Capítulo 20:

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Pov's Chloe

Acordei em um local malcheiroso, desnorteada, meu corpo todo doía, e meu vestido estava extremamente rasgado.

Ouvi alguns murmúrios em uma porta que estava exatamente na minha frente, encontrei Théo, amordaçado, quando me viu, seus olhos quase saltaram de órbita, me aproximei dele com lágrimas nos olhos, ele estava amarrado e arranhado, seu camisa, revelando um tanquinho magnifico, porem cheio de machucados  e arranhões.

- Ah, Théo.. – Fui até ele, tentando tirar a mordaça de sua boca, mas algo me puxou para trás, ou melhor, alguém. Tapando minha boca, tinha um cheiro ainda pior, de queijo mofo e meias sujas, me dando vontade deixando nauseada e com ânsia.

- Peguei você gatinha. – Aquela voz. Eu reconheceria em qualquer lugar, foi o mesmo brutamontes que me dopou. Comecei a me debater instantemente, mas era impossível, ele era muito mais forte que eu, era ridículo tentar lutar.

- Fica quieta loirinha, se não te levo pra um lugar bem pior. - Senti a aproximação dos lábios dele até o meu ouvido, a respiração quente dele nos meus cabelos.. Que merda ele ia?.. - Pra minha cama. - Ele sussurrou, meus olhos se arregalaram, minha magia não funcionava, não naquele lugar.

O homem me soltou, ele se parecia tanto com Travor que cheguei a me perguntar se realmente não era ele, mas eu saberia se fosse, Trav jamais faria algo com seus amigos e sua família, jamais. Inconscientemente, meus pulsos já estavam cerrados, e eu estava com uma postura defensiva, preparada para usar toda minha força contra qualquer um que ousasse me atacar, mesmo sabendo que seria a coisa mais idiota do mundo.

- Sinto pena de vocês dois, logo logo, vocês estarão mortos. - O cara sorriu cínico, guardei minha vontade de mostrar o dedo e manda-lo tomar naquele lugar, voltando a me concentrar em Théo a minha frente, com olhos ternos, forcei-me a transmitir uma mensagem para ele, mesmo sabendo que seria impossível, eu estava fraca, ele estava fraco, ninguém conseguiria sair dali vivo caso ousasse fugir, mas eu não iria desistir tão fácil, redenção nunca foi meu assunto.

Uma porta se abriu atrás de nós, e pude ouvir alguém caminhando em minha direção, em um estalo, eu não estava mais lá, mas sim em um lugar estranho, ainda observava Théo, mas agora era de cima, a minha frente, tinha um painel, cheio de botões, cada um para alguma coisa, mas eu não entendia nada, nem o que cada um significava. Podia ver alguns fios colados na parede, que vinham do meu painel até a cadeira de Théo, lágrimas já queimavam meus olhos, eu tinha que acordar, tinha de ser apenas um sonho, que nem em filmes, mas não era, e a prova daquilo era a dor em meu peito que aumentava cada vez mais que minha imaginação me obrigava a pensar em um futuro sem meu amado.

Senti alguém atrás de mim, mas antes que pudesse me virar, a pessoa já estava com uma faca em meu pescoço, a mesma voz, medonha, carregada de excitação e hesitação, ecoava em meus ouvidos, então era isso, a velha piada do: Ou você, ou ele. Como fazer alguém que você ama sofrer? Era aquela a sensação? de ter o poder sobre outra pessoa em suas mãos, o poder de julgar alguém, de ver alguém sofrer por uma causa injusta ou irrelevante, era aquele sentimento, de culpa e poder que se misturavam dentro de mim, mesmo que fosse meu amado, mesmo que fosse Théo.

- Vai loirinha, você tem uma chance. - Instigou a voz ao meu ouvido, levei a mão até o botão vermelho, onde muitos números se misturavam, parecia ser.. Uma espécie de painel, para controlar a intensidade de algo..

- E se eu não fizer? - Não queria fazer, não queria escolher, não queria subestimar nem eu, nem meu amor naquilo, não queria ter de vê-lo sofrer, não aguentava ver mais ninguém sofrer por minha causa. Não de novo.

- Se você não fizer, vou ter que fazer eu mesmo. - Ele apertou mais a faca contra o meu pescoço, Théo arregalou os olhos, seu peito subia e descia com intensidade, o homem levou a mão dele para o botão, ameaçando gira-lo, em uma onda de choque, puxei a mão dele para trás, precisava sair daquela encarrascada, só não sabia como.

Notei que algo estava diferente, levei uma das minhas mãos até o braço dele, ameaçando chorar, fingindo estar fraca, ele soltou um pouco a mão do meu pescoço, o que me fez cessar um pouco as lágrimas, mas as mesmas caíam, eu ouvia Théo gemer baixo, como se implorasse para que eu o fizesse, mas eu tinha um plano melhor. Minha magia havia voltado, seja o que for que estivesse no meu sangue, já havia sido eliminado, o que me dava vantagem sobre aquele ser, não sabia ao certo o que era, mas tinha poder.

Levei a outra mão, fingindo estar sendo sufocada, por tempo suficiente para recitar um feitiço no meu pensamento, raptando toda a energia magica que aquele.. Ser, tinha, e era muita, não pude deixar de sorrir ouvindo os ruídos dele.

Sentia meus músculos se contorceram em uma especie de raio eletrizante, meu corpo estava novamente cheio de poder, poderia finalmente sair dali. Tinha de ser rápida, agora que um dos capangas estava no chão, o outro parecia ter dormido.

Théo, me escuta, vou te dar um pouco do meu poder e a gente foge, mas tem que ser em silêncio. - Enviei a mensagem, e sem esperar resposta, me materializei na frente dele, toquei na mão do garoto a minha frente, sabia que aquilo iria doer em mim, mas não me importava, era um problema menor do que o que eu estava enfrentando agora. Aos poucos, minha magia era transmitida para ele, eu sentia minhas pernas bambearem, só mais um pouco e ele conseguiria sair dali em precisar de mim.

Quando já era o suficiente, Théo me pegou nos braços, meus olhos pesavam, tinha doado mais do que o necessário, e agora arcava com isso, se não fosse por ele, estaria em uma fria, mas ele havia conseguido sair, era isso que me importava, já não tinha mais consciência do que estava acontecendo, ele era o único que poderia me tirar daquele cubículo ainda acordada.

não sabia ao certo o que tinha acontecido, mas novamente, estava pronta para lutar para o que quer que fosse, eu não podia desmaiar agora, precisava aguentar até chegar até Amber para que pudéssemos sair daquele local.

-  Théo, vamos atrás da Amber e do Trav, precisamos sair daqui com eles, posso escutar algumas coisas, alguns ruídos, se me concentrar mais... - Concentrei-me nos ruídos, vinham de uma sala não muito distante, alguns barulhos de lutas e murmúrios, eram de Amber e de mais alguém, precisávamos ir para lá. 

- Chloe, você está fraca... - O interrompi antes de prosseguir, fazendo uma especie de prece aos deuses, precisava ser forte.

- Eu aguento, vamos. - Suspirei e ouvi um muxuxo, mas comecei a andar ignorando o moreno ao meu lado, estávamos indo em direção à Amber, eu sentia a presença dela ali, precisava ser forte...

Olá amores mios, consegui recuperar o capítulo u.u

Bem, vou direto ao ponto, gostaria que vocês serumano que me acompanha e que está lendo esse capítulo, votasse e comentasse, assim, seu votinho, ajuda a me motivar a escrever, as vezes isso me deixa numa bad sabe, então, queria pedir com toda a purpurina e glitter do mundo, votem pleasse? :3

Só isso, beijos de luz <3

Vampira: O DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora