Capítulo 3

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...

Fiquei quieta por uns segundos, e logo após falei:
- Está a procura de algo?
- Talvez.
- O que seria?
- Seu número, se não for pedir demais

Observei os amigos dele olhando e rindo de escanteio.
- Por que quer meu número?
- Jura? Para conversar, drr.
- Hm. Fez uma aposta com seus amigos?
- Talvez.
- Quanto foi? Se quiser, a gente divide a grana e ninguém sai perdendo.
- Você é esperta - disse num tom surpreso - apostamos r$ 20,00.
- O número do meu telefone vale só isso? - dei uma risada sarcástica - fechado então.

Passei meu número, em seguida eles foram embora, ele virou seu rosto para trás e deu piscadela.
Esses meninos realmente não tem o que fazer da vida. Paguei minha conta, fui ao lugar onde eu tinha estacionado o carro e voltei para casa. Ao chegar lá minha irmã perguntou:
- E aí, deu certo?
- Por pouco, a mulher maluca lá falou que eu não estava classificada quase morri do coração!
- Ham? Kk sério?
- Sim, depois explico melhor.
Ela deu de ombros e saiu.

Fui tomar uma ducha, deitei um pouco no sofá e acabei pegando no sono. Acordei com uma ligação de um número desconhecido, caraca já eram onze da noite, como pude dormir tanto? Então atendi o telefone:
- Alô?
- Alô. É a garota da sorveteria?
- Sorveteria? - perguntei um pouco confusa, talvez consequência de estar dormindo mentalmente - acho que ligou errado, não trabalho em nenhuma sorveteria.
- Deixa eu me apresentar melhor. Sou o menino que pegou seu número hoje mais cedo, na sorveteria.
- Ata, lembro de você!O que foi, não te pagaram?
- Nossa, como você é tesoura. Liguei porque queria ouvir sua voz novamente.
Fiquei quieta por uns segundos sem saber o que dizer.
- Ouvir minha voz? Olha aqui se você está achando que vai marcar um encontro a sós comigo e me sequestrar está mui...
- Não é nada disso - ele me interrompeu - eu realmente queria ouvir sua voz, saber qual é a história que se passa por detrás desses seus olhos claros!
- Você é bem poético né? - disse num to de sarcasmo -
- Eu tento. Então, topa sair comigo?
- Quando?
- Pode ser domingo?! Estava pensando em irmos ao parque, vai ter um showzinho lá.
- Tudo bem, mas eu nem sei seu nome.
- É Nicolas, me desculpe kk. E o seu é...?
- Lina. Muito prazer.
- Ok Lina, então podemos nos encontrar no centro Parque, domingo as 20:00?
- Aham, vou contratar uns policiais primeiro. Te encontro ao lado da barraquinha de algodão doce, pode ser?
- Mal posso esperar!

Desliguei o telefone, sem ao menos me despedir. Nem sei porque aceitei, acho que é o sono.

- Uau, parece que alguém tem um encontro Domingo então? - disse minha irmã num tom surpreso-

Foi quando me dei conta, cara, eu tinha um encontro marcado.

A última cartaOnde histórias criam vida. Descubra agora