LOUIS
Estava sentado com olhar baixo em uma das cadeiras em frente ao balcão na minha, agora, favorita padaria/bistrô.
- O que foi, querido? - Lisa me pergunto enquanto servia alguém ao lado.
- Eu fiz algo que me arrependerei a vida toda, deixei o amor da minha vida ir embora.
- Amores reais nunca acabam meu bem! - Ela sorriu.
- Bom, esse parece que sim. Eu o magoei fortemente e agora viajar pelo mundo é sua nova casa.
- Oh querido, eu estive em varios lugares, eu estive em várias partes do mundo, vi muitos rostos. E quando você olha para o horizonte você sempre saberá onde é sua casa, seu lar. Talvez o refugio dele seja em você e nesse momento ele deve estar se sentindo sozinho, não faça isso com ele. Não deixe ele se sentir sozinho, mostre que se importa. Se você o ama, vá atrás dele.
Prestei atenção em cada palavra que saia da boca de Lisa, ela estava certa.
- Eu irei tenta Lis, você tem papel aí?
- Sim, querido. - Sorriu pegando algumas folhas e uma caneta tinteiro.
- Obrigada Lis, eu amo você garota!
- Uma garota de 63 anos. - Riu e foi atender a um cliente que a chamou.
Olhei para o papel mas logo fechei os olhos deixando os sentimentos tomarem conta de mim e fiz a caneta deslizar sobre o papel branco.
"Olá Harry,
Já fazem dois meses desde a ultima carta e não vou mentir, nos últimos dois dias 28 eu fiquei em casa, talvez com aquela pequena esperança de que o porteiro me traria mais uma de suas cartas. "suspiro"
A última vez em que estive com você eu estava deitado em seu peito, e por mais drogado que eu pudesse estar eu ainda me lembro das batidas do seu coração. Naquele momento eu percebi que enquanto seu coração estivesse a bater era eu que continuaria vivo.
Sabe, desde o começo você me perguntava o "por que?" de tudo isso e eu nunca me senti preparado o bastante para te dizer. E agora eu sinto a necessidade dizer isso.
Vamos começar.
Quando eu saí da escola e fui para a universidade eu senti o impacto da vida, vi que todas as festas, amigos de escola, curtidas no instagram, bebidas em bares caros, nada absolutamente nada faria diferença agora e você me disse isso naquele telhado a quatro anos atrás.
Era sua primeira festa, aaa aquela festa, você realmente não tinha gostado e subiu no telhado para ver o céu, eu saí para tomar um ar depois de "pegar" alguém e vi aquele garoto novinho de cabelos encaracolados com as estrelas sendo refletidas nos seus olhos e me perguntei o porque de estar sentado no telhado seria melhor do que uma maravilhosa festa acontecendo em baixo de seus pés. Você me falou o porque e eu estava fascinado nas palavras de um garoto tão novo mas tudo o que eu pude dizer foi "riquinhos tem a mania de ser idiotas?", me desculpe babe, eu não podia sair do meu papel de festeiro pegador de merda.
E agora, aquele garotinho que estava em cima do telhado está mais preparado para vida do que eu, você sabe lidar com tudo, você é educado e tem paciência quando estou um saco de ressaca. Parece que mudamos os papeis, mas eu continuo fascinado por você.
Mas voltando para o assunto do medonho "por que?".
Quando eu recebi esse choque de realidade você ainda estava começando o ultimo ano da escola e eu percebi que eu não conseguia nem cuidar de mim mesmo, como iria cuidar de você? Não que você precise de uma babá, mas na minha cabeça me mostrar fraco e despreparado para alguém tão feito como você seria horrível. E no mesmo dia em que minha cabeça só se focava nisso alguém me perguntou o porque de eu não comprar uma casa e morar nós dois nela. Nunca uma pergunta me assustou tanto.
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Let's play,Lou. | l.s
De Todo"Desculpe Harry, eu não consigo mais, nossa brincadeira de namoradinhos não esta certa, eu preciso de uma coisa de verdade. Espero que sejamos amigos. xx L" Estávamos brincando, Louis? Oh não, não estávamos! Vamos brincar agora, Lou.