Pensamentos aleatórios e cotidianos

O começo. Talvez o fim.

Eu queria escrever.

Esse era o sonho.

Só havia um problema: eu não escrevia.

Parece um problema simples de ser resolvido, mas não é. Recebi conselhos de pessoas como Giovanna Fletcher e Shonda Rhimes - não pessoalmente, mas em seus livros -, sobre o como deveria ir atrás daquilo que quero. O que eu queria era escrever, então, por que não escrevia?

A resposta é mais simples do que parece: escrevo sobre o que sinto. E, pode não parecer, mas sou uma pessoa extremamente tímida. Ok, está duvidando, não é? Talvez você tenha me visto no Twitter, ou conversado comigo por aí... Parece que eu sou a pessoa mais extrovertida do mundo. Não sou.

Sou uma pessoa que morre de medo de expressar o que sente, ainda mais para pessoas que conhece. Veja bem, não tenho problema nenhum em colocar para fora o que sinto para desconhecidos. Posso contar minha vida toda, todos meus dramas.

Meu problema é com quem conheço. Como dizer para eles o que sinto? Não sei, não faz muito sentido confiar minha vida a passantes da parada do ônibus e não aos meus melhores amigos. Mas na minha cabeça, é algo natural.

Tenho aproximadamente cinco mil seguidores no Twitter. O que isso diz sobre a minha pessoa? Absolutamente nada e absolutamente tudo. Não diz nada pois é só um número. Mas é um número que assusta a alguém que tem um pânico profundo de ir em uma festa, por exemplo, ou conhecer os amigos do namorado. É sério: isso me apavora. Me apavora porque é um grupo estabelecido. Veja bem: sou ÓTIMA em juntar pessoas. Meu problema mesmo é me incluir. Tenho medo, não sei. E por que isso diz muito? Bom, isso diz que eu sou ótima em convencer as pessoas de que sou legal, a distância. A maior parte dessas pessoas nunca me viu pessoalmente, nunca trocou uma palavra comigo. Me acham legal, eu acho. Meu medo todo é se elas conhecessem o que está perto.

Não me entenda errado, me acho uma pessoa incrível. Mas tenho medo do que as outras pessoas vão achar. O que é meio idiota, se pararmos para pensar, não é? Afinal, repito mil vezes que eu sou a pessoa mais importante da minha vida, mas me importo tanto com o que desconhecidos na parada do ônibus vão achar. Babaca, hipócrita, eu sei.