Acordei de manhã e fui direto ao espelho, recordar os meus dentes novos. Ainda me custava a acreditar a minha nova mudança. Infelizmente, tinha uma coisa dentro de mim que me custava mentir aos meus amigos e familiares mais íntimos. Vesti-me e sabia que tinha de sair antes que todos me vissem. Não sou pessoa de sair aos fim de semanas sem ir com a minha prima. Mas ela não podia ir comigo. Só se a transformassem. Mas eu sabia que ela não ia aguentar está pressão. Fui rapidamente para o sítio combinado. Demorei menos de um segundo a chegar lá com aquele poder. Entrei da mesma maneira que entrei ontem e fui logo direto ao mesmo sítio. Estavam todos à minha espera. Até parecia que nem tinham dormido, ansiosos pela minha chegada. Deram me sangue num copo pois era a única maneira de comer. Eu por acaso ainda não tinha tentado comer. Bebi aquele copo de sangue e soube-me tão bem. Não parecia muita saborosa à primeira vista mas o sabor era incrível. Nem parecia eu. Sou daquelas pessoas muito esquisitas com comida. O que me doía mais era não poder comer aquelas comidas incríveis da minha mãe. Não podia comer, só beber sangue! Fui-me embora e tentei logo comer uma bolacha. Soube-me muito mal. Parecia comida para cães. Deitei logo fora. Percebi logo que era inútil tentar comer algo. Agora tinha de arranjar maneira de não comer à mesa com a minha família. Fomos para a mesa para irmos almoçar e não consegui arranjar uma desculpa para não comer. De seguida lembrei-me de uma coisa. Deixei cair o copo de água para cima da comida e comecei a dizer que não conseguia comer assim. Então despejei tudo para o lixo e fui para a sala. Todos os dias tinha de ir ao mesmo local para alimentar-me. E todos os dias tinha de mentir à minha família.
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Por Vida sobre Vampiros
VampiroUm história sobre um adolescente que se torna vampiro