1 - Minha Vida, Meu Mundo

4 0 0
                                    

Pareço estar sozinha nesse mundo, bem na verdade estou, pois eu mesma criei o meu próprio e eu vivo nele. Não sou uma pessoa diferente, sou extremamente normal, sou Anastácia Menezes, brasileira, solteira e uma jovem sonhadora. Engraçado quando me comparam com minha irmã caçula, ela é uma criança, mas sua imaginação é menos desenvolvida que a minha, bom, eu tenho 22 anos e ela 9, eu me espanto que mesmo tendo uma vida de adulto, ainda gosto de ler livros de adolescentes, ver filmes de fantasia... Cara a minha vida é uma fantasia. Minha pequena Anabella pensa como adulto, isso às vezes me envergonha, mas espera! Eu não sou criança e não ajo como tal, apenas tenho uma mente fértil e bastante oculta, eu confesso sonhar com coisas malucas do tipo reinos de fantasia, realmente eu acho que não cresci. Meus pais se chamam Roberto e Rose, são perfeitos, bem, quase perfeitos. Eu os amo incomparavelmente, acredito que pelo problema de saúde que passei na infância, criou-se uma bolha ao meu redor, talvez seja isso a raiz da minha mente brilhante, porque eu posso ser qualquer coisa menos mimada.

Minha família e eu vamos viajar de férias, eu particularmente adoro viagens, pois são delas que eu tiro ideias para escrever; esqueci-me de dizer que eu escrevo... Pois é. Eu nunca fui para outro país, mas agora chegou minha vez, depois que minha avó se mudou para uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos chamada Bright Falls, tenho a chance de conhecer aquele lugar maravilhoso. Minha avó é uma pessoa maravilhosa, ela sofreu muito aqui no Brasil, agora que casou com um senhor americano, ela vive gozando a vida. Que felicidade! É o que mais quero. Esqueci-me de mencionar que eu possuo a melhor e maior amiga que alguém possa ter, Suzana é amiga de infância e ela é a única que conhece minhas imaginações loucas e meus trabalhos com os papéis. Bom, na verdade eu falo dela, pois ela também irá conosco para os Estados Unidos, ela quase não conseguiu o visto, eu gritei quando soube que ela havia conseguido, sem ela não consigo expor minhas ideias, preciso sempre de alguém para mostrar minhas futuras obras.

Ah, o grande dia chegou, hoje estaremos voando para a América. Minhas roupas estão arrumadas, estou levando duas malas, com certeza pagarei por peso extra. Eu acho graça a minha mãe falar de mim e estar com sua mala mais pesada que as duas minhas. Meu pai já é muito mais compacto, ele nem se preocupa com isso, ele quer mesmo é viajar e principalmente comprar bugigangas. Bom, vamos partir, Suzana já está conosco e tadinha, sua mala é tão pequena, não sei como consegue carregar tudo que uma mulher precisa numa malinha bem simplória. Após algumas horas de espera, já estamos no avião, é surpreendente esse avião, tão grande, tudo é lindo, eu não vejo a hora de ver minhas inspirações saltarem em minhas veias, sinto que meu cérebro logo estará como um computador, captando todos os dados necessários para criar mais e mais histórias, como eu adoro isso, eu realmente adoro novidades.

Depois de horas de voo, nossa! Muitas horas mesmo,estamos nos Estados Unidos, estou louca para ver vovó, para conhecer seu maridão, para vivenciar essa experiência. Estou me sentindo como um passarinho que ficou preso numa gaiola por anos e agora foi solto e tem todo esse mundo ao seu redor, que maravilha, que fascínio. Não há extremamente nada que possa tomar isso de mim, da minha família. Após sairmos do aeroporto, tivemos que alugar um carro e acredite, sei que é incomparável um avião com um carro, mas esse carro é muito pequeno, que sufoco, que aperto. Mas isso não é nada comparado com a grandeza aos meus olhos. Durante o caminho, meu pai sintoniza as rádios locais, minha mãe fala que nem maritaca, minha linda irmã dorme em meu ombro e eu, ah, eu estou olhando pela janela, apreciando a beleza de tudo, porque tudo é lindo, enquanto Suzana conversa sem parar com minha mãe, acho que ela é mais filha dela do que eu mesma. Eu realmente não sei onde estamos, mas o GPS do papai não erra, bem, às vezes né. De acordo com meu pai, estamos a cem metros de Bright Falls, que perfeição. O tempo voa, mas já consigo ver a placa de bem-vindo da cidade, chegando a Bright Falls, um estranho homem na estrada aparece na frente do carro, a única coisa que vejo é meu pai puxando o volante para a direita, após isso não me lembro de mais nada.

2 MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora