m8°: verdade

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~Chris/Leo narrando~

  Ao encontrar Alice no beco, eu queria matar aquele idiota cruelmente e lentamente para que ele sentisse dor, mas ao ver o medo nos olhos dela eu tive que parar, odiava ver aquele medo no olhar dela ao olhar para mim, eu apenas queria deixa-la segura. Então decidi poupar a vida dele dessa vez.

-Leonardo, o que foi aquilo?-Ela pergunta apertando a minha mão.

-Nada, apenas esqueça disso.

-Não vou esquecer, Leo, você salvou a minha vida.

-Não foi nada, tá bem? Esqueça.

  Ela passou para a minha frente e colocou a mão delicada sobre o meu peito, me olhando nos olhos.

-Leo, por favor, eu só quero entender.

-Não tem nada pra entender.

-Tem sim!-teimou ela.

  Suspirei e desviei dela, voltando a andar, ela não poderia descobrir aquilo. Eu era egoísta o suficiente pra querer Alice ao meu lado, e sabia, que se ela descobrisse, isso não seria possível. Senti suas mãos agarrando o meu braço, o que me fez parar de novo, ela me puxou pra si e me beijou, fiquei tão surpreso que não consegui retribuir por um momento, mas então minhas mãos moveram-se para sua cintura, a puxando pra mim e eu deixei que a minha boca se movimentasse com a dela. Ela abraçou meu pescoço, fazendo com que eu tivesse que me inclinar um pouco para continuar o beijo, por fim percebi que aquela posição estava desconfortável pra nós dois e a coloquei no colo, mas sem deixar que nossos lábios se separassem.

  Eu não sabia exatamente por quanto tempo  ficamos nos beijando, mas não me importava, apenas queria que nós dois ficássemos juntos. Continuamos nos beijando até que ela se separou para respirar ofegante.

-Leo, eu te amo, por favor, me explica o que está acontecendo-ela implorou.

-Alice,-a soltei no chão-não posso, se realmente você me ama, não me procure mais.

  Eu a larguei em frente a casa dela e saí correndo. Eu não podia ser fraco, não podia ceder aquilo, tinha que me concentrar na minha vingança.

~Alice narrando~

  Naquele momento, acabei desistindo do Leonardo, ele não me queria e aquilo era óbvio.

  Entrei em casa e comecei a chorar, tanto pelo susto quanto pela regeição dele. Chorei até dormir.

  No dia seguinte acordei 12:00, totalmente esgotada. Levantei-me e fui me olhar no espelho. Ah senhor, eu estou apavorante! Mas o que é isso? Parece que passei a noite fumando maconha e que levei uma surra! Estou a cara da menina da minha sala, Olivia Sanches-a única diferença é que Olivia tem peitos-Estou horrível!!!

-Calma Alice, sem pití, nada que um bom banho não resolva, certo? Afinal, isso é só fruto de um coração partido.

Ah merda, como eu me odeio!

Entrei no banheiro, liguei You and Me do Lifehouse no último volume e comecei a cantar-na verdade, a fazer um som que estava mais próximo de um gato no cio-no banheiro.

  Depois de uma sequência deprimente de músicas, tipo Iris do Goo Goo Dols, Fico assim sem você da Adriana Calcanhoto, As Long as You Love e One less lonely Girl do Justin Bieber, saí do banheiro ainda pior do que havia entrado. Desci pra tomar café com a família, se alguém notou meu rosto inchado, não comentou nada, apenas agiram normalmente, como se eu não existisse.

-Querida, passa a manteiga, por favor-pediu minha mãe.

  Suspirei irritada e passei para ela, minha mãe me olhou e então observou meu rosto.

A volta do anjo caído.Onde histórias criam vida. Descubra agora