A Babá do meu Irmão

Capitulo 3

Jonathan Narrando
Chego em casa e não vejo ninguém, mais uma vez meus pais saíram, tô cansado já. Meu país nunca foram o tipo de pais que da atenção pros filhos e muito menos fica com eles, nunca foram presentes na minha vida, nas apresentações da escola quem ia sempre era nossa empregada, a Maria, ela sim é uma mãe, a minha mãe. Se jogo no sofá e fico jogando vídeo game, nem me troco nem nada.
- Oi, chegou já? ... Trouxe um lanchinho, senti que você precisava.
- Ooh Maria, obrigado. - dei um beijo na sua bochecha - Estava precisando mesmo.
- De nada. Agora suba e pra tomar um banho e arrumar o Lucca.
- Aaah não, ele está acordado?
- Esta sim, vai lá. Depois descem pra almoçar.
- Ok. - Subo a escada a milhão e vou direto pro quarto do meu irmão. - E aí moleque? Como tá? - pego ele no colo e ficamos brincando durante muito tempo. Quando me dou conta já era tarde, pego uma roupa pra ele nas gavetas, não ia dar tempo de tomar banho e depois dar nele antes da Maria colocar a mesa, então tomamos juntos.
Não demorou muito pra acabar, se trocamos e descemos.
- Maria, desculpe, perdi a noção do tempo.
- Tudo bem meu filho, sente aí e coma com ele. Vou lá na cozinha terminar de arrumar.
Enquanto estou comendo a campainha toca. Maria pediu pra mim atender porque ela estava muito ocupada.
Abro e me deparo com a "Zebra", como a Vick chama.
- VOCÊ? - Ela diz incrédula com o que vê.
- O que está fazendo aqui marrenta?
- Primeiro, o que você está fazendo aqui ?- ela dá ênfase no você - Segundo, eu não sou marrenta.
- Bom, eu moro nessa humilde casa.
- O que? Você mora aqui?
- Sim, qual é o problema? Aliás, não respondeu a minha pergunta. O que está fazendo aqui?
- Vim pra ver o emprego de babá.
- Ah sim, babá do meu irmão... Mas minha mãe não está agora pra te atender, então volte mais tarde. - antes deu fechar a porta, Maria aparece.
- Quem é Jonh ?
- Escutei mal ou você disse que sua mãe não estava? - disse baixo só pra mim.
- Ela não é minha mãe.

 Rebecka Narrando
- Muito prazer dona ... ?
- Maria, mas pode me chamar de Mari.
- Tudo bem Mari, bom eu vim pra saber mais sobre o trabalho de babá.
- Mas isso não é comigo minha linda, é com a dona da casa.
- E ela está no momento ?
- Infelizmente não, mas se a senhorita quiser pode entrar e esperar, tenho certeza que Dona Beth não vai demorar.
- Ok, tudo bem .
A essas alturas Jonathan já tinha subido pro andar de cima. Entro e me sento no sofá, começo a aguardar, Mari me oferece café mais recuso, já se passou uma hora e nada. Sem paciência vou até a cozinha falar com a Mari.
- Oi Mari, incomodo?
- Claro que não, é um prazer te ter aqui, senta aí.
Puxo a cadeira e me sento ...
- Mari, aquele menino que me atendeu é quem?
- Ele é o filho mais velho da Dona Beth, um amor de pessoa.
- Amor? Duvido muito.
- Por que? - pergunta ela.
- Hoje ele jogou Coca em mim no colégio, somos da mesma classe. Foi muito ignorante comigo e nem me ajudou.
- Ele é assim com pessoas que não conhece, quando se apega, não tem quem faz ele desapegar novamente.
- Ah, entendo. Mari, eu já vou indo... Não posso chegar muito tarde em casa. De qualquer forma Obrigada, volto outro dia.
- Como quiser, vá com Deus.
Saio da cozinha e vou em direção a porta, preparada pra abrir ouço Jonathan me chamando.
- Ei, marrenta. Onde vai?
- Embora? - digo como se fosse óbvio.
- Cansou de esperar?
- Pois é. Preciso ir, não posso deixar minha mãe sozinha.
Ele não diz mais nada, então me viro pra ir, mas antes que eu tocasse na maçaneta, alguém do outro lado tocou primeiro abrindo a porta, vejo uma linda mulher, elegante, fina. Ela olha estranho pra mim, claro! Ela nem me conhece ainda.
- Olá, quem é você?
- Ela veio pra entrevista de babá pro Lucca. - Jonathan responde, eu poderia muito bem responder.
- Ah sim, bom ... Eu estou um pouco cansada, você pode esperar só um pouquinho?
- Eu até poderia, mas está tarde e eu preciso ir. Podemos marcar outro dia?
- Perdão, mas eu vou viajar amanhã com meu marido pra Londres, amanhã eu já preciso de você aqui trabalhando. Claro, se você passar no teste.

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