- Laur? Tem certeza que você vai jogar de novo? – Dinah tentava alertar a amiga mais uma vez dos riscos que a mesma corria ao continuar entrando na plataforma de nerve.
- Eu já falei que vou continuar jogando, já estou chegando a ser a número um. – Lauren falou orgulhosa enquanto a amiga apenas via cada vez mais distante a garota com quem havia crescido. – Você sabe que eu preciso do dinheiro.
- Você ainda continua com essa maldita ideia? – Agora a mais alta parecia não acreditar que Lauren continua com a ideia de sair de casa. – Lauren, você tem noção de como seus pais vão sofrer por causa desses malditos caprichos? Que droga Lauren, você precisa se tratar. Isso vai te matar. – Antes que a Loira continuasse seu discurso, a morena em um movimento rápido começou apertar o pescoço da amiga com olhos cheio de ódio, Dinah sabia que não devia ter provocado Lauren a chegar naquele ponto mais uma vez. A verdade era que não era a primeira vez que Lauren sofria um ataque de fúria.
Lauren na infância foi diagnosticada com transtorno explosivo intermitente, nos momentos de raiva, não consegue conter seu comportamento e acaba perdendo o controle: xinga, berra, ameaça, destrói objetos, ataca fisicamente as pessoas. A pessoa com tei apresenta dificuldade para controlar o impulso agressivo, na maioria das vezes, sua reação é explosiva e sempre muito desproporcional a situação que a desencadeou. Por exemplo: uma pessoa tem uma crise de fúria, joga coisas, xinga, grita porque a fila do cinema não anda. Essas atitudes não são premeditadas, ou seja, trata-se realmente de um impulso. Os portadores relatam que, às vezes, por uma fração de segundos, tem consciência do que está por ocorrer, mas não conseguem se controlar. Após o ocorrido, sentem alívio da tensão e por algum tempo, acreditam que seus comportamentos são justificáveis. Invariavelmente, quando conseguem pensar com mais calma, sentem-se genuinamente arrependidos, com vergonha, culpados, tristes e confusos. O sentimento de base para o TEI é a raiva. Como aborrecimento ou irritação, e que somente quando fora de controle, torna-se destrutiva, causando problemas nas relações pessoais, de trabalho e qualidade de vida. Os indivíduos com esse transtorno frequentemente expressam raiva intensa e inadequada (para o estresse causado pelo ambiente ou situação), ou têm dificuldade para controlar essa raiva. A raiva frequentemente vem à tona quando uma pessoa de sua simpatia é tida por eles como negligente, omisso, indiferente ou prestes a abandoná-lo. Durante períodos de extremo estresse pode ocorrer ideação paranoide ou sintomas dissociativos transitórios (por ex., despersonalização) mas estes, em geral, têm gravidade ou duração insuficiente para indicarem um outro diagnóstico psiquiátrico. Normalmente a maioria das pessoas acometidas desse mal acha que isso é normal e nega ser doente. A negação também faz parte das doenças da mente, mas se submetidas ao exame de "mapeamento cerebral" ficarão estarrecidas com o resultado porque o exame irá denunciá-las.
Lauren sabia que não estava em um estagio avançado da doença já que a mesma não fazia acompanhamento a anos. – Eu vou embora, antes que eu mate alguém Dinah. – A garota foi afrouxando. A garota estava com os olhos assustados e Lauren sabia que tinha se perdido. – Eu vou embora por que eu te amo. Por favor finja sofrer, as pessoas de nerve vão me ajudar com minha "morte", Dinah nunca conte a verdade. A melhor coisa que eu posso fazer para que minha família continue feliz é isso. Adeus. – Ali Dinah sabia que nunca mais veria Lauren. Ela não conseguia pronunciar nenhuma palavra, ela não sabia o que acontecia com a garota.
(...)
- Esta feito. – Lauren falou entre lagrimas, ela não queria deixar Dinah para trás mas também não podia levar consigo uma garota tão boa quando a mais velha. – Já podemos ir para NY Lucy. - A garota deu um sorriso triste e assentiu. Dando partida no carro. Lucy também tinha a mesma idade de Lauren, as duas se conheceram também quando crianças. A garota iria acompanhar Lauren na loucura de forjar a própria morte, já que não via felicidade nenhuma em Miami mais. Desde que seus pais a dois anos descobriram o seu relacionamento com Vero, fizeram de tudo para separar as duas, até que os pais de Vero a mandaram para a Inglaterra, Lucy sofreu muito no começo sabendo que sua garota também estava sofrendo, um dia durante a noite a garota achou estranho Lauren sempre sair sem falar nada, então resolveu a seguir e foi ai que conheceu o tão famoso e secreto nerve. A garota se encantou pela adrenalina e loucura que aquele mundo trazia. Também podia ficar de olho em Lauren, elas eram uma dupla quase imbatível. – Lucy temos um novo desafio. – Lauren falou sorrindo ao olhar para tela.
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Demons
FanfictionTudo tem um limite? Não, pelo menos é isso que Nerve prega, um jogo virtual de "Verdade ou Desafio" que é acompanhado por vários usuários online. No começo, tudo é diversão e pequenos desafios mas logo a maioria dos usuários que de alguma forma se t...