"Mas só fizemos isso por consideração a ele. Talvez, ele nem veja essa homenagem", dizia Andy entristecida. Ela era uma das produtoras brasileiras mais famosas do mundo com apenas seus 20 anos de idade. Junto a ela, sua melhor amiga, Marilyn, de 24 anos, também produtora. As duas tinham a gravadora Millenium XY, onde já passaram grandes nomes como Beyoncé, Rihanna, Alesso, 30 Second To Mars, Selena Gomez, Justin Bieber e um dos grupos de música eletrônica mais famosos do mundo: Swedish House Mafia, a qual elas tinham uma imensa admiração e eram agradecidas pela inspiração que tinham.
"Não somos djs. Não tem porque ocuparmos ou roubar o lugar de pessoas que já estão nesse ramo há anos! Era só uma homenagem! Não vejo problema nisso", era a vez de Marilyn interromper na discussão com um dos donos do banco Bradesco.
Marilyn e Andy eram produtoras desde 2010 e, desde então, lançaram e produziram muitos CDs juntas e até arriscavam algumas músicas eletrônicas que foram lançadas por outros DJs consagrados como Calvin Harris, Aviicii e Diplo. Mesmo com pouca idade, as duas já mostravam grande criatividade em ritmos e a produção de músicas.
"Então por que caralho vocês subiram naquela porra de palco, tiraram um dos DJs que estava tocando na hora, e pegaram o lugar dele?", dizia Bruno, um dos donos do banco Bradesco, que estava patrocinando as Para Olimpíadas que estava acontecendo no Rio de Janeiro. "Para piora, vocês fizeram uma Live no Facebook onde obtiveram mais de três milhões de visualizações em menos de 15 minutos! Vocês acharam mesmo que passariam despercebidas?!". O rapaz barbudo gritava com elas, enquanto andava de um lado para o outro, impaciente. Ele era o mais novo dos três sócios que compunham a cúpula do banco.
"Era só uma homenagem ao Kygo. Por que você está tão nervoso com isso?", Andy tentava se explicar, julgando ser uma atitude simples.
"Foda-se! Vocês chamaram a atenção do mundo mais que deviam! Terão que se explicar com o comitê das paraolimpíadas. Ninguém aqui pode chegar como se não houve regras e contratos em jogo. Vocês violaram uma das regras.", Bruno finalizava, desejando o pior "castigo" para as duas atrevidas.
As duas se entreolharam, respiraram fundo e foram expulsas a gritarias da sala onde foram chamadas.
Do lado de fora, um dos DJs que deram espaço a elas abraçou as duas fortemente.
"Vocês não tem ideia da galera que está lá fora gritando o nome de vocês", Christopher dizia com tanta felicidade que já não lembrava mais que era ele quem estava tocando antes delas.
Elas saíram para o corredor que dava para o palco. Ele era aberto. Atrás, vinha à arquibancada onde a galera poderia sentar. Mais embaixo, num pequeno espaço rodeado por uma grade mediana em vermelho (fazendo jus a cor do banco) que daria para ser pulada facilmente, era onde os DJs tocavam. A visão de quem ficava por cima era privilegiada: se via o palco principal, o segundo palco menor de DJs, a praça de alimentação e quem estava assistindo os jogos pelo telão sentados no gramado. Logo abaixo, vinha uma tela enorme com imagens aleatórias para cada música que tocava.
A dupla tinha chegado ao Parque Olímpico após comemorarem o aniversário de um de seus melhores amigos: Kygo, em Singapura. Como o fuso horário eram diferentes, elas chegaram ainda com o sol queimando os visitantes. Para continuar a homenagem, elas subiram e falaram justamente com Christopher.
"Ei, você! Vem cá!", chamou Andy com um sorriso de orelha a orelha. "Você poderia ceder por 1h00 seus equipamentos só para gente fazer uma homenagem a um amigo nosso?", perguntava com a voz alterada para o DJ escutar melhor.
"Vocês não são a dupla da gravadora Millenium XY?", Christopher perguntava com brilho nos olhos. Ele sabia quem eram elas porém... Como elas foram parar ali?
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