Love and Chalkboards / l.s

Mr. Tomlinson

10 de outubro. 1:33 pm. Best Pizza - Brooklyn, NY.

Harry's point of view.

- Mas para sermos amigos precisamos saber alguma coisa um do outro, certo?

Professor Louis perguntou, na defensiva. Antes que eu pudesse responder a garçonete chegou á mesa, com uma sacola de papel e nossos pedidos dentro dela.

- Aqui está.

- É... Não pedi pra viagem.

- Não? Sinto muito...

- Tudo bem, já vamos indo.

Ele se levantou, pegando a sacola e jogando uma nota de vinte dólares em cima da mesa. Fui andando atrás dele, dando uma boa olhada nele por completo. Calças pretas skinny, vans pretos e uma camiseta cinza suja de tinta. Como se realmente não houvesse saído do Ensino Médio, o mesmo estilo da maioria dos nossos alunos. Segui até o carro, entrando novamente no banco de passageiros.

- Se importa em irmos pro meu apartamento? No máximo vamos ter que tirar algumas coisas de caixas.

- Sem problemas.

Ele me passou a sacola e começou a dirigir. Enquanto ia para casa, aproveitei para dar uma olhada no bairro, coisa que eu não havia feito quando peguei táxis para ir do aeroporto para o hotel e do hotel para a escola. Eu estava muito ocupado fazendo anotações e checando minha grade de horários. Levamos quinze minutos em silêncio para chegar ao seu apartamento. Ele colocou o carro na garagem. 

Subimos pelo elevador em direção ao sexto andar, e quando a porta se abriu, um hall completamente vazio, fora os espelhos e uma porta surgiu. Era um prédio de um apartamento por andar, o que me fez estar mais preparado para ver aquela maravilha de apartamento lá dentro. A sala era coberta por um tapete felpudo cinza, sofás de couro branco e um grande lustre de cristal pendia do teto, na parede principal da sala estava acoplada uma lareira de pedra, que estava desligada, mas dava pra imaginar o bom clima só de olhar. Ao olhar para o Senhor Tomlinson, vi que ele estava tão maravilhado quanto eu. 

Fui andando por ali, o corredor estava com as portas fechadas então não as abri. Acabei parando na cozinha, que estava com seus utensílios todos na cor vermelha expostos fora das gavetas. Fiquei mais cerca de dez minutos admirando a vista pela janela da cozinha até que meus olhos encontraram Louis pelo espaço novamente. Ele estava na sacada, onde também entrei. Havia uma mesa de ferro, onde a sacola com a pizza e minha coca estavam. Abri meu refrigerante, passando pela namoradeira no canto da sacada e dando uma olhada em todos os vasos vazios que estavam aqui. Por fim, me juntei a Louis, grudando meu tronco no parapeito, onde ele estava apoiado em seus cotovelos, e bebia sua cerveja, olhando o horizonte.

- Se o salário de professor paga isso, em dois anos eu serei o dono do mundo.

- Bem que eu queria. - Ele sorriu fraco.- Minha mãe me ajudou a comprar. O namorado dela na verdade... Ele é um banqueiro famoso aqui em New York, é um idiota, mas me ajudou a conseguir o apartamento.