Capítulo 06

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- Obrigado, amor. Você me libertou.

Sofia fechou os olhos e apertou os braços de Morfeu ao seu redor. Se sentia protegida e confortável ali.

- Não quero ter que acordar - resmungou com uma voz manhosa.

A risada dele fez seu peito vibrar contra as costas dela, e sua respiração bagunçou algumas mechas do cabelo de Sofia.

- Isso não é um sonho, amor. É real.

Sofia grunhiu e apertou mais os braços dele ao seu redor.

Delicadamente, porém de maneira firme, ele virou o corpo dela de frente para o seu. A proximidade fazendo seus narizes quase se tocarem.

- Eu sou real agora, Sofia.

- Você falou comigo...

- Eu chamei por você - ele acariciou o nariz dela com o seu - Eu chamei por você e você me encontrou.

Ela se aconchegou no travesseiro e olhou para ele.

- O que acontece agora?

Morfeu se moveu e subiu em cima de Sofia, ela se virou de barriga para cima e ele apoiou o próprio peso nos cotovelos.

Sofia constatou supresa algo duro cutucando sua barriga e ergueu uma sobrancelha para ele.

Morfeu sorriu de maneira maliciosa para ela.

- Agora... Acho que ainda temos tempo para nós dois antes de sairmos daqui para que eu anuncie minha futura consorte.

Sofia abriu os olhos e segurou Morfeu pelos ombros.

- O que?!

Entretanto ele não parecia disposto a conversar ou esclarecer nada naquele momento.

Rosnando do jeito que Sofia estava começando a amar ele curvou o pescoço para baixo e atacou seus lábios num beijo voraz.

Seus cabelos caíram dos lados formando uma cortina para eles. Sofia retribuía o beijo com o mesmo desejo e a mesma intensidade.

Suas mãos subiram pelas costas musculosas dele, apalpando e acariciando tudo o que conseguia tocar.

Morfeu desceu beijando seu pescoço e mordeu a curva macia entre o pescoço e o ombro. Ao sentir a picada aguda, ela soltou um gritinho e tentou empurrá-lo. Morfeu rosnou outra vez. Um aviso para que não se movesse.

Então os dentes foram substituídos pelos lábios macios e a língua suave. Ele não chegou a romper a pele, apenas queria marcá-la como sua.

"Como um animal selvagem faria", pensou, sentindo um arrepio perpassar sua coluna.

Ele desceu deixando uma trilha de beijos até seus seios, onde aninhou a cabeça entre eles, com os olhos a altura do medalhão. A única coisa que ela ainda vestia.

- Fica lindo em você. Nunca tire.

Antes que ela abrisse a boca, ele deslizou as mãos pelas costelas dela até envolver ambos os seios.

Sofia suspirou enquanto ele depositava um beijo pouco acima de seu umbigo.

- O que você...

- Não tive chance de saborear você antes, agora posso fazer isso. Não é uma compensação, eu quero isso.

Ele então usou seu tronco para força-la a afastar as pernas, curvou a cabeça e passou o nariz pelo monte de Vênus.

- Hmmm...

- Pare com isso, Morfeu! - Sofia estava com o rosto em chamas e tentou fechar as pernas.

Ele ergueu o olhar até o dela. O turbilhão voraz com o qual se deparou a congelou no lugar. Estava hipnotizada, como uma presa acuada pela serpente.

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