Capítulo
2
Sou como uma rocha
as ondas batem,
Mas não conseguem me abalar...
Sou como a espada
de um grande guerreiro
o medo não consegue me alcançar.
Às vezes me sinto como o vento
correndo pelo mundo
sem vontade de parar.
Então te vejo, e você sorri...
E já não sou águia, sou colibri.
Teria enfrentado mil gigantes
ou manadas de elefantes
Teria olhado para a morte
sem me importar com a sorte...
Mas bastou um sorriso seu
E a guerra se tornou paz
e já não sou capaz
de suportar nenhuma dor...
Meu mundo perdeu o sentido
pois a luz do seu sorriso
me revelou quem realmente sou.
O ESPELHO
A lua estava clara no céu. Coisa rara de se ver da Terra, desde que a humanidade ofuscou o brilho da deusa branca com suas construções e sua exploração irresponsável. Deitada sobre a grama do jardim, sob a cúpula transparente da cidade, ela admirava o astro, que em tempos imemoriais personificava divindades de várias culturas diferentes, sendo as divindades femininas as mais associadas ao satélite solitário da Terra.
— Entendo sua solidão...
Artemísia suspirava olhando para a lua brilhante.
Um drone pequeno se aproxima e deixa uma caixinha, enfeitada com caracteres antigos, para Artemísia. Ela senta-se e pega o objeto. Utiliza o decodificador em seu punho para ler os caracteres. "Decifra-me e serei teu", era a frase em destaque no objeto cúbico. A outra frase, um enigma em grego do período helenístico, era a chave para abrir a caixa.
Represento a pureza e sou deusa das feras.
Não há homem que conquiste meu coração.
Não há ser que não tema o meu poder.
Abençoo o nascimento,
mas não hesito em levar a morte
para aquele que ouse me desobedecer.
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Artemísia (Habitantes do Cosmos, #2)
Ficção CientíficaARTEMÍSIA (HABITANTES DO COSMOS, #2) História por Francélia Pereira Ilustração da capa por Ton Lima Revisão por Tany Isuzu Distribuição: My Light Novel - www.mylightnovel.com.br Sinopse: Artemísia é uma guerreira mercenária nascida em Vênus, no futu...