Meu confuso diário

Querido diário (12)

Quinta-feira 2 de fevereiro de 2016 às 01:00 (AM)

     Eu não sei o que deu em mim para estar escrevendo em você a essa hora, mas eu não consigo para de pensar no encontro argentino. Comemos uma carne com um nome super estranho e bebemos muita Coca-Cola. Só que quando ele foi se despedir de mim, rolou um clima estranho, como se fosse atração. Eu queria beijar ele. Eu queria mesmo!

     Só que, além de eu não saber... Você sabe... Beijar, eu não levo muito jeito em clima de romance. Eu sou uma péssima pessoa para namorar.

     Hoje depois que cheguei do encontro, Bryan me ligou. Ele disse que queria falar comigo, fiquei com receio confesso. Até 2 meses atrás, ninguém se quer olhava para mim. Esse ano já tem praticamente 2 meninos falando comigo. Parece até que estou... Sei lá... Sonhando!

     Segunda é aniversário da Kath, acho que ela nem se lembra disso, pois ela nem está animada com a chegada de seus 15 anos.

     A tão sonhada idade para as meninas!

     Metade da minha escola vai fazer seu aniversário de debutantes. Com príncipes e valsas com seus pais. Com aquele clima romântico no ar.

     Pra mim isso é uma grande besteira. Primeiro por que: Eu não sei dançar nem música eletrônica que é só pular, imagine passo combinados. Segundo: Odeio climas românticos e pétalas de rosas caindo do céu. Eca! E terceiro: Não tenho pai!

     Algumas pessoas se assustam quando falo: Não tenho pai. Mas isso não passa da verdade, não tenho aquele cara que era para ir nos dias dos pais, e nem para ir no dia da formatura do 3° ano. E a verdade é que nunca vou ter!

     Quem sempre estava lá era meu tio Carl. Irmão mais novo da minha mãe. Ele sempre foi quem ajudou aqui em casa, quem conversou com meus irmão sobre sexo, preservação e sobre as namoradinhas. Não é pra tanto que o melhor amigo do meu irmão é o tio Carl.

     Você sabe que eu nunca tive aquelas amigas que são tipo seu baú, o intuito de ter você foi para ter alguém para compartilhar minha vida triste e dramática. Eu nunca conversei com minha mãe sobre garotos e beijos. Tem gente que sua mãe é sua melhor amiga, sua confidente, mas a minha não. Se eu contar é capaz dela me colocar num convento.

     Mas agora eu vou dormir, já é tarde e amanhã tem uma tarefa que vai avaliar seus conhecimentos, e que por acaso eu não estudei nada.

     Vou tentar pelo menos parar de pensar no Finn, já que dormir é a única que coisa que não irei fazer agora.

     Boa noite!

***