Dia Da Caça

João acordava Maria

Estou em movimento em um carro, não muito animado com a viagem, meu pai dirigia o carro cantando uma música mas eu não consegui decifrar a canção, parecia que ele estava cantando em outro idioma, a minha irmã Maria está dormindo no banco ao meu lado do carro numa posição não tão agradável.

Eu não consegui pensar o porquê
que estávamos de mudanças, eu amo a nossa casa, minhas lembranças voltam pra minha mãe em que sempre cuidava da casa com tanto amor.
Começo a chorar por falta de sua presença, meu choro é baixo não quero acordar minha irmã e nem chamar atenção do meu pai, mas Maria acaba acordando.

Disfarço enxugando a lágrima que caia do meu rosto, Maria acorda meio dolorida por causa da posição em que dormia.

__ João já chegamos?. Diz ainda bocejando .
__ Eu não sei mas esse lugar me parece assustador.

Maria olha para a janela do carro e observo junto com ela, coloco minha mão no vidro e a retiro deixando a marca da minha mão no vidro da janela, a marca continuava lá manchada no vidro, até aparecer outra marca de mão ao lado da minha. Maria grita assutada.

Eu abraço sua cabeça enquanto ela ainda grita assutada. O carro para, e solto sua cabeça e o papai abraça ela com carinho, dizia algo no ouvido dela, algo que não consegui escutar, minha reação foi ainda olhar para janela do carro mas já não tinha marca nenhuma.
Fiquei ainda mais assutado. Maria já calma nos braços de meu pai.

__ O que aconteceu?. Disse o papai.
Maria ainda soluçando de tanto chorar responde.
__No vidro da janela, a marca!!, a marca!!.
Meu pai ainda confuso olha o vidro da janela onde a marca já tinha sumido...
__ Filha está tudo bem?.
__ Não. Tem algo de estranho nesse lugar, eu não quero ficar aqui.
Ele olha pra Maria então depois para o chão e em choro diz.
__ Eu sei que perdemos ela, e.. e.. dói muito, sei o quanto era bom morar naquela casa, mas eu tenho que proteger vocês.

Eu penso, de quem ele quer nos proteger?.

Ele liga o carro, e seguimos na mesma estrada, Maria já sem choro pega seu caderno de desenho e começa a rabisca- lo. Eu fito a janela com atenção observando o caminho, até que a Maria sussurra.

__ psiu, ei João...

Ela me mostra o desenho em que fez em seu caderno ela desenhou a marca da mão em que apareceu no vidro da janela, só que Maria viu algo que eu não tinha visto essa marca de mão tem um desenho estranho parece um símbolo algo que eu nunca tinha visto.

Fico cada vez mas aterrorizado, chegamos, em um vilarejo com música pessoas dançando e cantando, vendedores e comerciantes anunciando produtos em promoção, andamos por mas algumas horas até chegamos em uma casa não muito grande, com uma decoração antiga móveis gastos e de ambiente calmo, calmo até de mais.

__ Crianças esse será nosso novo lar, chamem isso de casa.
Maria um pouco contente para escolher o seu quarto mas meu pai alerta em que devemos dividir o mesmo quarto por um tempo, porque Maria tem pesadelos horríveis, ela começou a ter pesadelos no dia em que nossa mãe morreu os pesadelos eram frequentes até meu pai durmir no nosso quarto abraçando Maria.

A noite permanecia calma acendemos a chaminé onde acabamos com o frio. E olharmos um para o outro esperando algo mas nada aconteceu, eu ainda estava assutado com o que aconteceu no carro, Maria já aparenta ter esquecido toda aquela situação.

Meu pai parece meio cansado olhando para o fogo da chaminé, Maria não parava de rabiscar seu caderno de desenho, e eu ainda sem tirar meu pensamento sobre aquele símbolo. Papai cai no sono, eu sussurro no ouvido de Maria para que possamos durmir também. Ela balança a cabeça com sinal de aprovação, pego uma coberta e colocar em cima do papai para que ele permaneça aquecido.

Subimos até o quarto, e esperamos o sono chegar não demorou muito para que Maria começasse a durmir. E logo durmo também.

Acordo com os gritos de Maria.

__ João, João ela tem a marca.
Eu olho assutado para ela e meu pai o abraça, ela fica calma no mesmo instante e acorda.
__ Maria você teve mais um pesadelo.
__ Foi horrível pai não nos deixe naquela floresta, por favor não nos deixe.
Eu vejo meu pai cantando em seu ouvido, a mesma cação que ele cantava no carro. Esse pesadelo foi ainda pior, Maria estava em transtorno. Mas é acalmada com a música que o papai cantava em seu ouvido. Os anos passaram rápido dês de então e logo crescemos.

10 anos depois

Com um arco e flecha nas mãos​ andando pela floresta, percebi um movimento estranho pois tive o pressentimento que fosse a caça, quando uma bela mulher de cabelos negros e longos me olhava assustada, em minha mira.

__ Senhor não atire.
Eu abaixo meu arco e ela já se recupera do susto.
__ Peço perdão, mas você poderia ter mais cuidado, minha flecha poderia ter acertado você.
__ Me desculpe, mas você não é um caçador muito esperto.
__ Porque diz isso?. Por acaso tem alguma experiência com caça madame?
__ Presumo que não, caçador. Mas aprendi com a vida que o bom caçador deve controlar seus extintos de caça.
__ É mesmo, e aprendeu isso com caçadores?.
__ Sim. Meu pai é caçador, o melhor de todo o vilarejo.
__ Um homem honrado seu pai.
__ Sim. Ele é ótimo.
__ E o que uma filha de caçador faz por essa floresta?.
__ Eu só estou andando por ai, vendo onde a vida irá me levar.
__Uma aventureira por aqui. Faço ela rir.
__ Sua casa é muito bonita.
__ minha casa? .. Já viu a minha casa?.. por acaso você não está nos espionando?
__ Ahh... Na.. não claro que não, só estava andando nas minha aventuras e encontrei sua casa por acaso.
__ Além de espionar mente mal.
__ E como sabe que estou mentindo?
__ Porque não vejo outro motivo de recebermos visita.
__ Presumo que não tenha muitos amigo.
__ Por que diz isso?.
__ Porque é tão óbvio, não recebe visitas porque é egoísta.
Ela parecia brava.
__ Desculpa, vamos começar outra vez. Oi meu nome é João e como você se chama?.
__ Olá João, meu nome é Anna.
__ Anna, é um belo nome.
__ Obrigada.
__ Desculpa não recebo muitas visitas mas se você aceitar jantar conosco essa noite está convidada.
__ Olha nem parece ser um caçador.
__ Como não?.
__ Meu pai ele é mal humorado vive brigando e bebendo, as vezes saio de casa para não ter que aguentar suas brigas.
__ Seu pai deve ser durão.
__ Ah, ele foi o único caçador que matou uma bruxa.
__ Uma bruxa?. Como assim uma bruxa?
__ Uma bruxa que faz pactos e feitiços malignos.
__ Sim eu sei o que é uma bruxa. Mas elas realmente existe?.
__ Claro que sim, se não como meu pai teria matado uma.
Ela ri de mim e andamos em direção a minha casa.