Casa nº18

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  - Já não aguento mais. - Desesperava Rita enquanto fugia de algo. Não sabia o que era, mas alguma coisa a assustara e havia-lhe deixado o coração aos pulos.

Contara-lhe Constâncio, o seu avô, que quando era criança costumava ir brincar para a casa nº 18 lá da aldeia. A casa aparentava ser apenas mais uma das mais de 100 casas daquela pitoresca vila serrana. Só que não. Num dia de chuva, o avô de Rita juntamente com os seus dois melhores amigos, decidiram abrigarem-se da chuva enquanto se dirigiam para casa. Como já era costume irem para aquela casa, optaram por entrar mais uma vez na casa nº 18 daquela vila. Mas nada lhes levaria a acreditar na aventura que iriam entrar naquele dia. Tudo estava bem nos primeiros 10 minutos. Estavam os três sentados numas escadas ao lado um dos outros a olharem para a chuva a cair. A dada altura um dos amigos de Constâncio virou-se para o outro e pediu:
- Não me faças cócegas!
A resposta do outro amigo não era a mais desejada pelos três:
- Mas eu não fiz nada. Estou com as mãos aqui - Olharam todos para os joelhos desse menino onde comprovaram que as mão dele não se haviam mexido.
- Mas então quem foi? - Perguntou estupefacto Constâncio.
Nesse momento, os três ouviram atentamente a madeira a ranger como se alguém caminhasse na sua direcção. Depois começaram a ouvir alguém a respirar profundamente seguidos de vários risos abafados. De repente, o piano que estava à frente deles começou a tocar e observaram que algo mexia nas teclas do piano. Algo invisível.
Desataram os três a correr pela porta fora. Um dos amigos do avô de Rita tropeçou num pedaço de madeira no chão enquanto assistia aos outros dois a saírem desesperados pela porta. Há sua frente, a porta fechou com toda a força. Num jeito desesperado correu até à porta mas para sua satisfação conseguiu abri-la e pôs-se a correr até parar em casa.
- Ah ah ah, oh avô queres que eu acredite nessa história?
- Pouco importa que acredites minha filha, a verdade é que ninguém se atreve a mandar aquela casa a abaixo. E já lá vão 150 anos. E a casa ainda tem poucos sinais de degradação.

Cética, Rita, pegou em 5 amigos e foram todos até aquela casa. A pouco e pouco foi perdendo o rasto dos seus amigos até dar por si completamente sozinha a lutar contra uma força natural.  



Este conto foi escrito originalmente para participação num dos passatempos do website toluna.com. 

Original: https://pt.toluna.com/opinions/2739610/Terror-Toluna-Casa-n%C2%BA-18 

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