Capítulo 1

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  Normalmente, depois de um puta dia agitado as pessoas tendem a maratonar sua série preferida ou até mesmo tirar um cochilo de três horas, mas comigo não está sendo assim. Porque como eu mesma disse:

  “Normalmente

  Convivendo comigo mesma, já fiquei ligada que na minha vida nada é normal por muito tempo, mas também, nada que eu me importe. Já que eu sou digamos, uma garota que gosta de sair dos padrões.

  E como tudo nessa vida passa, a paciência da minha mãe também passou, assim que descobriu algumas coisinhas que andei fazendo, ou ao seu dizer aprontando..pouca coisa, nada demais. Porém aqui estou eu, largada no sofá de casa, levando mais uma entre as milhares broncas de dona Ana, mais conhecida como minha querida mamãe.

"Eu falo e você me escuta, sem reclamações ou interferências, entendeu?" - Disse séria colocando as mãos na cintura.

  "Ter dezesseis anos pra você pode parecer muito, mas você ainda não tem maturidade para tomar as suas próprias decisões e fazer oque quiser quando bem quiser! Por sua imensa falta de responsabilidade eu perdi uma reunião importantíssima, e te garanto que não haverá outra nem tão cedo!" - Ana soltou um suspiro e colocou os cabelos atrás da orelha.

"Você tem ao menos noção doque causou?" - Quase berrou.

  Até parece que eu assaltei um banco, ugh! segura ai, que as vezes minha mãe tem a mania de exagerar um pouquinho, sabe? Eu não sou santa, ok? Claro que eu apronto as vezes, mas como ja disse não foi nada demais. Apenas matar algumas aulinhas, discussões com o professor de matemática e com tudo acho que o que mais a irritou foi o fato de eu ter brigado, justo com a filha da sua chefe, e talvez, mas só talvez, ela possa sair prejudicada com isso.

  Mas não só ela, como eu também, pacote duplo. Já que somando tudo isso e contando com o maldito caderno de advertências (cujo o meu ocupa duas folhas, frente e verso) fui convidada a me retirar da escola, ou seja, "suspensa otária, sus-pen-sa!"

"Ai mãe ui, aquela piriguete bem mereceu!" - Revirei os olhos, pode ser filha da chefe, do presidente ou de quem for que eu não vou escutar desaforos e acima de tudo e todos, vou defender o meu estilo, ou seja, a mim mesma. Nem que pra isso eu precise usar as minhas habilidades de luta, coisa que irei adorar.

"Que fique claro que estou fazendo isao para o seu bem!" - Suspirou
"Falei com a sua tia e..você irá para Califórnia!" - Disse séria e eu me atirei do sofá.

"Portanto, encare isso como férias..férias permanentes, uh?" - Disse amenizando e não deu espaço pra mim falar "Além do mais você pode recomeçar, ter amigos e sempre terá sua prima ao seu lado. Sem contar que irá estudar em um dos melhores colégios internos de lá." - a realidade passou sobre os meus olhos como uma bomba.

"Se você é louca o suficiente pra achar que isso vai ser uma solução, muito bem. Te garanto que não fico um mês lá!" - Falei fria desmontando todo ódio socado dentro de mim e subi as escadas em direção ao meu quarto.

Sair do Brasil? Como ela mesma disse eu não tenho maturidade. E agora me vem com essa, puta que pariu.

Morra Amber, morra!

Ah..como a vida podia ser fácil igual as vadias da escola.

S.O.S Marrenta Na Área [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora