38- Férias

349 14 3
                                    

Júlia narrando

Já faz três semanas que estou de férias da escola e graças a Deus me sinto melhor. Depois que descobri que Luan havia ficado comigo por causa de uma aposta fiquei muito mal. Ele tentou falar comigo várias vezes dizendo que tinha se arrependido e que se apaixonou por mim quando começamos a ficar, mas não dei ouvidos. Talvez seja verdade, mas já estou cansada de tantas mentiras. Eu menti e ele também e se já começamos mal não acho que se ficássemos juntos daria certo.

Bruno ainda não perdoou a Alice, ele está muito triste e por isso tive a ideia de chamá-lo para ir viajar comigo e com meus pais.

-Vamos! Pegue a mala logo Júlia, já estamos atrasados. -Meu pai me apressava enquanto eu terminava a maquiagem.

-Tá pai, já estou terminando.

-Ainda temos que passar na casa do Bruno. -Minha mãe também me apressava. Terminei a maquiagem, peguei minha mala e fui correndo para o carro.

Não demorou muito para chegar na casa do Bruno. Meu pai buzinou e ele logo apareceu na porta e entrou no carro.

-E aí como você está? -Perguntei, pois, sua expressão não estava muito animadora.

-Você sabe, não é? Não consigo parar de pensar que a Alice me traiu.

-Eu sei. Esquece isso porque não quero ninguém com cara emburrada comigo. -Ele riu. – Vamos viajar e nos divertir muito. -Bruno assentiu. Chegamos no aeroporto e corremos, pois, estávamos em cima da hora.

***

Chegamos no hotel e pulamos na cama.

-Filha olha os modos! -Minha mãe reclamou.

-Vamos almoçar? Estou com fome. -Eu quase implorei, pois, meus pais estavam deitados e quase dormindo.

-Pode ir com o Bruno, depois nós vamos.

Na verdade, quando chegamos no restaurante decidimos comprar besteiras em vez de almoçar. Só espero que meus pais não descubram.

Resolvemos comprar um açaí e caminhar na praia.

-Não acredito!

-O que foi Jú?

-Olha. -Apontei. -Parece o Léo e a Bianca.

-Acho que são eles mesmo. -Puxei Bruno pelo braço e sai correndo. -Calma Júlia, eles não vão fugir.

-Não acredito! -Dei um grito ao chegar perto deles.

-Amiga! Que bom te ver. -Bia disse me abraçando.

-Oi Léo, quanto tempo. -Eu disse meio sem jeito pois não pareceu que ele estava feliz em me ver.

-Oi. -Ele me cumprimentou seco. -Eu e Bruno nos sentamos ao lado deles na areia e começamos a conversar. Léo parecia desconfortável e quase não falava nada.

-Gente eu também quero açaí, vamos lá comprar um comigo Bruno? -Bianca pediu. -Você quer Léo?

-Não quero não. -Bruno a acompanhou. Aposto que ela fez isso para que eu e Léo nos entendêssemos.

-Léo eu sei que você está bolado comigo e eu quero te pedir perdão.

-Não se preocupe, pois não estou bolado.

-Eu sei que sim, eu te conheço. -Ele ficou quieto por alguns segundos.

-Você ainda está com o Luan?

-Não. -Parece que ele ficou aliviado em saber que não tinha mais nada com o Luan. -Eu gostava muito dele e não acho que o que ele fez tenha sido tão sério, mas sei lá, não tenho mais vontade de ficar com ele como antes.

-E agora você está com o Bruno?

-Claro que não, nós só somos amigos.

-Assim como eu e você? -Naquele momento não sabia o que responder, pois antes estava apaixonada pelo Luan e ficava com o Léo porque era bom e sua companhia me fazia bem, mas essa pergunta me fez pensar. Não sei se somos só amigos. -Você nunca vai gostar de mim como gosto de você, não é? -Ele se levantou e começou a andar. Levantei e o segurei.

-Espera! Eu não sei o que dizer.

-Júlia me deixe em paz. Se não gosta de mim como eu gosto de você não me faça de bobo. Não quero sua amizade. -Ele continuou andando e fiquei parada sem saber o que fazer. Sentei novamente e fiquei pensando enquanto observava as ondas do mar.

Paixão De AdolescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora