Capítulo 3

27 1 0
                                    

Eu visualizo a sua mensagem.
     - Sim. Eu estou bem, obrigada por perguntar.
     - Mas, sério! Eu acho que meio que eu tive culpa, sabe?
     - Diego, não teve nada haver com você, não dava pra prever isso. Fique tranquilo que eu já estou melhor, e em casa.
     - Tá certo! Até mais.
     - Tchau. - eu respondo finalizando o chat.
          Eu fico curiosa pra saber porque o Dante não falou nada, logo ele que parecia ser tão legal, tão diferente... Então, deixo pra lá afinal de contas não estamos nem namorando. Começo a almoçar, e depois do almoço resolvo me deitar na cama. E vejo algumas mensagens no grupo da turma. Já começo a perceber cada pessoa dessa turma: Jéssica, fala demais e é bem intrometida, Caio, está dando em cima dela, e pelas fotos de perfil vi que é uma turma bonita. Vi a garota que me esperou do lado de fora da enfermaria, Mariana Vaz, falando sobre algumas coisa que parecia envolver circunferências, salvo seu contato, essa é a última coisa que eu lembro que fiz antes de dormir.
          Eu levanto da cama, são 17:47 caramba, está bem tarde. Tem duas mensagens no meu privado e vejo que são da Mariana.
     - Espero que você esteja melhor.
     - Estou. Mas me conta...
     - Ah! Foi simples você bateu na moto, na verdade, a moto bateu em você kkkkkkkk e então você desmaiou, o Diego te levou até a enfermaria e seu namorado, ou sei lá o que ele é seu, ficou morrendo de raiva de ver a faculdade inteira vendo você nos braços do Diego. Discutiu com ele por estar te levando e não ele. E o Diego, muito maduro, saiu de perto dele e foi pra aula.
     - Mariana, eu ia perguntar sobre a aula. Mas isso já é o suficiente.
     - Amiga, desculpa! Achei que você tava perguntando sobre a história toda.
     - De qualquer forma, obrigado Mariana.
     - Ai! Só não me chama de Mariana, porque eu vou pensar que é a minha mãe me corrigindo. Mari, viu?
     - Tá certo, Mari! Kkkkkk
         Eu me perdi em meus pensamentos, completamente e de tal maneira que se alguém me perguntasse meu nome eu diria 'amarelo'.
          Estou terminando de me arrumar coloco uma calça jeans bem clara e me olho no espelho, e vejo uma garota de olhos castanhos, cabelos loiros e lisos. São 07:00 a.m. agora. Tomo café com leite e como um pão integral com queijo. Espero a minha mãe terminar de se arrumar, enquanto isso coloco para tocar um pouco de Marron 5, Suggar.
          E, finalmente, minha está pronta, combinamos que ela me deixaria na faculdade e eu voltaria de táxi todos os dias. Quando passo pela entrada da facul eu vejo um garoto familiar quase devorando uma garota, eles estão bem expostos, reconheço o garoto. Dante. Inacreditavelmente minha expressão é rir. Então, eu finjo que não vi e chegando na sala percebo algumas pessoas me observando, não de uma maneira normal, mas como quem olha julgando. Minha vontade é de esbofeteá-las, mas fico calma e continuo andando, quando entro na sala Mariana me olha e me chama pra o canto da sala.
     - Amiga. Não... - ela fala quase sussurrando.
     - Mari, não precisa falar nada pra me consolar, não. Eu estou bem, nós só havíamos ficado, apenas isso. - eu a interrompo. Ela me olha sem ação e explica que o professor de Desenho Geométrico não passou nada de importante falou apenas como iriam ser suas provas. Temos a primeira aula e no intervalo ficamos juntas. Diego senta ao nosso lado e pergunta besteiras tipo: o que nós estamos vendo em História da Arte I, todos acham inútil essa disciplina eu ainda não posso afirmá-lo, e nós perguntamos a ele como está sendo ter Cálculo I e Física I. Ele diz q também não pode dar nem opinião sobre isso porque ainda nem começou o semestre.
          Hoje foi um dia, relativamente, chato tanto quanto a aula de História da Arte I. Eu deito na minha cama e espero que o sono me carregue.
          Amanheceu, e se seguiu mais um dia comum cheio de coisas chatas e disciplinas chatas, eu não me sinto no direito de culpar os professores até porque é a primeira semana de aulas.
          Nas próximas semanas, eu espero mais, imagino que as aulas ficarão mais interessantes. E dessa vez, o destino não me sacaneou, realmente, estão sendo semanas puxadas. Trabalhos e mais trabalhos de História da Arte I, pranchas e mais pranchas de Desenho Geométrico. E todos os dias sentamos juntos eu, Mari e Diego. Ele vive falando das garotas que ele ficou, Mari só fala em roupas e eu só escuto os dois. Hoje, uma quinta-feira que pertence à quarta semana de aulas, Diego está falando de uma festa que vai acontecer sábado, para comemorar 1 mês de facul dos S1's.
     - E então vocês vão?
     - Eu vou, tem um cara da minha turma que eu estou de olho e a gente não teve nenhuma oportunidade de se pegar, ainda. - diz Mari parecendo ansiosa
    - Tem uma garota que eu quero, e ela vai estar lá, acho que também vai ser minha chance.
    - Eu não sabia se eu ia. Mas agora quero ver vocês dois 'levando um fora'. - eu falo com um risadinha.
     - Eu nunca 'levei um fora'. - diz Diego.
     - Como assim? Você nunca levou um fora? Meu Deus! Você precisa levar um, se não vai ser injusto. Você podre de rico e pegando todo mundo que quer?! Nao pode, não. Tem que levar um fora na vida. - Mari fala brincando.
     - É né. Quem sabe um dia, mas sábado não. Eu quero aquela garota.
     - Nossa! Então, tá certo. Que sábado não seja seu primeiro 'fora'.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 18, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Apenas diga que não vai emboraOnde histórias criam vida. Descubra agora