Capitulo 5

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Ele liga a rádio e caralho, aquela era a pior música que existia.

- Música chata! - Eu digo sem nenhum animo.
- Conhece uma rádio que toca melhores? - Ele pergunta.
- Com certeza sim.
- Muda aí então. - Ele diz e eu mudo, deixo numa um pouco agitada demais.
- O que é isso? Tá pior que a outra. - Ele fala e muda de novo, o gosto dele e o meu não se batem, só pode.
- Aah não, essa não. Ela é muito ruim. - Eu estico meu braço pra mudar e ele também, resultado: nossas mãos se tocam.

Ficamos um tempo olhando um pro outro com as mãos tocadas ainda, estávamos se aproximando cada vez mais, só que o motorista que estava atrás da gente buzina e nos afastamos. Ele continua dirigindo enquanto eu encosto a cabeça na janela e fico olhando a rua.

Chegamos e eu só agradeço e saio do carro, entro em casa e subo direto pro meu quarto, me jogo na cama com preguiça. Amanhã teria que acordar cedo então tomo um banho relaxante, coloco qualquer roupa e me deito, não demoro muito e caio no sono.

[...]

No dia seguinte acordo com o despertador, com muito esforço eu desligo ele e pego meu celular pra ver as mensagens, só tinha uma que era da Jenny.

Mensagem On.

Jenny: Amigaaaa, vamos na balada hoje a noite? É sexta e eu quero curtir.
Rebecka: Não sei se é uma boa idéia, acho melhor eu ficar em casa.
Jenny: Nem por cima do meu cadáver você fica em casa numa sexta a noite sozinha, você vai comigo e pronto.
Rebecka: Adianta eu discutir?
Jenny: Você sabe que não kkkk, vou me arrumar Beijos.

Mensagem Off.

Nem respondi, ela vai me obrigar a ir nessa tal balada mesmo. Levanto e tomo um banho demorado, me enrolo na toalha e saio do banheiro, coloco uma blusa preta larga escrito Give me Love na frente, uma calça folgada moletom e meu tênis.

Desço pra tomar café e vejo minha mãe fazendo o próprio.

-Bom dia mãe. - deposito um beijo na sua bochecha e me sento na mesa.
- Bom dia filha.
- Mãe, posso sair hoje a noite com a Jenny?
- Vocês vão na onde?
- Na balada.- digo um pouco receiosa.
- Claro que eu deixo, com uma condição. Que você se cuide e não use drogas nem beba.
- Isso já é lei né mãe, eu não vou fazer isso, agora tenho que ir senão vou me atrasar, tchau. - Dou outro beijo nela e saio.

A manhã ocorre normalmente, eu volto pra casa depois da aula e fico escolhendo alguma roupa pra balada, nem percebo que a hora passa voando, tô atrasada pra ir trabalhar, no meu primeiro dia eu já faço merda.Troco de roupa em menos de um minuto e pego um ônibus.

Jonathan Narrando
A Rebecka ainda não chegou, esta 30 minutos atrasada, a Mari pedi pra mim ficar no jardim com o Lucca esperando ela. Fica lá sentado na grama com ele que está brincando com seu carrinho, ele pega vários pedacinhos de papel que estavam na grama e começa a colocar no carrinho.

Achei estranho a grama estar suja, sempre fica impecável, vejo que nos pedaços tem desenhos, pode ser uma foto. Pego todos eles e fico juntando pra descobrir o que formava, no fim consegui saber, era a minha foto com a Vick que ficava no criado mudo.

Rasgaram ela, fico muito puto com isso, além de entrarem no meu quarto rasgam a foto e jogam pela janela. Avisto a Rebecka entrando e já vou pegando o Lucca do chão pra entregar pra ela.

- Demorou em. - digo me aproximando ainda com a foto na mão, entrego meu irmão pra ela.
- Foi mal, ficar uns minutinhos com o Pedro não faz mal a ninguém. - Ela responde toda grossa e pega ele.
- Se fosse só uns minutinhos tudo bem, mas você se atrasou quase uma hora. Sorte sua que minha mão tá viajando.
- Isso não impede ela de saber.
- O que quer dizer com isso? Acha que eu vou contar? - pergunto a ela.
- Não duvido que você seja capaz de me entregar.
- Fica tranquila garota, eu não vou falar nada. Até por que se ela te despedir é eu que vou cuidar dessa mini criatura. - digo apontando pra pro Lucca que continua brincando com o carrinho nos braços dela.
- Menos mal. - Esta claro no seu rosto que o que eu disse aliviou ela. - Vou entrar.
- Espera. - grito por e ela para.

Rebecka Narrando
-Espera. - Ele grita e eu paro. - Sabe quem foi? - Ele pergunta e me mostra vários papéis rasgados. Meu Deus, não pode ser a foto, ele descobriu tudo, fudeu.

A Babá do meu Irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora