A viagem

5 1 0
                                    


Era dia dezessete quando estávamos nos preparando para ir visitar o homem que havia me dado uma viagem de graça. Eu estava colocando minha blusa preferida.

Eu desci as escadas em direção a porta da frente, minha mãe estava esperando no carro. Eu entrei e, sem querer, bati a porta do carro com muita força.

- ISSO, QUEBRA! – Minha mãe gritou.

- Desculpa, foi sem querer – depois disso passamos a viagem toda sem dizer nem mesmo uma palavra.

Quando chegamos, eu estranhei o local, era um museu que eu nunca tinha visto na minha vida. Nós estramos e fomos atendidos pela mesma mulher que falou com minha mãe pelo telefone, ela e minha mãe conversaram um pouco enquanto eu lia algumas revistas, demoramos um pouco para sermos levados até a sala do Sr. Carlos, esperamos tanto que eu já me considerava um Expert em arquitetura moderna (lá tinham muitas revistas sobre isso). Passamos por um corredor que parecia não ter fim, de paredes brancas com listras marrons. Entramos na sala dele e logo vi que ele era fã figuras de ação, ele tinha uma prateleira cheia deles.

- Olá! Você deve ser o Daniel, estou certo? – Ele era alto, usava óculos redondos e parecia malhar bastante (não me julgue mal, apenas tinha que dar esses detalhes para o livro ser um pouco mais completo). Ele parecia ter atendido muitas pessoas aquele dia, pois sua cara era de quem havia corrido uma maratona.

- Sim! – Eu estava muito agitado, isso foi a única coisa em que eu pensei.

- Então essa deve ser sua mãe, - Ele estendeu a mão para ela – prazer, meu nome é Carlos!

- Prazer, meu nome é Vivian – Minha mãe respondeu.

- Então vamos para o que interessa! – Meu coração começou a acelerar mais ainda quando ele disse isso – Creio que você esteja um pouco aflita, pois não é todo dia que um completo desconhecido chega e dá uma viagem ao México para seu filho só porque ele conheceu o pai dessa criança, mas não se preocupe. – Ele tirou uma foto de dentro da gaveta da mesa em que ele estava sentado – Veja aqui – ele mostrou dois homens que estavam na foto - sou eu e seu marido á quatro anos, se não fosse ele, nunca teríamos descoberto o "Laberinto de los Muertos". Ele era um grande amigo e me ensinou muitas coisas, eu apenas quero retribuir o favor levando seu filho a o lugar que ele nunca pôde estar. Seguranças e policiais estarão sempre lá para o que precisar. Eu só consegui essa viagem, pois o diretor do museu aceitou colocá-lo como um integrante à parte do sorteio para o qual seu filho enviou a carta. Ele terá os mesmos benefícios que a pessoa que ganhou o concurso, a não ser os prêmios como computadores, tablets, etc. Você também pode ser escolhida como acompanhante, então caso queira vistoriar de perto, você pode, literalmente, estar de olho nele. E então, você concorda em deixar seu filho ir? – Essa era a pergunta chave da história.

- Então, eu acho que mesmo você falando tudo isso eu não consigo ter uma real confiança. Se ao menos alguém que possa tomar conta deles fosse... Quero dizer... Não que vocês não possam, eu só quero alguém eu conheça fazendo a vistoria por mim, até porque eu não vou poder ir – Esse era o momento para tirar minha carta da manga.

- O Léo aceitou ir comigo e com o Will, ele disse que pode pagar a própria viagem – os dois olharam para mim, minha mãe com uma cara de "e você nem me contou sua peste" e Carlos com uma cara de tipo "ah, garoto esperto".

- Posso arranjar um jeito para ele entrar na escavação sem problemas. Ele terá que arcar apenas com alimentação, transporte e hospedagem – Carlos comentou.

- Você já falou com ele? – Minha mãe perguntou.

- Sim! – Eu respondi.

Minha mãe mexeu na bolsa que ela carregava, pegou o celular e disse.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 27, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Heroes: And the Four  KnightsOnde histórias criam vida. Descubra agora