23º capitulo

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Já não sei o que está acontecendo comigo, tudo mudou muito rápido, depois que eu descobri que gostava do Bem, talvez seja errado eu gostar dele, já que tudo isso não passa de um jogo de negócios, uma negociação acredito que seja assim que ele pense.

Bom eu estou no hospital vendo minha mãe dormir, o Jone está em Nova Jersey, tem que resolve alguns problemas, foi mesmo as únicas coisas que ele me disse.

Sabe apesar de ter uma mosquinha dizendo que é errado eu gostar do Ben, eu fico feliz de estar fazendo isso, não a parte de mentir para todo mundo, claro que essa parte não de jeito nem um me sentiria bem um isso, mas a parte de algumas coisas estarem se resolvendo na minha vida, coisas que eu tentei desde que eu me conheço por gente, coisas simples, mas se tornavam gigantes pelo fato de não ter dinheiro para resolver, remendava de um lado quebrava de outro.

Mas pela primeira vez está tudo dando certo, indo para seu devido lugar, talvez eu só precisasse de uma mãozinha. E quem sabe não precisasse exatamente ser a do Ben quem sabe se o Jone tivesse voltado antes, ele mesmo poderia me ajudar a pôr tudo em ordem.

É melhor eu não ficar tão feliz assim. Por que sei lá o que pode acontecer se eu ficar muito? Alguns diriam que eu ficaria feliz, mas eu prefiro pensar que se eu estiver feliz agora depois o universo vai querer tirar isso de mim, e eu aposto que eu já vou ter me apegado e quando for embora vai doer, e deixar um espaço vazio que provavelmente só depois de milhões de anos é que vai sarar.

E eu não aguento mais ficar com vazios dentro de mim. Eu estava me preparando para um vazio mais eu estou achando e assim espero que ele não vai mais acontecer tão cedo.

Minha mãe não vai acordar tão cedo e eu tenho que ir daqui a pouco para a faculdade por que não posso mais faltar né.

Então eu deixei um beijo para ela e fui, mas antes de ir para casa lembrei que tinha que fazer uma coisa antes, hoje é dia 13 de novembro é o dia em que meu pai morreu, já fazem uns seis ou sete anos que ele morreu.

A morte dele foi a qual me deixou um vazio maior que um buraco negro.

Mas apesar do luto ter sido bem difícil, eu estou melhor agora é o que eu gosto de pensar que ele me deixou ótimas lembras por ter feito parte da minha vida.

O cemitério sempre é escuro e um pouco assustador, costuma cruzar ele para ir para casa as vezes, pensava que me deixava superior aqueles que tinham medo, mas eu sempre ia cantando músicas animadas para esconder o medo que existia em mim.

Quando meu pai morreu eu não ia mais no cemitério ia apenas em momentos importantes como o de hoje.

O cemitério se tornou realmente assustador aquele ano.

Fui eu quem escolheu o que iriam escrever na lapide do meu pai.

"Se você pudesse ver meus pensamentos você iria ver nossos rostos"

Na hora fazia sentido, porque era tudo que eu pensava, quando ele me explicou pela primeira vez sobre futebol, foi o dia em que o Jone preferiu sair com os amigos em vez de ver o jogo com o papai, ele ficou chateado então eu fui lá sentar com ele e a gente se entendeu, a calma e a disposição que ele estava para me explicar sobre.

Eu percebi que esse seria um ótimo jeito de me aproximar dele, não saia mais de casa em dias de jogos, eu admito que não entendia muito e também não me importava muito com quem seria o vencedor mais meu pai gostava da minha companhia e minha mãe gostava de nos ver juntos. Depois que ele morreu eu nunca mais vi um jogo.

Que besteira, eu excluí tudo da minha vida que me lembrasse a ele.

-Oi pai, quanto tempo né... você viu as coisas estão melhorando. Acho que isso é bom, eu acredito que o senhor está perto de nós por que em momentos de "alucinações" da mamãe ela fala do senhor quase sempre, acredito que é por que talvez ela sinta sua presença, que besteira né, talvez isso possa ser a maior bobagem que eu possa acreditar. Bom é isso eu não trouxe flores por que eu não gosto disso e você sabe, mas acho que é isso... sinto sua falta...queria que o senhor estivesse aqui para me levar até o altar, se bem que se o senhor estivesse aqui eu provavelmente não precisaria ir até o altar.

Eu olhei para céu e apesar de estar frio eu não achei que começaria a nevar mas acho que eu errei, porque o tempo estava se fechando.

-Então papai, eu acho que eu tenho que ir, só passei para te dizer que te amo mesmo- uma lagrima escorreu pelo meu rosto, mas não era de tristeza

Não sei dizer exatamente qual era o sentimento que passava por mim.

Quando cheguei em casa eu não estava exatamente atrasada, mas meu tempo era curto, e quando o tempo está curto parece que ele passa mais rápido. Tomei um banho e nem lavei o cabelo, coloquei uma calça de jeans uma camisa preta e um casaco não muito grosso.

De repente o tempo havia sido dividido e eu estava com pressa o trem já tinha ido, iria demorar muito, resolvi pedir um carona para o Michael, que provavelmente estava em casa.

Toc- toc

-Michael, está em casa abre a porta! -Disse batendo quase arrombei a porta dele

-Oi oi calma quem morreu? -Disse ele que provavelmente estava na cama

-Ninguém ainda mais logo eu vou morreu, me dá uma carona para a faculdade? -Perguntei

-Está bem deixa um por uma roupa -disse ele

-Não tem tempo, vai assim você não vai sair do carro mesmo

-Meu deus você está com pressa mesmo

-Pois é então vamos

Ele pegou as chaves e a gente fui para a faculdade, eu estava morrendo de medo de ter que faltar, mas graças a Deus cheguei em cima da hora, eu dei um beijo na bochecha do Michael e entrei no prédio.

As aulas foram chatas por que minha cabeça estava nas nuvens.

Continua???

The Last Kiss *EM REVISÃO*Onde histórias criam vida. Descubra agora