LEANDRO

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Oi - já estava com saudades!


Espero muito que gostem dessa história, tanto, quanto do outro livro!

Esse casal é mais explosivo, eles vão ter vários momentos que sentiremos vontade de bater neles, mas calma, vamos acreditar que tudo pode dar certo no final!


Leandro

            Há dias venho acompanhando meu amigo Eduardo apaixonado e fazendo de tudo para conquistar a Valentina. Já sei que perdi meu amigo de festa, nem que seja por um tempo, pois ele está caidinho por ela. Por isso que se amarrar com alguém é bobagem, nos tira dos melhores momentos da vida.

            O pior é que com isso eu tenho saído muito mais sozinho. Um barzinho, uma boate e alguma mulher no fim da noite. Tem sido assim já há algum tempo, o Edu saía comigo algumas vezes, depois que terminou um noivado frustrado, mas eu sempre fui mais da balada do que ele. Também não saio por aí pegando qualquer uma, a mulher tem que ser bonita e ter algum conteúdo, porque mulher burra cansa! Tem que ter um papo legal, mas não ser pegajosa, essa é a pior parte, pois nunca sabemos como vai ser o depois. Para mim tudo acaba depois de uma transa, para elas, a maioria, querem telefone e um próximo encontro. Aí eu pergunto: por quê?

            É bem mais fácil não ter compromisso, não se envolver, não ter que dar satisfação, curtir a noite e uma boa transa, mas não, a maioria delas quer ligar no dia seguinte. Que saco! Não gosto de ser indelicado, então agora já aprendi: eu passo um número falso! Assim ficou bem mais fácil, o máximo que já me aconteceu foi reencontrar com alguma garota, mas aí eu tiro de letra, jogo meu charme, bato um papo e falo que estou namorando.

            Não gosto de figurinha repetida, se der abertura para um segundo tempo, sei que terei problemas, então estou fora! O Rio de Janeiro é grande, não preciso disso, mudo de balada ou de barzinho por um tempo, ou simplesmente fico em casa por uns dias. Pronto! Problema resolvido. Simples assim.

            Eu posso dizer que poucas coisas me surpreendem nessa vida, mas fiquei realmente surpreendido quando descobri que aquela mulher linda que acompanhava a garota que o Eduardo, meu amigo, estava afim durante a festa beneficente, era a marrentinha e sardenta da Tatiana.

            Lembro-me dela quando pequena ou pelo menos quando não era ainda essa mulher linda na qual se transformou. Várias vezes a vi na casa dos pais do Eduardo. Lembro-me, inclusive, quando ficávamos provocando-a nos jardins, chamando-a de sardenta, e de quando ela ficava brava e a chamávamos de marrentinha. Divertíamos muito e ela ia embora furiosa conosco. Coisa de moleque!

            Agora estou aqui em um Bistrô que pertence ao amigo da Valentina e consequentemente da Tatiana também, para comemorarmos o aniversário da Valentina. Assim que chegamos a Tatiana se aproxima e constato que ela realmente se tornou uma mulher muito bonita, tem os cabelos longos e meio ondulados, um corpo sedutor e um sorriso encantador. Fomos oficialmente apresentados e vejo o rosto da Tatiana enrubescer, aposto que ela está se lembrando do nosso tempo de criança.

Não demorou muito e o Edu e a Valentina se afastaram um pouco para cumprimentar mais algumas pessoas. Eu fico e puxo conversa com ela. É melhor deixar para trás todas aquelas provocações do nosso tempo de criança. Conversamos sobre os nossos trabalhos e vejo que ela se tornou uma excelente advogada. Possui um jeito moleque de ser, mas leva sua profissão muito a sério. Identifiquei-me muito com ela.

Depois de um tempo conversando, ela pede licença e se afasta. Quando o jantar foi servido sentamos de frente um para o outro e voltamos a conversar. Ela está sempre sorrindo e conversa com todos à sua volta. De vez em quando nossos olhares se cruzam e por um momento eu vejo um brilho diferente surgir no olhar dela, mas rapidamente ela muda o foco e me deixa sem entender.

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