Lua Nove.

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Foi difícil pensar em algo pra escrever sobre ti.
Não que eu não saiba o que sinto. Afinal, eu sei exatamente o que acontece quando penso em você, mas foi difícil colocar isso em palavras que eu pudesse ler depois.
Eu realmente achava que a minha vida era completa.
Que eu era.
Cheia das minhas coisas, meus sonhos, meus projetos e de mim mesma.
Eu sempre me considerei uma pessoa auto-suficiente, mesmo precisando tanto de todos. Achava que eu podia viver sozinha para sempre, como se a solidão fosse apenas uma fase eterna que eu simplesmente precisava suportar até o dia de minha morte.
Eu tinha planos de me isolar, sabe? A minha companhia era melhor que a de muita gente por aí, afinal.
Daí eu te conheci, e tu mudou tudo.
Virou-me de cabeça pra baixo e me fez perceber que eu não era cheia, muito menos que a solidão era a resposta pra todas as minhas crises existênciais.
Você preencheu aquele vazio que eu via mas fingia não notar, fez de mim uma nova pessoa e tem todos os dias me constrangido com teu amor.
Porque mesmo quando eu não estou fazendo tudo certo, quando estrago tudo e acho que aquilo é o fim pra nós, tu vem e me perdoa, porque o teu amor é como um oceano.
Ele me afoga
Preenche todo o meu ser
E transborda.
Agora tem sido minha missão, tentar mostrar um pouco de ti em qualquer coisa que eu faça, torcendo sempre para transmitir um grão do teu infinito amor que abrange até os que o recusa.
Torcendo enfim, a cada dia, para ser um grão a mais parecida contigo.

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