaixo da cama.

O mais velho revirou os olhos antes de se aproximar de Park.

– Vamos lá, dongsaeng. – deixou um beijo na testa franzida do outro. – Eu gosto de você. – sussurrou fazendo os olhos do mais novo abrirem assustados, encarando o rosto rosado do seu hyung. Aquilo era difícil para ele também. – Não é tão difícil assim.

– E-eu... – tentou novamente e num impulso Jeno o aproximou, selando seus lábios inocentemente. Jisung ainda manteu os olhos abertos em surpresa por alguns milésimos antes de fechá-los para aproveitar o momento.

Não durou muito tempo, mas mesmo assim fez o coração de Jisung disparar.

– Eugostodevocê. – disse rápido, ainda de olhos fechados.

Quando os abriu Jeno o encarava com aquele sorriso divertido. Suas bochechas ainda queimavam, então ele desviou o olhar.

– Eu já disse que você é tímido demais pra alguém tão bonito? – perguntou levantando o queixo do mais novo para o olhar. O beijou rápido novamente. – Eu também gosto de você, Jisung.






(❍ᴥ❍ʋ)

olá amigas

eu escrevi essa fanfic para a _marmy que está de aniversário hoje

PARABENS MARI OBRIGADA POR SMP BETAR MINHAS FIC

<3

FELIZ ANIVERSARIO JMARI!!!

ps: escrevi ouvindo a musica da midia, então achei necessário


Shy shy shy «nosung»Onde histórias criam vida. Descubra agora