Capítulo 1 sem título

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- Castiel, corre aqui um pouco!

Minha irmã, gritou-me. Estava em meu quarto estudando, queria muito passar na faculdade de música de New York. Era meu sonho desde pequeno, sempre tive uma bela voz, que, com a medida do tempo fui aperfeiçoando-a.

- Diga. Oque precisa desse humilde garoto? – Curvei-me diante a ela, fazendo-a rir.

- Preciso que você faça um favor, os remédios da mamãe acabaram. Você poderia ir busca-los?

- Claro, daqui um tempo teremos que vender nossa casa para pagar seu tratamento. Está nós custando caro e só o seu salário de garçonete, não paga tudo. – Suspirei cansado. Temos sorte dos bicos que Gabe faz, assim podemos comprar os remédios. Somente eu que não ajudo aqui.

Desanimei-me. Era o único a não ajudar em casa, tudo por causa de meu sonho. Mamãe deseja ver-me formado, construindo uma carreira, e após isso, poder tirarmos desse buraco.

- Cas, não fique assim. – Abraçou-me. Sabe que papai desejou isso antes de morrer, e mamãe... Bem, ela quer vê-lo formar e construir sua carreira.

- Eu sei! E é isso oque me dá forças para não desistir de meus sonhos.

- Cheguei! – Gritou Gabriel, entrando pela porta da frente.

- Oi Gabe, eu vou lá. – Disse saindo.

- Oque deu nele?

- Está assim por não poder ajudar em casa, ele tem os estudos e você sabe qual é o desejo de nossos pais para ele. Pelo menos alguém, um de nós três a conseguir construir seus sonhos.

Porque a vida é tão injusta conosco? Tirou nosso pai da gente, e agora mamãe. Não poderia simplesmente ser comum. Sem doença ou pobreza. Nada caro eu lhe peço vida, mas somente minha família sendo feliz por apenas uma vez.

Sei que devo me esforçar, o teste é amanhã. E somente uma pessoa pode fazer-me entrar em NYADA, Cassandra Volsk.

Tenho de todo o jeito, que treinar muito. Ela não é lá uma pessoa onde se impressiona fácil. Com ela ou é sim, ou, não. Tendo meu maior medo em levar um não.

- Boa tarde, Castiel. – Cumprimentou a senhora Lesver.

- Boa tarde, Senhora Lesver.

- Apenas Lesver, menino... – Sorriu-me.

- Desculpe-me, esqueço as vezes. Vim buscar os remédios de mamãe. – Alertei-a, logo vendo ela se mover pegando várias caixas.

- Aqui, obrigado. – Disse entregando o dinheiro a ela, pegando a sacolinha e já caminhando de volta pra casa.

- De nada filho, vá com Deus.

Acenei, já perdendo-me novamente em meus pensamentos.

Se quando entrasse na universidade, arrumar um emprego e mandar dinheiro para casa. Ajudaria um pouco mais, apesar de que o ramo trabalhista está complicado hoje em dia. Muitos também querem empregos, são raros aqueles que conseguem.

Não devo pensar assim, se conseguir qualquer bico já ajudará.

Sorrindo começo a cantarolar uma música qualquer:

It's a little

Bit funny

This feeling inside,

I'm not on of those

Who can easily hide.

I don't have much money,

But boy if I did,

I'd buy a big

House where we

Both could live.

So excuse me forgetting,

But these things I do

You see I've forgotten

If they're green

Or they're blue.

Anyway, the thing

Is what I really

Mean, yours

Are the sweetest

Eyes I've ever seen.

And you can tell everybody, this is your song

It may be quite simple.

But now that it's done.

I hope don't mind

I hop don't mind...

That I put down in words how...

Wonderful life is now you're in the world

[...]

- Charlie, trouxe os remédios.

Coloquei a sacola em cima da mesa, olhando em volta tentando achar minha irmã ou Gabe mesmo.

- Cas isso chegou pouco tempo depois de ter saído. – Apareceu entregando-me um envelope.

Para: Castiel Angeles Novak

De: Cassandra Volsk

Caro Castiel, seu horário fora mudado, amanhã as oito horas e trinta minutos, estarei em sua cidade para ouvi-lo cantar. Encontre-me no teatro São Luís. E boa sorte!

- Mudou...

- Oque mudou? – Perguntou para mim.

- Minha audição. Será amanhã as oito e meia. Tenho que ensaiar.

Disparei-me em direção ao meu quarto, amanhã seria um dia tenso, que definiria meu rumo.  

Tell Me What You See In MeOnde histórias criam vida. Descubra agora