56 - Algumas semanas depois...

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Tudo e todos estavam estranhos na escola. O clima estava cada vez pior e tudo o que eu queria é que os problemas de todos se resolvessem com um estalar de dedos, mas como na vida não dá para fazer mágica o único jeito de resolver as coisas é encarando-as.

O sinal para o intervalo na escola tocou e sai para o pátio acompanhado do Bruno, como era de costume. Sentamos em um canto isolados para conversar e lanchar.

-Como você está Bruno?

-Estou bem. -Ele respondeu que estava bem para não ter que falar sobre seus sentimentos.

-Estou cansada dessa resposta mentirosa! É claro que você não está bem. 

-Tem razão. Não estou bem e você sabe por que? -O encarei esperando sua resposta. -Porque a Alice começou a falar comigo pelo whatsapp e não consigo evitá-la. 

-Caramba! Nunca imaginaria isso. Você e a Alice parecem que não são mais meus amigos, pois não me contam nada. 

-Bom, estou te contando agora. -Rimos. -Ela me disse que pensou que estava grávida e tudo. Fiquei triste por ela ter ido tão longe com o Jean.

-Não entendo porque vocês estão se falando ainda. Eu sei que você gosta dela, mas a Alice está com o Jean agora. 

-É eu sei, mas é difícil não responder a pessoa que você gosta.

-Eu entendo. Mas cuidado para não se magoar de novo. -Ele assentiu. -Mudando de assunto, você sabe se o Léo e a Gisele estão ficando?

-Eu não sei. Por que não vai perguntar para ele?

-Não posso, nós nem estamos nos falando mais direito.

-Você tem que falar logo com ele, pois se gosta de alguém não pode desistir tão fácil.

-Tem razão. Mesmo que não sejamos mais namorados temos que continuar amigos. -O sinal tocou e voltamos reclamando para a sala como sempre.

Fiquei observando o Léo e a Gisele conversando e eles parecem tão entrosados. Os dois são animados, extrovertidos, alegres e parecem perfeitos um para o outro e foi isso que me deixou com tanto ciúmes e me fez acabar com nosso relacionamento, mas mesmo assim não posso perdê-lo.

Na hora da saída corri atrás do Léo gritando o nome dele como uma doida. Como sempre estava com a Gisele nojenta.

-O que foi? Parece uma doida me gritando. -Rimos.

-É que quero saber como você está. 

-Estou bem. -Gisele continuava andando ao lado dele com uma expressão de raiva, mas continuei falando com ele.

-Vamos no cinema ver Pé pequeno? -Uma coisa que temos em comum é que adoramos filmes infantis. Ele sorriu e acenou a cabeça que sim.

A noite Léo me enviou uma mensagem dizendo a hora e o dia que o filme estaria disponível e marcamos para ir na sexta.

Não nos falamos na escola, apenas trocamos olhares mas conversamos bastante por mensagens como quando éramos muito amigos.



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