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"Meninas, eu quero parabenizar vocês pelo grande evento não esperado e a audiência que vocês conseguiram fazendo a Live no Facebook. Batemos as expectativas de pessoas visualizando o Parque Olímpico e, além de tornarem nós, Banco Bradesco, as Parolimpíadas e vocês mesmas os assuntos mais comentados do mundo, batemos o recorde de pessoas acessando o banco. O site ficou congestionado, pois não esperava a quantidade de pessoas que nos procurariam", dizia Alex. Seu tom grave era sedutor, calmo e atraente.

"Quero agradecer a vocês também por anunciarem a belíssima parceria entre as duas, agora, como DJ, no nosso evento. Chamou mais ainda a atenção do público", foi à vez de Fábio agradecer com uma voz menos grave que a de seu amigo, mas tão gostosa quanto de ser ouvida.

Todos que estavam na sala aplaudiram e comemoraram a novidade. Andy só mexia as órbitas para questionar a Marilyn o que estava realmente acontecendo.

"Eu acho que vou ali vomitar e já volto", Marilyn correu para o banheiro e Andy, foi logo atrás.

"Marilyn...?!", Andy sabia que quando Marilyn estava muito ansiosa, o estômago dela não suportava a quantidade de comida ingerida que acabava dando refluxos e ânsias de vômito.

"Cara, a gente mal tem tempo para viver por causa da gravadora. Agora, eles estão anunciando que somos uma dupla de Djs? O que está acontecendo!?", Marilyn, após vomitar, dava descarga e sentava no chão.

"Eu realmente não sei o que vamos fazer", era a vez de Andy se sentar ao lado da amiga. "A gente pode não continuar com a ideia", a mesma encostou a cabeça na porta, espantada como tudo aconteceu tão rápido.

"Como vamos falar isso para três milhões e meio de pessoas que nos assistiu via internet? Sem aqueles que já são nossos fãs sem fazermos nada em prol a nós mesmas, só produzindo quem eles mais amam?", Marilyn batia repetidamente a cabeça contra as mãos, pensando numa saída.

"Meninas?", indagou Alex, com batidas na porta. "Tá tudo bem? Marilyn, você tá melhor?", perguntava preocupado.

"Estou sim. Obrigada pela preocupação. Já vamos sair".

As duas respiraram fundo, levantaram e saíram do banheiro. Bruno, o arrogante, era o único que estava no camarim no momento. O mesmo avançou sobre Marilyn empurrando-a contra parede com força. Seu antebraço esquerdo prendia o pescoço da mais velha e o direito, apertava sua cintura com força. Andy tentou detê-lo, mas acabou sendo empurrada com brutalidade.

"Quando você quiser foder com alguém, avisa. Não precisa ficar rebolando essa boceta para os sócios, chamando a atenção dos mesmos", Bruno falava com ódio nas palavras e suando frio.

"Não sei do que você está falando. Você é gay?", Marilyn tentava manter a postura séria e debochada, quando sentiu beliscões na costela e o ar faltando pela pressão que ele fazia a sua garganta - mas sem perder o contato visual.

"Olha como fala comigo, ninfeta. Você não me conhece", ameaçou, o garoto, de apenas 26 anos.

Bruno soltou a menina, fazendo-a desabar no chão, deixando o camarim pisando firme. Andy foi ampará-la.

"É muita merda num dia só", Marilyn sentia ainda as costelas arderem e Andy, só riu do comentário.

*** Suécia, Estocolmo ***

"Olha quem começou na área de DJs, brow!", dizia Axwell, com um sorriso de orelha a orelha, com o celular em mãos, na casa de um dos melhores amigos: Sebastian Ingrosso.

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