E agora oq eu faço?

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Neste momento eu já estava conformada com a queda que tinha pelo Nicolas ou melhor, o precipício. Mas tudo bem, não passava disso ao menos na minha cabeça.

Quando cheguei em casa já tinha uma mensagem dele perguntando se já havia chegado, respondi positivamente e a pesar do meu bobo coração implorar para que eu continuasse a conversar com ele noite a dentro, o meu sono falou mais alto junto com o cansaso e tive que me despedir dele e tomar um banho quente e relaxante. Deitei na minha cama e passei uns 15 minutos recapitulando palavra por palavra do que havíamos conversado naquele dia, abri um sorriso, virei para o lado e dormi, tranquilamente e feliz.

-Valentina!!! Acorda!
-Mãe, me deixa!!! Hoje é domingo.
-Tem um menino lá embaixo te procurando.
-Oxe, que menino?-Disse sonolenta com um tom meio curioso.
-Um bonitinho do cabelo pretinho enrolado nas pontas. Como é o nome da criatura mesmo, meu Deus?
-NICOLAS?- Disse gritando e colocando a mão na boca em seguida para abafar o som do meu desespero.
-Isso mesmo. Ele é seu "cruxe" Valentina?- Disse minha mãe com uma expressão farceira.
-Não mãe. Só um amigo.
-Então vai lá atender seu "amigo"- disse em tom sarcástico.
-Não! Olha para mim, parece que morri e esqueceram de me enterrar.
-Vou mandar ele subir e esperar aqui.
-Tá pode ser...-Falei meio contrariada

Corri mais que maratonista pra tentar ficar arrumada para ir receber o meu boyzinho dos sonhos. Joguei os meus cachos para lá e para cá na tentativa de deixa-los mais arrumados, o que foi em vão. Vesti a primeira roupa que vi na frente e escovei os dentes. Saí do quarto com um ar de quem ama acordar cedo no domingo, toda sorridente.

- Bom dia, bela adormecida.
-Bom dia-Gaguejei com um sorriso envergonhado.
-Dormiu bem?
-Muito, eu cheguei bem  exausta mas revigorada. O jogo foi incrível e nossa saída depois do jogo também. Ontem foi um dia ótimo...-Falava aceleradamente, seu pausas e sem respirar no intervalo de cada frase.
-Calma menina. Oxente! Passei só para te devolver o seu óculos, você quase deixa na mesa do restaurante. Peguei mas esqueci de te dar. E para te ver também.

Fiz uma cara de tacho bonita quando ele falou isso. Não sabia se ficava triste pelo motivo tosco dele ter ido na minha casa ou se gritava de alegria pela preocupação.
Mas pelo visto, optei pela primeira opção.

-Muito obrigada,Nicolas. Mas não precisava vir aqui e me esperar, podia deixar com minha mãe ou até com o porteiro. Eu estava dormindo e você me acordou para nada- Respondi de forma ríspida.
-Caramba, você ou é oito ou oitenta né?! O que é isso? Bipolaridade? Fui super meigo com você e de uma hora para outra você me trata assim.-Valentina e sua petulância.- Minha mãe observava a cena em um silêncio absurdo e com um olhar constrangido.
-Só queria te poupar tempo. Aposto que a Rafaela depende dele.
-Passar bem então Valentina.
-Vou abrir a porta.
-Agradeço.-Falou seco.

Eu até hoje não sei dizer porque tratei ele de forma tão arrogante se por dentro eu estava me derretendo. Mas no fundo eu até que sei, parecer frágil não é minha praia, auto suficiência para mim é lema.

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⏰ Last updated: Oct 13, 2016 ⏰

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Um porto NÃO SeguroWhere stories live. Discover now