Capítulo 1

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!ATENÇÃO!

A fanfic a seguir foi escrita entre 2016 e 2017, quando tinha-se apenas a primeira temporada como base. Além disso, nem todas as questões apresentadas são/serão iguais às da série original por motivos de adaptação e liberdade criativa.

Obrigada pela atenção e boa leitura!

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Louise desligou a televisão e se despediu dos seus pais. Mais uma vez o canal local falava sobre os heróis Ladybug e Chat Noir salvando Paris.

A menina vivia em Honfleur - que fica a aproximadamente 198,5 km de Paris -, onde o crime vem crescendo absurdamente de uns tempos para cá. Ela se perguntava se não existia nenhum herói que pudesse salvar o lugar que amava tanto.

Suspirou derrotada ao pensar que teria que encarar novamente a monotonia do seu dia. Ela era uma grande fã dos heróis de Paris, daria tudo para ser como eles.

Afastou seus pensamentos fantasiosos assim que chegou na escola e se dirigiu até o último lugar do canto direito na sala de aula.

Como havia chegado cedo, pôde ver os alunos entrando aos poucos. Logo viu Lila entrar e sentar bem na frente. Lila é o tipo de garota que fazia de tudo para conseguir o que queria, até mesmo mentir. A garota acabara de se mudar de Paris por esse mesmo motivo, mentiu para as pessoas e foi vítima de um akuma de Hawk Moth. Ladybug e Chat Noir obviamente deram um jeito, mas mesmo assim a garota não havia se tocado do quão imprudente era com suas mentirinhas. Desde o dia que chegou, implicou com Louise por algum motivo. Normal, todos me odeiam.

*

Depois de um dia entediante de aula, Louise decidiu ir ao parque. Lá era onde encontrava inspiração para criar suas poesias.

A menina viu que não tinha bancos livres, então sentou-se do lado de um senhor idoso. Ao se aproximar percebeu que o homem aparentava ser chinês. Ele vestia uma camisa vermelha no estilo havaiana e um chapéu de pescaria. Um turista.

- Olá, tudo bem? Será que eu posso me sentar? - perguntou educadamente.

- Claro senhorita. Eu estou bem, e você? - o senhor disse educadamente. A garota notou um pouco do sotaque chinês na fala.

- Não muito, mas tudo bem. - abriu sua mochila e retirou seu caderno.

- Não estou querendo ser intrometido, mas o que aconteceu minha jovem?

- Ah, tudo bem. É bom conversar com uma pessoa que não seja seus pais.

- Como assim?

- Eu basicamente não sou muito popular, ou melhor dizendo, não tenho amigos. - falou cabisbaixa - Mas acho que o senhor não vai querer perder seu tempo ouvindo minhas lamúrias.

- Não existe mal algum em falar com alguém sobre seus problemas. Todos precisamos de um ombro amigo. Agora sobre o que você está passando, já dizia um provérbio da minha terra: "Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda." - Louise o encarou com uma expressão de dúvida. - O que quero dizer é que as vezes passamos por maus momentos, mas são eles que nos trazem os bons.

- Esse deve ter sido o melhor conselho que recebi. - sorriu sinceramente. - Muito obrigada. - o velho retribuiu o sorriso e em seguida Louise havia encontrado a inspiração para seu poema. Alguns minutos depois ela parou de escrever e ficou encarando o nada. - As vezes eu fico pensando, como será a sensação de ajudar as pessoas? Sabe, como Ladybug e Chat Noir fazem, ou como o senhor acabou de fazer. Quer dizer, nós nem nos conhecemos e eu já me sinto muito melhor com algumas de suas palavras. Queria poder ajudar as pessoas.

- Para ajudar os outros você precisa pensar em si mesma antes. Não lamente pelos amigos que não tem, anime-se pelos que você pode fazer.

Louise sorriu novamente. Aquele senhor desconhecido fez seu dia melhorar. E depois de um tempo conversando sobre a cidade e sobre Paris, a menina precisava ir embora. Despediu-se do senhor - que descobriu depois que gostava de ser chamado de Fu - e correu para casa.

- Ela é uma ótima garota, Mestre. - disse Wayzz saindo do chapéu do velho - O que o senhor acha?

- Acho que encontramos uma nova heroína. - Fu passou a mão na barba e saiu dali. Teria que fazer a entrega de um presente hoje à noite.

*

Louise terminou seus deveres, deu boa noite para seus pais e dormiu.

No outro dia a garota havia acordado incrivelmente mais cedo. Ainda estava atônita pelas palavras do idoso que encontrara no parque.

Como acordou cedo, tinha tempo de sobra para escrever mais uma de suas poesias. Se sentia muito inspirada. Assim que pegou seu caderno viu uma coisa cair. A garota se abaixou e pegou uma caixinha preta com detalhes vermelhos.

- Isso não é meu. - disse analisando o objeto. Decidiu abrir para ver o que era, mas assim que fez isso um brilho laranja apareceu na frente dela, fazendo a mesma cair sentada no chão.

- Olá, eu sou Foxy. - um animalzinho laranja com olhos verdes saiu de dentro do brilho. A garota gritou e logo colocou a mão na boca - Shh! - o bichinho se aproximou e ela se afastou.

- Quem é você? Ou melhor, o que é você? - falou colocando a mão na frente para que o animalzinho não se aproximasse mais.

- Eu sou uma kwami e agora você é minha mestra. - a cabeça de Louise estava uma confusão só. Depois de respirar fundo várias vezes, parou para ouvir a criaturinha que lhe explicou tudo com calma e animação.

- Quer dizer que você é uma kwami e quando eu colocar esse colar - apontou para a joia na caixinha -, e pedir para você me transformar, eu virou uma super heroína? - Foxy assentiu e os olhos da menina brilharam - Como a Ladybug e o Chat Noir?

- Plagg e Tikki estão com novos donos? Isso significa que temos uma ameaça muito grande vindo. - disse a kwami pensativa.

- O que? Como assim?

- Nada que importe agora. Por ora, vamos falar sobre você, Volpina. Se ele te escolheu, provavelmente você é uma boa pessoa.

- Volpina? E quem me escolheu?

- O Grande Guardião. - a menina fez uma cara de confusão - Vem, vamos ter uma longa conversa.

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