Uma memória apagada

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Você não me conhece, mas vou tentar contar como tudo desmoronou na minha vida.

Tudo começou quando eu tinha 13 anos, minha vida começou a se complicar, na escola meus amigos me abandonaram, eu me perdia em um mundo pelo qual não sei como entrei. Antes que me esqueça deixe-me apresentar, meu nome é Leonardo, mas todos costumavam me chamar de Leo.

Minha família não me entendia, eu tinha uma vida agradável, não era rico, mas aos olhos dos outros parecia bastante confortável., talvez por isso não me entendiam. Tudo piorava à medida que eu crescia minha saída foi a automutilação, comecei com cortes pequenos nas pernas e braços, depois foram ficando mais profundos e demoravam a cicatrizar. Na escola era um dos melhores alunos, pois estudei sempre em colégios rigorosos, mas nesses últimos 3 anos meu interesse pelos estudos foi diminuindo.

Quando completei 16 anos minha vida começou a melhorar, arrumei uma namorada, Helena, melhorei na escola. Bom, estava começando a reestruturar minha vida até que por um descuido acabei engravidando-a. A loucura pela minha cabeça não sabia o que fazer, mas como não iria deixa-la largada esperando um filho nosso, tudo tornou a desmoronar. Conversei com meus pais, onde estes queriam que ela abortasse. Jamais permitiria e como consequência fui expulso de casa.

Andei por um tempo pela rua, sem rumo ou direção. Sentei em um banco escondido na praça e fiz amizade com um rapaz de mais ou menos 18 anos, que me apresentou para um grupo de cinco pessoas, mais especificamente duas garotas e três garotos.

Como havia saído de casa, Helena estava grávida e tinha que arrumar dinheiro para me sustentar e sustentá-la, nesse período de gravidez, resolvi entrar para o rolo de furtos cometidos por eles.

Era simples e não tinha como ser pego.

Comecei meu primeiro dia com um celular que tomei de um garoto, depois com uma carteira de um velho, lembro-me de não ter dormido nessa noite, mas com o tempo me acostumei.

Tudo aconteceu tão rápido! A barriga de Helena já havia ficado maior naquele quinto mês, quase vinte semanas.

Com as despesas aumentando resolvi assaltar um banco, no começo as garotas não queriam, mas quando viram que o lucro ia ser enorme resolveram participar. Conseguimos cinco armas Glock 9 mm e planejamos tudo desde a entrada até a saída. Foi exatamente como fizemos.

Era o dia do assalto e o colocamos em prática levou mais ou menos vinte minutos, conseguimos o dinheiro, mas quando íamos saindo um policial apareceu e atirou quatro vezes, onde três tiros acertaram em Bob, que caiu, e um pegou no meu braço. Corremos cada um para um lado só que o dinheiro havia ficado com Bob e eu já não tinha como pagar as dívidas das despesas.

O sangue escorria pelo meu braço, e a dor não cessava. Não aguentei mais, tudo na minha vida se destruía, desmoronava, aquela arma que estava ao meu lado parecia cada vez mais atraente, até que eu decidi. Peguei-a, lembrei de tudo que já havia me acontecido até o presente momento. Fechei meus olhos e apertei o gatilho, tudo escureceu e enfim tudo acabou.

Hoje sou apenas mais um corpo em baixo de um lençol branco no corredor de um necrotério. Só queria dizer mais uma coisa, Helena gostaria que soubesse que você foi a melhor coisa que me aconteceu e sinto não ser forte o bastante.

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