Eu visualizo a sua mensagem.
- Sim. Eu estou bem, obrigada por perguntar.
- Mas, sério! Eu acho que meio que eu tive culpa, sabe?
- Diego, não teve nada haver com você, não dava pra prever isso. Fique tranquilo que eu já estou melhor, e em casa.
- Tá certo! Até mais.
- Tchau. - eu respondo finalizando o chat.
Eu fico curiosa pra saber porque o Dante não falou nada, logo ele que parecia ser tão legal, tão diferente... Então, deixo pra lá afinal de contas não estamos nem namorando. Começo a almoçar, e depois do almoço resolvo me deitar na cama. E vejo algumas mensagens no grupo da turma. Já começo a perceber cada pessoa dessa turma: Jéssica, fala demais e é bem intrometida, Caio, está dando em cima dela, e pelas fotos de perfil vi que é uma turma bonita. Vi a garota que me esperou do lado de fora da enfermaria, Mariana Vaz, falando sobre algumas coisa que parecia envolver circunferências, salvo seu contato, essa é a última coisa que eu lembro que fiz antes de dormir.
Eu levanto da cama, são 17:47 caramba, está bem tarde. Tem duas mensagens no meu privado e vejo que são da Mariana.
- Espero que você esteja melhor.
- Estou. Mas me conta...
- Ah! Foi simples você bateu na moto, na verdade, a moto bateu em você kkkkkkkk e então você desmaiou, o Diego te levou até a enfermaria e seu namorado, ou sei lá o que ele é seu, ficou morrendo de raiva de ver a faculdade inteira vendo você nos braços do Diego. Discutiu com ele por estar te levando e não ele. E o Diego, muito maduro, saiu de perto dele e foi pra aula.
- Mariana, eu ia perguntar sobre a aula. Mas isso já é o suficiente.
- Amiga, desculpa! Achei que você tava perguntando sobre a história toda.
- De qualquer forma, obrigado Mariana.
- Ai! Só não me chama de Mariana, porque eu vou pensar que é a minha mãe me corrigindo. Mari, viu?
- Tá certo, Mari! Kkkkkk
Eu me perdi em meus pensamentos, completamente e de tal maneira que se alguém me perguntasse meu nome eu diria 'amarelo'.
Estou terminando de me arrumar coloco uma calça jeans bem clara e me olho no espelho, e vejo uma garota de olhos castanhos, cabelos loiros e lisos. São 07:00 a.m. agora. Tomo café com leite e como um pão integral com queijo. Espero a minha mãe terminar de se arrumar, enquanto isso coloco para tocar um pouco de Marron 5, Suggar.
E, finalmente, minha está pronta, combinamos que ela me deixaria na faculdade e eu voltaria de táxi todos os dias. Quando passo pela entrada da facul eu vejo um garoto familiar quase devorando uma garota, eles estão bem expostos, reconheço o garoto. Dante. Inacreditavelmente minha expressão é rir. Então, eu finjo que não vi e chegando na sala percebo algumas pessoas me observando, não de uma maneira normal, mas como quem olha julgando. Minha vontade é de esbofeteá-las, mas fico calma e continuo andando, quando entro na sala Mariana me olha e me chama pra o canto da sala.
- Amiga. Não... - ela fala quase sussurrando.
- Mari, não precisa falar nada pra me consolar, não. Eu estou bem, nós só havíamos ficado, apenas isso. - eu a interrompo. Ela me olha sem ação e explica que o professor de Desenho Geométrico não passou nada de importante falou apenas como iriam ser suas provas. Temos a primeira aula e no intervalo ficamos juntas. Diego senta ao nosso lado e pergunta besteiras tipo: o que nós estamos vendo em História da Arte I, todos acham inútil essa disciplina eu ainda não posso afirmá-lo, e nós perguntamos a ele como está sendo ter Cálculo I e Física I. Ele diz q também não pode dar nem opinião sobre isso porque ainda nem começou o semestre.
Hoje foi um dia, relativamente, chato tanto quanto a aula de História da Arte I. Eu deito na minha cama e espero que o sono me carregue.
Amanheceu, e se seguiu mais um dia comum cheio de coisas chatas e disciplinas chatas, eu não me sinto no direito de culpar os professores até porque é a primeira semana de aulas.
Nas próximas semanas, eu espero mais, imagino que as aulas ficarão mais interessantes. E dessa vez, o destino não me sacaneou, realmente, estão sendo semanas puxadas. Trabalhos e mais trabalhos de História da Arte I, pranchas e mais pranchas de Desenho Geométrico. E todos os dias sentamos juntos eu, Mari e Diego. Ele vive falando das garotas que ele ficou, Mari só fala em roupas e eu só escuto os dois. Hoje, uma quinta-feira que pertence à quarta semana de aulas, Diego está falando de uma festa que vai acontecer sábado, para comemorar 1 mês de facul dos S1's.
- E então vocês vão?
- Eu vou, tem um cara da minha turma que eu estou de olho e a gente não teve nenhuma oportunidade de se pegar, ainda. - diz Mari parecendo ansiosa
- Tem uma garota que eu quero, e ela vai estar lá, acho que também vai ser minha chance.
- Eu não sabia se eu ia. Mas agora quero ver vocês dois 'levando um fora'. - eu falo com um risadinha.
- Eu nunca 'levei um fora'. - diz Diego.
- Como assim? Você nunca levou um fora? Meu Deus! Você precisa levar um, se não vai ser injusto. Você podre de rico e pegando todo mundo que quer?! Nao pode, não. Tem que levar um fora na vida. - Mari fala brincando.
- É né. Quem sabe um dia, mas sábado não. Eu quero aquela garota.
- Nossa! Então, tá certo. Que sábado não seja seu primeiro 'fora'.
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Apenas diga que não vai embora
RomanceMaria Júlia está no primeiro semestre de Arquitetura e Urbanismo, enquanto Diego está no primeiro semestre de Engenharia da Computação. Após se conhecerem no trote dos S1's viram grandes amigos, mas será que é só isso que está reservado para eles?