Capítulo 5 - Park Jimin

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Olhando para o teto coloco outra batata em minha boca e mastigo, os fones já foram esquecidos em uma tentativa de prestar atenção no que aquele ser estava tentando fazer. Me viro, ficando de lado na cama dele suspiro dramaticamente e decido interromper sua contagem.

- Doze, treze, cato... - ele conta enquanto faz abdominais, que são separadas em séries de vinte, se estive prestando atenção, e eu estava.

-Dez, vinte sete, sessenta e quatro, trinta e dois, dezesseis, nove, quarenta e quatro. - Falo vários números aleatoriamente em voz alta fazendo ele interromper a contagem e as abdominais e olhar pra mim.

- Quê? - É a única coisa que ele pergunta e eu sorrio diabólica.

- Em que número você estava mesmo? - pergunto inocentemente e volto a comer as batatas enquanto ele para pra pensar e percebe o que eu fiz.

- Isso não tem graça, eu estou trabalhando duro aqui...- ele fala parecendo irritado e eu volto a prestar atenção nele.

- Você já comeu hoje? Uma refeição descente...eu digo. - Falo o olhando esperando que ele diga a resposta correta se não sapatos vão voar na cara de alguém.

- Claro que comi, você não me deixa mais ficar sem comer - ele fala com um leve tom condescendente e eu sorrio satisfeita.

- Você pode reclamar o quanto quiser, eu sei o que é melhor pra você - Falo antes de fazer uma manobra ninja e me jogar no chão ao lado dele e dar um beijo em sua bochecha.

- Por que não faz flexões agora? Gosto de olhar seus braços enquanto você faz flexões...- Falo e não posso deixar de sorrir maliciosa fazendo ele ficar com vergonha mas apenas ignoro sua reação fofa e me deito no chão, logo ele está pairando em cima de mim.

- Cada vez que eu for até o final...o que eu ganho? - ele pergunta com esperança e uma pontada de malícia.

- Uma batata? - brinco com ele colocando o pacote ao meu lado em um espaço acessível.

- Tudo bem, já podemos começar, você conta.

- Como assim "podemos"? Você não vai fazer nada, só está deitada comendo enquanto eu faço flexões...- ele fala subindo e descendo algumas vezes, quando ele está próximo a mim aproveito para falar.

- Eu sou a razão de você ir até o final. - ele para onde está e eu dou risada. - Eu sou essencial nesse processo.

Ele começa a rir e seus braços tremem por ele não conseguir levantar e mesmo rindo coloco as mãos em sua barriga e o ajudo a levantar.

- Continua, não perca a contagem. - apesar da minha implicância eu gostava de ver ele se exercitando e incentivava.

Ele volta a fazer as flexões normalmente e eu paro de comer as batatas.

~Minhas mãos pareciam mais ocupadas em ficar passeando pela barriga do meu namorado~

Solto risadinhas divertidas ao encontrar a barra do moletom que ele estava usando e puxo a roupa pra cima.

- Amor, pare pare com isso, você está me distraindo. - ele fala já vermelho.

~Já não sei mais distinguir se é pelo esforço ou pela sua vergonha diante das minhas atitudes assanhadas~

- Você é muito chato, não deixa eu fazer nada. - reclamo com ele tirando as mãos de sua roupa e a colocando de volta no lugar.

Decido ficar quietinha olhando pra ele, que parece ficar constrangido diante do meu olhar mas não fala nada. Meus pensamentos logo me incentivam a implicar com ele novamente, e coloco as mãos em seu rosto, uma de cada lado e eu fico apertando suas bochechas fofas, mesmo que minha atenção não esteja voltada para suas bochechas mas sim para sua boca.

- Jiminie, você tem lábios tão beijaveis. - falo quando ele desce mais logo volta a subir e para na metade do caminho e fica me encarando.

Sorrio fofa e me inclino pra frente fazendo nossos rostos se aproximarem, ele parece nervoso e ancioso diante das minhas ações e quando nossos narizes estão se tocando ele fecha os olhos, meu sorriso passa do fofo para diabólico e antes de realmente beija-lo eu viro seu rosto para o lado e dou uma lambida na bochecha, tirando minha mão do caminho.

-Ahh não, isso é tão nojento, não tem graça...- ele grita se jogando para o lado, consequentemente saindo de cima de mim enquanto limpa o rosto com a manga da roupa. - Você acabou com o clima.

Suas reclamações não param, mas eu estou muito ocupada em uma crise de risos para poder me preocupar.

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