The Work

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Narrador pov's

Flashback On

Apenas passos eram ouvidos no escuro e solitário corredor. Cada passo, era centímetros a menos e batidas a mais em seu peito, afundando-o cada vez. Era sempre assim nesse maldito e temido corredor, os que eram chamados para entrar no mesmo, nunca saíam com boas notícias. E Lauren sabia disso.

Finalmente olhou para cima, deparando-se com uma porta extremamente bonita feita por Madeira pura, certamente cara. Ela levou seu indicador e dedo do meio até a porta, tocando apenas duas vezes com os ossos dos mesmos. Ouvindo finalmente um "entre" do outro lado da porta. Lauren estralou seu dedo indicador da mão direita, uma mania que sempre esteve ali quando estava nervosa.

Não por estar com medo, longe disso. Lauren sempre foi destemida, corajosa e principalmente cabeça dura. Seu amigo de infância, Matt, costumava a definir como " Lauren é cabeça dura demais, se ela põe uma coisa em sua cabeça, nada será forte o bastante para para-la. Eu, as vezes admiro isso nela. " ela passou Boa parte de sua infância com Matt, se conheciam desde os tempos em que ela esperava sua mãe dormir para arrancar rapidamente os vestidos que tanto odiava, para colocar roupas largas de seu pai e ir apenas olhar para o mar e as estrelas com Matt. Lauren sempre foi assim, e não seria seu senhor ou qualquer outro que mudaria isso nela.

Ela esboçou um pequeno levantar de lábios ao se lembrar de seu falecido amigo de infância, se voltando para o presente um segundo depois. Suavemente ela girou seu pulso com a trinca em mão, assim, abrindo a porta. Lauren varreu com os olhos rapidamente para deparar-se com uma figura séria atrás de uma cadeira vermelha. Sua sala era ainda mais sombria que o corredor, com as paredes vermelhas e pretas que faziam contraste com a chama alta que vinha da lareira. Havia sofás poltronas e livros espalhados por toda a parte, e Lauren se perguntou se ele realmente os lia.

-senhor. -Lauren deu passos calmos até estar de frente a mesa fazendo uma breve referência abaixando a cabeça alguns centímetros com a mão espalmada em seu peito.

-como está indo seu progresso garota? -perguntou ele em seu abitual tom de voz neutro. Lauren sentiu desgosto pela forma que foi chamada, pois era assim que seu "pai" a chamava, Como se fosse apenas mais uma. Mas obviamente não mostrou tal sentimento.

Não que ela se ache a melhor, pois ela sabe que não é. Mas apenas por ela acreditar que todos tem seu valor de alguma forma, todos lutam pelas coisas que queremos e não é justo desmerecer a forma que cada um lida com a tal "vida". Ela mais que ninguém sabe o que é lutar para se manter vivo, lutar para apenas avançar. Mas bem, vamos dar um crédito a ela pois não são todos que estão na colocação em que ela está.

-bem, senhor. Estou conseguindo levar as coisas. - ela respondeu olhando em seus olhos agora, e vendo as abituais orbes castanhas frias como sempre viu.

-ótimo. Me surpreende em tão pouco tempo você já ter evoluído mais que os que estavam a muito tempo neste posto. -ele continuou calmo.

-lhe agradeço por isso meu senhor. -Lauren o respondeu verdadeiramente. Ele a fitou por um longo tempo antes de voltar a falar.

-tenho um trabalho para você. -disse ele levantando de sua cadeira mostrando suas vestes pretas assim como boa parte de sua sala. Ele caminhou até parar de frente a Lauren que por sua vez o olhava atentamente.

-no que lhe posso ser útil, senhor? -ela disse sem desviar os olhos um segundo sequer de seu Mestre. Sr E soltou uma leve risada anasalada e dirigiu-se para a frente de sua janela, onde se podia ver as nuvens que pairavam sobre as montanhas.

-sabe o que eu adimiro em ti Lauren? -perguntou ele ainda de costas para a morena. Lauren surpreendeu-se por ser chamada por seu nome, arqueando uma sobrancelha, mas rapidamente o respondeu.

-eu realmente gostaria de saber senhor.

-a sua coragem. -ele disse se virando para a morena, agora, com uma maçã na mão direita, que Lauren o viu pegando em sua fruteira, que tinham apenas maçãs. -aceita? -perguntou fazendo uma leve referência para a fruteira. Lauren rapidamente negou o pedindo para continuar. -mas... em minha visão, tudo tem limites. E eu quero descobrir até onde vai sua coragem. -ele disse a olhando fixamente agora. -quero que faça um trabalho que jamais pedi a ninguém, pois não via sua capacidade em nenhum deles. -ele cerrou os olhos para ela e disse com uma voz tensa. -quero que encontre minha filha.

-perdão? -Lauren disse nao acreditando no que estava ouvindo, afinal nunca viu Sr E com mulher alguma, e tão pouco soube de algo relacionado a um bebé gerado.

-ouvistes bem Lauren. -ele disse jogando o caroço da maçã em uma lata de Lixo que Lauren não preocupou-se em olhar onde estava. -eu apenas não preciso da opinião de nimguem sobre isso. E se quiser um Conselho se chegar a ocupar meu lugar, não deixem que saibam de sua vida humana, isso, muitas vezes pode ser sua fraqueza. -Lauren continuava o encarando em buscas de respostas "me de conselhos depois, eu nem estou na terceira colocação. " pensou ela com confusão no olhar, coisa que Sr E felizmente reparou. -escute garota, não irei falar mais que o necessário. Apenas deixo dito que, se encontrar minha filha você irá, automaticamente subir de posto.

-mas, senhor, como irei fazer isso? Como irei indentica-la? -exclamou com as sobrancelhas franzidas, porém só o pensamento de subir de posto já a interessou.

-veja bem garota, eu dei a minha filha um colar, nele, a frase " mi hija " está escrito. -Sr E lhe disse como se realmente essa informação fosse mudar tudo e Lauren imediatamente ir procurar em busca do tal colar.

-um em um milhão. -ela disse de forma chocada.
"Ele está se ouvindo?" Ela pensou esperando uma resposta.

-bem, não me importa. De seu jeito garota, isto é sobre você agora. -ele disse se sentando em sua cadeira com as costas encostadas de forma confortável apoiando sua mão direita em seu queixo. Lauren viu uma enorme pedra preta brilhar em seu dedo anelar, foi tudo que ela viu antes de escutar um: -agora saía.

Flashback Off

Lauren's DiaryOnde histórias criam vida. Descubra agora