Pancake

322 35 11
                                    

Margot
Estava agora eu parada com as costas na porta do meu banheiro tentando normalizar a respiração. O que diabos foi aquilo? Eu não sou acostumada com esse tipo de carinho físico. Era um carinho sem malícia, inocente e doce. Me deixei dar um sorriso sincero para o espelho do banheiro . Meu deus meu estado estava deplorável. Olheiras enormes, cabelo armado para todas as direções, meus lábios extremamente rachados. Estou pálida como um fantasma, mas minhas bochechas estavam vermelhas tomate. Efeitos de... Opa não sei o nome da garota. Quem diria que uma pessoa que nem sabe meu nome estaria me tratando tão bem.
Liguei a torneira da banheira, me despi e me deitei sentindo a água quente subindo pelo meu corpo. Escorei minha cabeça e me deixei relaxar por alguns minutos. Nos últimos meses minha vida anda uma bagunça total. Meus pais se mudaram para minha cidade natal com meus irmãos, mas decidi ficar na cidade. Minha melhor amiga de infância se mudou para fora do país. Resumo: estou sozinha nessa cidade grande. Mergulhei minha cabeça na água e fiquei assim por um tempo. Parecia que eu estava assim, mergulhada. Sem movimento. Presa. Depois de um tempo meu oxigênio foi acabando e voltei para a superfície. Terminei de me lavar e sai do banheiro indo para meu quarto para me trocar.
Quando sai do banheiro consegui ouvir uma música animada vindo da sala e a voz da menina bonita cantando junto. Coloquei uma roupa confortável e fui para a sala. Chegando lá vi uma coisa que a meses não via. Minha casa estava extremamente organizada e limpa. Fiquei mais feliz quando vi minhas coisas que sempre estavam uma bagunça finalmente arrumadas. Da sala comecei a sentir um cheiro gostoso vindo da cozinha. Cheguei no cômodo e me deparei com uma baixinha em frente ao meu fogão girando panquecas e dando risadinhas baixas. Fui me aproximando lentamente até parar exatamente atrás dela. Cheguei bem próximo de seu ouvido.
- Cozinhando Babygirl? - Quando a última palavra saiu de minha boca senti ela se arrepiar. Ficamos alguns segundos assim até que a garota gritou. - O que foi? Oque foi? - Ela se virou pra mim com os olhinhos cheios d'água e balançando as mãos.
- Eu queimei meu dedinho. - ela começou a se desesperar e chorar. A segurei pelos ombros e ela me encarou.
- Calma, calma. É so um queimadinho de leve. - Ela suspirou forte tentando segurar o choro.
- Mas está doendo. - Ela então se aproximou de mim e se aninhou em meu peito. Dei um abraço meio sem jeito vendo que ela se acalmava.
- Deixa eu ver sua queimadura. - Ela olhou pra mim e fez um não com a cabeça - Eu juro que não vai doer.
- Você jura juradinho? - Dei uma risada baixa e confirmei com a cabeça - Então okay. - Então ela me mostrou seu dedinho indicador. Estava bem vermelho e deveria fazer um curativo. - Está muito feio?
- Nada que um pouco de água gelada e um curativo não resolvam. - Puxei ela até o balcão da cozinha e a encostei na beirada me pressionando contra ela - Eu vou cuidar de você menina bonita. - Ela me encarou com os olhos arregalados e a senti estremecer na minha frente. A puxei pela cintura e coloquei sobre o mármore da bancada. Ela se assustou e deu um gritinho. abri suas pernas e me coloquei entrem elas - Calma eu não vou te atacar. Claro, ao menos que você peça.

------------------------
Oi gente lindaaaa 😊
Então, é como minha avó sempre diz "Quem é vivo sempre aparece" kkkkkk
Desculpem me a demora absurda pra essa atualização, mas é que eu estou passando por umas coisas meio barra e eu não queria passar isso pra Fic.
Obrigada por terem me esperado kkkk
Comentem oq quiserem, gosto de falar com vcs. 😁
Até o próximo Caps 💕

Apartment 602Onde histórias criam vida. Descubra agora