Market

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Lola

Como eu em poucas horas fui parar nos braços de uma mulher é um questionamento interessante. Eu já tinha sim me relacionado com mulheres, mas os toques da Momo pareciam tão diferentes. Não sei se era seu cheiro cítrico ou seus carinhos suaves. Eu me arrepiava e tremia. Exagerado? Eu sei, mas não me importo.
Estávamos agora descendo para a garagem pegar meu carro e irmos para o mercado. Íamos falando sobre seriados enquanto riamos e entrávamos no automóvel. Quando já tínhamos saído da garagem, Momo abriu meu porta luvas procurando algum CD.

- Como dentro desse porta luva cabe de Nirvana a 2NE1?

- Ué sou eclética fazer o que? - ela procurou por algum álbum até que parou em meu antigo Born To Die

- Esse aqui eu gosto - então ela colocou no som e a suave voz de Lana Del Rey preencheu o carro.

- Você é toda alternativinha, mas deve bater o cabelo quando toca uma farofa. - Ela me olhou e deu uma risada alta.

- Querida, eu nunca paguei de alternativinha não, mas realmente é só começar a tocar uma farofa que todo mundo começa a mexer a raba. - E íamos fazendo essas piadas nada com nada até chegarmos no mercado. Peguei um carrinho para nós duas e seguimos para as sessões de comida. A cada prateleira Momo ia enchendo o carrinho de besteiras e bebidas. Quando vi a mesma pegou dois engradados de cerveja eu perdi o sentido.

- Momo, pra dentro do carrinho agora. - Meu tom era firme e autoritário e Momo se assustou.

- Oi? - Ela me olhou sem entender.

- Não vou deixar você acabar com a sua saúde assim não. Pra dentro do carrinho agora, Dona Margot. - Ela resmungou algo e entrou como mandei. Quando fui empurrar o carrinho Momo ficou de joelhos dentro do mesmo e me encarou com firmeza.

- Isso não vai ficar assim. - Senti sua respiração em meu rosto e me arrepiei inteiramente. Ela se aproximou do meu ouvido e disse. - Um dia eu te mostro quem manda. - Deu um beijo no meu pescoço me arrepiando ainda mais e voltou a se sentar no carrinho. Passei uns segundos tentando assimilar o que tinha acontecido e voltei a empurrar o carrinho. Ainda estava meio bamba e voltei pra nossa compra descompassada. Devolvi um dos engradados de cerveja e ela me encarou com descrença.

- Eu só devolvi um e se reclamar eu devolvo o outro. - Ela cruzou os braços e encarou a frente. Ela ficava muito fofa com aquele meio bico e estava louca pra acabar com ele, mas estávamos em um lugar publico e não podia pensar nisso. Lembrei que Momo estava sem cereal e aquilo me fez dar um sorriso. Se eu estava ali era por causa desse bendito cereal. Fomos pra sessão de cereais, peguei meus dois preferidos e fiz como naquela mesma manhã. - Qual sabor você quer, moça bonita? - Ela me olhou e deu um risinho.

- Pode escolher.

- O colorido então. - Dei uma risadinha e voltamos as compras.

A compra se seguiu com eu colocando verduras e frutas no carrinho e Momo torcendo o nariz.

- Você ta parecendo minha mãe me forçando a comer todo esse mato.

- Só quero cuidar da sua saúde bonitinha. Você ta com resfriado e certeza que isso é culpa da sua alimentação. Não queria estar sendo chata, mas estou cuidando de você. - Ela cruzou os braços e ouvi ela resmungar baixo um "To parecendo uma Babygirl". Dei um risinho e continuei a fazer as compras. Comecei a pegar minhas misturas para bolos e Cookies e Momo me olhou esperançosa. - Na na nina não. Até você melhorar nada disso aqui. - Ela fechou ainda mais a cara e ri baixinho. Agora ela resmungou um "Pareço uma submissa". Fingi que não ouvi e continuei fazendo minhas compras.

Depois de mais ou menos 40 minutos acabamos nossas compras e fomos embora. Guardamos as compras no carro e Momo voltou a cantarolar Lana enquanto eu dirigia. Quando estávamos quase chegando em casa senti uma mão na minha coxa. Essa mão desceu pro meio das minhas coxas e ficou arrastando o dedão pela minha pele me dando arrepios. Minha boca secou. Meu interior pulsava. Eu tenho que me controlar. Acabei de conhece-lá. Calma, Lola.

- Lola?

- Oi? - Olhei pra ela e a mesma me olhava com um olhar debochado.

- Você não acha que a gente passou de casa, não? - Olhei ao meu redor e vi que passei direto do nosso prédio. Meu Deus ela me afetou tanto que perdi até o caminho de casa literalmente. Preciso de um desculpa.

- Eu to com fome. A gente podia comer naquela lanchonete da esquina né? - Ótimo.

- Pode ser.

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Helhou gente linda <3

Eu nem sei com que cara eu apareço aqui, MAS EU VOLTEEEEEEI. 

As coisas se resolveram e dessa vez vou tentar atualizar sempre que der. Já to escrevendo o próximo caps e tals.

lilbabygwrl Thanks por ter comentado aquilo e graças a vc aqui estou de novo. <3

Então é isso.

Aproveitem o caps <3

Bye bye.

Apartment 602Onde histórias criam vida. Descubra agora