Capítulo 3

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O celular despertou às 5 da manhã, levantei mais rápido que o de costume, fui até a pia do banheiro, lavei o rosto e fitei o meu reflexo no espelho, haviam círculos levemente arroxeados sob meus olhos em consequência da noite mal dormida, eu estava ansiosa demais para conseguir dormir. Tomei um banho quente para ajudar a relaxar, me enrolei na toalha e voltei ao quarto para escolher a roupa perfeita para minha chegada na NYU, depois de me vestir me olhei no espelho e notei que meu cabelo estava uma completa bagunça, me amaldiçoei por tê-lo prendido na noite passada, a única solução seria fazer um coque alto e foi exatamente o que fiz, olhei-me novamente e gostei do resultado a não ser por aquele círculos roxos que se formaram abaixo dos meus olhos, nada que um bom corretivo e uma camada de base não resolvesse, me dediquei a minha maquiagem e a cobrir o as olheiras, fiz um esfumadinho leve para dar um destaque aos olhos e passei um batom nude, fitei meu reflexo e me senti ótima, agora só faltava um tênis, algum acessório, meus óculos e minha mochila que eu já havia organizado a dias (link do look: https://www.polyvore.com/fic/set?id=209094059) Desci as escadas e me deparei com aquela cabeleira loira sentada no sofá da sala de tv, eu devo ter jogado pedra na cruz mesmo, eu vou ter que aguentar essa garota por 12 horas dentro de um carro sem meios de fugir para me matar, só pode ser maldição. Passei direto para a cozinha antes que ela notasse a minha presença, o Max e a mamãe estavam sentados tomando café da manhã.

- qual é a dessa garota? Ela não tem casa mais? - resmunguei me sentando do lado do Max e pondo um prato pra mim.

- começou cedo hoje, hein maninha ? Guarda um pouco de veneno para a viagem.

- já terminei. Nada vai estragar meu dia, hoje começo minha nova vida e nem mesmo seus comentários idiotas vão me tirar do sério.

- que bom, porque eu to só começando! - Max fez cara de mal e esfregou as mãos como aqueles vilões de desenho animado quando estão armando planos. Minha mãe riu dá interpretação infantil dele.

- to começando a achar que o papai pode dirigir a viagem toda, acho que seus serviços não serão mais necessários.

- sinto muito em te decepcionar, mas o papai saiu agora a pouco, ligaram da empresa dizendo que houve um imprevisto e só ele saberia solucionar, então, só vamos eu, a mamãe, você e a Becka. - Max disse abrindo um sorriso debochado.

- eu mereço! Vou pagar todos os meus pecados nessa viagem! - revirei os olhos enquanto o Max e a mamãe riam sem parar.

Terminei meu café da manhã, peguei algumas barras de cereal para lanchar durante o caminho e subi com o Max para pegar as malas no meu quarto.

- você precisa mesmo levar tudo isso? - meu irmão perguntou ao ver as 3 malas grandes e a mochila na porta.

- claro que preciso. São todas as roupas, sapatos e acessórios que preciso para viver em Nova York.

- se você diz... - ele pegou duas das malas e eu peguei a última e minha mochila. Colocamos tudo no carro e entramos, a mamãe foi no banco da frente e eu a Becka fomos atrás, não que eu tenha concordado com isso, mas ok. Coloquei meus fones de ouvido e dei play na primeira música que encontrei, não pretendia fazer contato com a "gênia" ao meu lado por motivos óbvios, nem com meu irmão que pretendia me atormentar durante todo o percurso.

Seguimos viagem parando apenas para abastecer o carro e para "almoçar" numa lanchonete que havia na beira da estrada. Eram quase 5 da tarde quando chegamos nos dormitórios da NYU, por sorte a recepção aos calouros seria as 6:30 seguida por uma festa de boas vindas a universidade, então daria tempo de deixar tudo no meu apartamento e quem sabe conhecer a ou as garotas com quem vou dividi-lo. Retoquei a maquiagem enquanto o Max tirava as malas do carro e as colocava no carrinho que um dos monitores havia trazido, quando saí do carro notei quão grande era o complexo de prédios dormitórios da NYU, como o prédio central da universidade fica bem no centro da sexta avenida, os dormitórios foram construídos na terceira avenida que é um pouco distante de lá, mas a universidade têm ônibus exclusivos para transportar os alunos, fora que, pelo que eu vi, dá pra ir andando numa boa, mas é claro que eu não vou me atrever a isso por enquanto, pelo menos não até aprender direitinho o caminho. Um rapaz, que deduzir ser um dos monitores por causa da camisa roxa que ele vestia e da prancheta que ele segurava, se aproximou de nós assim que terminamos de tirar as coisas do carro.

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⏰ Última atualização: Oct 07, 2016 ⏰

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