Capítulo 3

22 3 1
                                        

De manhã...
Acordo assim que meu celular toca. É meu amigo, Leonard.
Atendo e demoro para dizer alguma coisa. Até que...
– Caleb?
– O que foi? O que você quer?– perguntei com voz de sono.
– Nossa! Para que tanto mau-humor, cara?
– Desembucha Leonard.
– Posso passar na sua casa?– pergunta bem animado.
– Não.– respondo, frio.
– Por quê? Tem visita?
– Tem.
– Quem? Hóspedes?
– Aham. Agora que você me acordou, não consigo mais voltar a dormir. Obrigado.– digo me levantando da cama e botando uma blusa qualquer.
– Molenga. Não tenho culpa se você só acorda tarde.
– E eu não tenho culpa se você acha que alguém vai estar acordado às 7:30 da manhã, em um domingo e nas férias de verão ainda por cima.
– Ah, sei lá né.
– É por isso que nenhuma menina te dá número de telefone.
– Pegou pesado, meu chapa.
– Mas é a verdade.
– Okay, você venceu.– suspirou.

Conversamos um pouco e botei uma calça de moletom xadrez preta e cinza. Depois que desliguei o telefone, vejo do lado de fora o sol. Afe, vai fazer calor. Então desisti da calça de moletom e pus um shorts que vai um pouco além do joelho preto, uma blusa regata daquelas com estampa camuflada verde e tênis.
Por incrível que pareça, vi meu pai fazer bacon na frigideira na cozinha ao descer.
– Olha só, o cara que mais dorme no planeta finalmente acordado às...– meu pai olha o relógio.– ...7:54 da manhã!
– Não foi culpa minha. Eu teria dormido mais se meu querido amigo, Leonard, não tivesse resolvido me ligar cedo.
– Viva a Leonard!– gritou meu pai.
– Tanto faz.

Sentei a mesa e vejo no sofá, a silhueta de uma cabeça direcionada para a TV que estava ligada no canal Universal Channel.
Meu pai traz o prato com bacon na mão para mim mas fica me observando.
– Por quê não vai lá dar bom dia pra Rafa?
– É o quê?
– Filho, eu e sua mãe sacamos a sua. Você gosta dela, é?
– Eu?– perguntei sem graça.– Sei lá. Só sinto uma coisa diferente. E eu não sou bom nessas coisas.
– Como é? Você é mesmo um molenga! Como vai saber se não é bom nisso se não ao menos tentou? Tem que chegar junto, filho... Convida ela para passar um tempo na piscina.
– Desde quando você me dá conselhos?
– Eu esqueci de tomar meu remédio, desculpe.
– Engraçado você...– tomo o prato da mão dele.
– Sério? Devo fazer um show de comédia?
– Nem pense nisso.
Como meu bacon no pão e olho para meu pai que balança a cabeça na direção da Rafaela.
Entendi o quê ele estava falando e fui para perto dela.
Eu olhei para ela e ela me olhou na hora. Eu sorri e ela sorriu também, mas voltou a prestar atenção na TV.
– Bom dia.– disse sentando ao lado dela.
– Bom dia. Dormiu bem?
– Sim. E você?
– Eu também...
– Bom...
Olhei para trás e vi meu pai me fuzilando com o olhar. Eu estava fazendo tudo errado.
– Sabia que... A piscina está limpa? Meu pai, sempre preparado, arrumou tudo antes de você e sua irmã chegarem. E hoje também está quente né? Aliás...
– Você está me convidando para passar o dia na piscina com você?
– É.
– Legal!– ela se levanta.– Vou me arrumar.
– Tudo bem...– digo enquanto ela sobe a escada. Eu levanto do sofá e fico olhando a escada.
De repente, meu pai vai para meu lado e põe a mão no meu ombro.
– Viu? Não foi tão difícil assim.– diz meu pai, me consolando.
– Na verdade, foi muito difícil.
– Ah, você não tem conserto.
– Consolador, pai.
– Consolador não. Realista.
– Vai fazer seu bacon.
– Não estrague tudo!– diz ele, andando para a cozinha.

Fui para a área da piscina e tirei a blusa, colocando na mesa. Sentei no chão e pus o pé na água gelada.
Ouço passos e olho para o lado. Vejo Rafaela com a parte de cima do biquíni e um short. Ela acenou para mim e eu retribuí com um sorriso. Quando levantei para falar com ela, vejo Patricia logo atrás, mordendo o lábio inferior.

Não era para ser assim.

– Ei, Caleb!– disse Rafaela.
– Oi Rafaela. Tudo bem?
– Tudo sim. Espero que não se incomode com a Pat. Ela veio tomar um pouco de Sol.
– Tudo bem! Aliás, por quê eu me incomodaria?
– Ah, não sei. Só falei...

Hm.

Passamos um tempo conversando sobre nossos interesses e então o calor aumentou.
– O calor está aumentando. Quer entrar na piscina?
– Vá sem mim. Eu não sei nadar...
– Então por quê aceitou vir na piscina se não sabe nadar?
– Por quê...– ela começou a gaguejar. Eu estava começando a entender...– ...Er...Amm...
– Não tem problema. Eu inflo o colchão para você entrar na piscina.
– E se eu cair?
– Não vou deixar.

Na hora que eu disse isso e me toquei daquela situação, percebi que eu corei tanto. Parecia um tomate. Senti que alguém me observava. Ao olhar para Patricia, ela estava dormindo na espreguiçadeira com óculos de sol. Então se não era ela...

Olho para o outro lado, para a casa. Vejo meu pai me observando da janela da cozinha. Ele sorriu e bateu palmas de leve.
Senti um orgulho de mim mesmo.
– Vem, vou encher o colchão para você poder entrar na água comigo.
– T-tudo bem...

Ela me seguiu até a sauna, onde guardava as coisas de piscina.

Mas... se ela não sabe nadar e aceitou passar o tempo na piscina comigo, significa que talvez ela possa sentir o mesmo que sinto? Será que ela queria apenas passar o tempo comigo mesmo sabendo que não sabe nadar?

Tudo está claro. Mas como eu disse antes, eu não vou falar nada agora. Se eu disser algo, posso pagar de esquisitão.
Mas no fim das contas, vi que ela faria o mesmo que EU faria por ela.

Que adorável...

Gente desculpa pelo capítulo fraco e seco, mas é que eu estou com problemas nas notas e eu preciso estudar para as provas de recuperação. ;-c Sorry

Love you all, Desculpem mais uma vez.

#criseanticriatividade

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 29, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora