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 Nota: Para quem vê Shadowhunters, pode aperceber-se que o início desta fic tem várias partes baseadas na série, como as personagens que são semelhantes, mas no futuro a história vai ser totalmente diferente. Espero que gostem!  :)

Os meus pés estão doridos, em ferida e a arder, como se pisa-se fogo à dias. Olho para eles e aperecebo-me que estão despidos, tal como o resto do meu corpo, as minhas roupas são praticamente inexistentes, devido a todos os seus rasgões, mostrando o meu corpo nu e ensanguentado. Corro pela floresta, embora não saiba bem o porquê. Sinto-me a desfalecer, a minha boca desespera por água, pesados e irregulares respiros saem da mesma, cada parte do meu corpo treme, como se pequenos relâmpagos vibrassem dentro de mim, e pela primeira vez sinto medo. Nunca o tinha sentido antes, é como se esse sentimento fosse substituído por euforia, talvez, porque quando sinto o perigo, ele faz-me querer continuar ainda mais, não existindo limites. Mas agora sinto-me com medo e odeio, odeio o desconhecido, não poder controlá-lo, odeio estar a correr sem saber o motivo e para onde, sei que algo me persegue, mas apenas isso. Devido à minha tremida e desfocada visão, caio e fecho os olhos em sinal de desistência. Passados poucos segundos, sinto algo a apoderar-se do meu corpo e não luto contra isto, um frio repentino percorre cada parte do meu corpo, os meus ossos congelam e o meu sangue para, o meu peito eleva-se bruscamente e passados segundos volta descer com a mesma força. Apercebo-me que deixo de controlar os meus movimentos e pensamentos, tudo está descontrolado. Começo a tentar lutar contra mim própria, mesmo que não saiba como, por estar perdida dentro do meu próprio corpo, mas a última coisa que vejo antes de tudo ficar negro, é a faca que se encontra na minha mão a perfurar o peito de um rapaz.

  Acordo sobressaltada e a suar, enquanto esfrego os olhos para confirmar se estou realmente acordada, sinto as minhas bochechas molhadas e apercebo-me que lágrimas escorrem por estas, estes pesadelos têm sido realmente demais. Olho para a rua pela pequena varanda coberta de orquídeas e tulipas da minha sala, tentando perceber que horas serão, mas em vão. Pego no telemóvel, em cima da mesinha em frente ao sofá e desbloqueio-o, 17:43h, adormeci a ver televisão. Decido mandar uma mensagem a Jeremy, meu melhor amigo.

 Claire: "Jer, e que tal irmos àquela pizzaria nova aqui ao pé e depois irmos a uma discoteca? Está mesmo a apetecer-me sair!"

Jer: "Estou aí às 20h"

Jer: " Mas tens a certeza que queres ir a uma discoteca? Quer dizer, tu não és nada dessas coisas"

Claire:"Eu sei, mas preciso mesmo de me distrair. Mas se não quiseres vamos a outro sítio."

Jer: "Não, por mim é na boa! ;)"

Claire: "Melhor amigo de sempre. Espero por ti aqui, até logo Jer!"

Jer:  "É, já sei, dizem-me isso todos os dias. Até logo, Claire!"

Bloqueio o telemóvel e volto a pô-lo na mesinha, da mesma retiro o meu bloco de desenho e os meus lápis e começo rápidos e imperfeitos traços na rugosa folha de papel. Desenho a floresta do meu pesadelo, no interior de um corpo humano, desenho os seus cabelos no ar, como se houvesse uma brisa de vento.  

  

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⏰ Last updated: Feb 20, 2017 ⏰

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