Capitulo 2

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Sem nem vê los direito ouço eles dizerem.
- La vem a riquinha,  é hoje que nos damos bem.
Faço  de conta que não ouço. - E ai tem aquela parada? (Digo)
- Claro madame,  e das boas!  ( falando assim nesse linguajar me entregam um pacotinho,  penso em não aceitar,  penso no Lucio , mas ele não ta aqui, e depois é  a última vez,  pego entrego o dinheiro e saio.
Volto pra rua da minha casa,  quando passo em frente dou uma olhada pra dentro,  já são quase 20:00, e meu pai ainda não chegou. Sigo em frente,  onde tem uma pracinha que a essas horas esta meio deserta,  me sento em um banco distante e tiro do bolso o pacote que recebi. Fico olhando pra ele e resolvo acender.
Tudo começa a ficar distante,  me sinto meio dormente,  como se não existisse problema nenhum, tudo parece perfeito do jeito que sonhei, é disso que preciso,  sei que vou me arrepender porem já ta feito.
Fico uns 10 minutos e sigo pra minha casa,  onde encontro minha mãe sentada no sofá assistindo sei la o que.
Subi direto pro meu quarto,  deitei e fiquei olhando pro teto, fico assim por um bom tempo.
Começo a sentir fome, resolvo descer e comer qualquer coisa, abro a geladeira e pego as panelas que minha mãe guardou do almoço, coloco sobre a mesa e pego um prato no armário, coloco a comida e levo ao microondas. Ouço barulho na porta meu pai chegando vai começar....
Pego meu prato e subo pro meu quarto não estou afim de ver outra discussão, na verdade estou cansada e de saco cheio, fecho a porta me sento em minha escrivaninha, ligo o computador e começo a fussar na internet, nada de interessante.
Amanhã tenho prova nem estudei sei que minhas notas caíram muito, mas não ligo e quem liga?
O Lucio... Só ele se importa comigo, só ele se preocupa comigo, porque sera que não quer que eu saiba onde mora, vergonha?? Mas não vi nada de mais, e aquela Sra tão simpática , sera mãe dele? Nem perguntei, amanhã vou ve- lo é o único momento da minha vida que vale a pena.
Lucio tão bonito, tão carinhoso, me lembro o dia que nos conhecemos... Estava voltando da escola e uns garotos me seguiram pois eu devia uma grana pra eles, quando me cercaram, ele veio e me defendeu colocou as moleques pra correr, fiquei encantada, ninguém nunca tinha me defendido antes. Ele se ofereceu pra me levar pra casa, contei a ele porque daqueles meninos e ele só me deu conselhos, pra eu não me envolver com eles, pra não entrar na vida de drogas e mais um monte de coisa eu ouvia alguma coisa, mas na maioria das vezes ficava só admirando a beleza dele.. Moreno de cabelo preto meio cacheado, alto, os olhos meio verdes com uns cílios de da inveja, e a boca nossa que boca perfeita..
Termino de comer e desço  a escada pra levar o prato na cozinha,  como era de se esperar a briga esta comendo solta,  minha mãe  perguntando por onde meu pai andava e ele com estupidez dizendo que estava trabalhando..  E é sempre a mesma história , isso quando não tenho que socorrer porque ele bate nela..  Não sei como aguenta isso.
Passo pela sala e entro na cozinha.. Coloco o prato na pia e tomo um copo de suco. Volto e subo as escadas mas antes dou uma olhada que pé  esta a discussão..  Parece que hoje não  vai ter pancadaria.
Me tranco no meu quarto...  Vou tentar dormir afinal amanhã  é terça feira.

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⏰ Última atualização: Nov 07, 2016 ⏰

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